Ver aqui.
O PSD habituou-se, desde 1987, a governar sempre em maioria. Alguém que lembre agora a Luís Montenegro que este seu governo é minoritário. Por isso, do seu programa, só vai poder aprovar aquilo que a oposição deixar. Em democracia não há bloqueios, há oposições. Habituem-se!
É discutível a atitude de Pedro Nuno Santos, ao faltar à posse do governo. Mas é igualmente discutível se Luís Montenegro deveria ter feito um discurso com aquele tom comicieiro, várias vezes provocatório para o PS, numa ocasião de Estado. Pedro Nuno Santos terá adivinhado?
Este governo, qualquer governo, é o governo do nosso país. Desejar-lhe sorte é uma obrigação democrática de todos. Mas não nos peçam para ser hipócritas: não tem a menor lógica que aplaudamos e desejemos sucesso para s implementação de medidas que contrariem aquilo que pensamos.
"US State Department: We have no information about the target and party responsible for the attack on the Iranian consulate in Syria."
Adensam-se as desconfianças em torno de S. Marino.
Serviço militar obrigatório "facultativo"? Faz-me lembrar aquele pai que dizia que, quando crescesse, o filho seria bombeiro voluntário, "quer ele queira quer não".
Um governo que inicia a sua ação cedendo à pressão demagógica em torno de um símbolo gráfico, à luz de um argumentário de nacionalismo bacoco, com pretextos culturalmente retrógrados, não anuncia um bom começo. Mas esperemos que ainda possa haver surpresas positivas.
Está a causar alguma perplexidade no mundo que apoia a luta do governo ucraniano o facto do Zelensky estar a levar a cabo mudanças, que são vistas como muito substanciais, no aparelho político-militar e no seu círculo próximo de conselheiros. Aventa-se a possibilidade de que o presidente ucraniano pode estar a defrontar-se com vozes que colocam em causa a sua orientação.
A vida democrática na Ucrânia desde há muito que não está com grande saúde. E o ocidente tem fechado os olhos a muitas arbitrariedades. Mas parece óbvio que não tem qualquer sentido a ideia de realizar eleições presidenciais em ambiente de guerra, com a lei marcial em vigor.
Um movimento político disputa eleições prometendo executar determinadas coisas que o governo anterior não teria feito e, em especial, afirmando ter a certeza de que existem meios para as executar. As pessoas acreditam e dão-lhe o poder. Se, lá chegado, as não fizer, isso é burla.
"Eu quero continuar a ler a TASS e ouvir as TVs russas. Nós somos maiores e vacinados, nós não somos crianças para ser tutelados por uma espécie de verdade única gerida pela UE", disse há pouco na CNN Portugal. Pode ver aqui.
Nunca é demais esclarecer que o sentido das fortes manifestações de rua contra Netanyahu, nos últimos meses, é contestar a ineficácia do seu governo em conseguir a libertação dos reféns raptados pelo Hamas, não uma divergência essencial de objetivos de como tratar os palestinos.
Tenho a maior das dúvidas de que seja viável reintroduzir o serviço militar obrigatório. Há coisas que, uma vez alteradas, enfrentariam uma imensa resistência passiva para voltar atrás. Só uma invasão espanhola (e não contam as da Páscoa e "vacaciones"...) emocionaria o país.
Lula decidiu não explorar a evocação do golpe de Estado militar de 1964, que a direita radical brasileira qualifica eufemisticamente de "revolução".
Já agora, convem precisar que o golpe foi no dia 1° de abril e não em 31 de março, como a ditadura sempre pretendeu, fugindo ao "dia das mentiras".
Pode considerar-se, com alguma legitimidade, que ao não aproveitar esta ocasião para sublinhar historicamente o período sinistro e criminoso da ditadura militar, Lula não faz justiça às respetivas vítimas. É verdade, mas Lula terá ponderado que é mais prudente apostar no futuro.
Lula terá entendido que, tendo já conseguido isolar os "militares de Bolsonaro", com a ajuda da atual hierarquia lealista das forças armadas, seria prudente apostar numa conciliação nacional, 60 anos depois do golpe.
O futuro dirá se esta foi a aposta certa.
Seria melhor um governo constituído por alguns nomes que foram aventados nos últimos dias mas que, afinal, acabaram por não integrar as escolhas de Luís Montenegro? Nunca saberemos. A história contra-factual não fica na História.
O tornado há horas avistado no Tejo terá sido a primeira reação da mãe natureza quando soube que ia ter por cá um negacionista climático como ministro.
A natureza, contudo, terá feito mudar de ideias o primeiro-ministro.
Não tendo sido ouvidos nem achados para a conjuntura, ainda assustados com o fantasma do "socialismo", os liberais tentam disfarçar uma realidade: num tempo de onda política de direita, eles estagnaram. Até o CDS "cresceu"... saído do nada em que estava.
Nas aldeias, os cartazes das festas de verão, em honra do santo padroeiro, costumam apodrecer de velhos, chegando até à primavera. O país parece uma imensa aldeia: os cartazes eleitorais, por incúria, descaso e falta de vontade aí continuarão a poluir a paisagem. É a nossa sina.
Porque estas coisas têm de ser ditas, irritem quem irritarem, quero destacar a serenidade construtiva demonstrada por Pedro Nuno Santos e pelo Partido Socialista, em face de uma balbúrdia parlamentar em que não tiveram a menor responsabilidade.
É minha impressão ou a (bem recente) agressividade de alguma comunicação social contra o Chega só surgiu de forma mais evidente a partir do momento em que que o partido de Ventura entrou em aberto conflito com o PSD? Pode ser coincidência, para quem acredite nela...
Com o Chega, não pode haver equívocos, subtilezas, jogos discretos de bastidores. O inimigo principal do Chega é o PSD. O Chega quer acabar com o PSD. Montenegro terá aprendido ontem que, com um potencial carrasco, todo o negócio é uma inútil compra de tempo.
Aguiar Branco e Francisco Assis eram nomes fortes para presidente da Assembleia da República. Se ambos saírem de cena, o PSD e o PS podem acabar, com alguma "marchandage" à mistura, por acordar num nome (previsivelmente do PSD) de compromisso. Mas dificilmente será alguém à altura do clima parlamentar que aí vem.
André Ventura é, simultaneamente, a força e a fraqueza do Chega. A força porque, indiscutivelmente, é um ator talentoso e, até ver, tem na mão 50 deputados. A fraqueza porque a palavra e a fiabilidade são essenciais para a manobra parlamentar. E Ventura já mostrou não ter ambas.
Andamos anos a assistir a votos e desvotos nos parlamentos inglês, francês, americano ou espanhol - e achamos sempre que é "a democracia a funcionar". Quando se trata da Assembleia da República, para a nossa comunicação social, é logo o "impasse" e o "bloqueio". Habituem-se!
Está a apertar-se o cerco em torno de Bolsonaro. A acontecer a sua prisão, mesmo que juridicamente bem fundamentada, o Brasil irá mudar de patamar, em termos político-institucionais. Serão "águas nunca dantes navegadas", como dizia o poeta.
O PSD queixava-se do "a culpa é do Passos"? Veremos se agora escapa a usar o argumento da "pesada herança" de António Costa.
A esquerda parece ainda não ter percebido que continuar a falar incessantemente sobre o Chega, vilificando-o e denegrindo os seus dirigentes, acaba por funcionar como uma óbvia promoção da extrema-direita. O Chega gosta que se fale dele, mesmo que mal.
Em matéria de comentário internacional nas televisões, já se percebeu que às pessoas não interessa ouvir quem os faça pensar, confrontando os seus preconceitos. Os comentadores "bons" são os que confortam as suas ideias feitas. Quem sair desse registo está "a soldo" de alguém.
Hoje, numa expedição "arqueológica" aos primórdios deste blogue, passei pelos primeiros posts aqui publicados. E vi que, logo nas primeiras semanas de existência deste espaço, tinha agradecido a outros blogues que então saudaram o surgimento do "Duas ou Três Coisas".
Listei esses 52 blogues e tive a curiosidade de ir verificar quantos, dentre eles, ainda publicam com regularidade.
Constatei que apenas cinco: "Causa Nossa" (que começou como blogue coletivo e hoje é apenas alimentado por Vital Moreira), "Delito de Opinião" (blogue coletivo, sob a batuta teimosa de Pedro Correia), "Estado Sentido" (blogue coletivo), "Fio de Prumo" (de Helena Sacadura Cabral) e "Memória Virtual" (que entretanto mudou radicalmente de natureza, passando a um registo desportivo).
Deixo a minha sincera saudação para todos eles, pela sua persistência. Salvo o blogue coletivo "Delito de Opinião", noto, não sem algum orgulho, que nenhum manteve a regularidade diária com que aqui venho desde 2 de fevereiro de 2009.
Dizer que os blogues já tiveram melhores dias (ou noites, porque, no meu caso, quase sempre aqui escrevo à noite) é uma obviedade. O seu auge, em Portugal, parece ter sido a primeira década deste século. Muita gente migrou entretanto para o Facebook, depois para o Twitter (agora X), mais tarde para o Instagram. O Mastodon não parece promissor. A gente mais nova (e outra a fingir que o é) anda pelo TikTok e pelo Tinder.
Apesar de tudo, vivam os blogues!
O atentado de Moscovo, como é da regra destas coisas, leva a que quem já tem as ideias feitas, à luz dos seus desejos e ideologia, corra a adaptar os factos a elas. Isto é tão válido para as acusações à Ucrânia como para as imputações aos serviços secretos russos. É a vida!
Feitas as apresentações e as primeiras conversas, passou-se à mesa. Naquela em que fiquei estava sentado um engenheiro que trabalhava, há já muitos anos, em Brasília, na área científica. Perguntei-lhe onde tinha concluído o curso de Engenharia. No Porto, onde tinha nascido, disse-me. Para aligeirar a conversa, contei que, também eu, tinha iniciado o curso de Engenharia Eletrotécnica na universidade do Porto. Sem grande sucesso: tinha feito apenas duas cadeiras. Rimo-nos da coincidência. E passámos adiante.
A conversa lá andou e, aí pela sobremesa, o engenheiro, a propósito de eu ter referido que era de Vila Real, disse-me que, no seu primeiro ano do curso, tinha tido como colega um tipo de Vila Real, com quem chegara a estudar no café Bela Cruz, à chegada ao Castelo do Queijo. Já não se lembrava do nome dele. Tem graça, comentei, por esse tempo eu costumava ir namorar aos fins de semana para o Bela Cruz, com a minha mulher, que ali estava também na mesa, e, curiosamente, eu também por lá tinha estudado com um amigo, cujo nome me tinha passado, que sabia que morava ali perto, na Foz. "Eu morava na Foz", referiu o engenheiro.
Afinámos datas: ambos tínhamos entrado no mesmo ano, para a mesma faculdade. Os nossos professores? Os mesmos: Vasco Teixeira, Arala Chaves, etc. Num instante, por outros pormenores cruzados, concluímos: ele era o meu amigo da Foz, eu era o amigo de Vila Real com quem ele chegara a estudar. Ele estudara um pouco mais do que eu, bem entendido! Exatamente 40 anos depois, tinhamo-nos reencontrado, nessa noite de Brasilia. E, desde essa hora, reatámos uma magnífica amizade, até hoje.
Há dias, na data das eleições, numa aparição no Facebook, lá o descortinei, civicamente ativo, barba branca à maneira, com o sorriso bom de sempre, na mesa de voto de Brasília, ao lado de outros amigos. Mas toma atenção, Manel, tens de fazer uma dietazita! Um imenso e transatlântico abraço para ti.
Nas hostes socialistas, o ambiente era de alguma desilusão. Depois de uma década de "cavaquismo", em que a esquerda penara a bom penar, refugiada em Macau e em algumas autarquias, já a escassa vitória de Guterres, em minoria, em 1995, se bem que muito saborosa, tinha obrigado a recolher as ambições de moldar algumas políticas públicas ao programa do PS. Esse esforço de contenção de despesas, para conseguir atingir as metas para a entrada no euro, tinha desagradado a muita gente do PS. O resultado da eleição de 1999 ameaçava agora prolongar o "aperto do cinto".
Naquela noite de 1999, o João Paulo Bessa, um arquiteto (ele gosta de "arquitecto", com "c") que vive para o rugby e para as coisas desportivas em geral, entrou, façanhudo, no "Procópio".
Na "mesa dois", o Nuno Brederode dos Santos filosofava cenários, em frente ao whisky. Recém-reconduzido como secretário de Estado, eu ia alimentando, em voz alta, a narrativa oficial de que, infelizmente, haveria que evitar aumentar o défice, controlando, por essa via, a forte dívida pública. Havia, por isso, a necessidade de continuar a limitar despesas, em algumas áreas, mesmo que incumprindo, aqui ou ali, com algumas promessas eleitorais.
Foi então que a voz do João Paulo, sentado num daqueles bancos aveludados a vermelho, recostado no varandim de madeira, de costas para o bar, explodiu, julgo que desta forma: "Porra, pá! Estivémos dez anos a sofrer as políticas 'dos gajos', sem nada poder fazer. Em 95, lá saiu o Cavaco mas vocês disseram logo: 'Ah! Pois é! Mas não se pode fazer nem isto nem aquilo'. E nós, durante estes quatro anos, a ver o tempo a passar e as coisas a não se fazerem. Agora, o PS continua a governar, mas volta a não ter maioria e, mais uma vez, o teu governo vem dizer que continua a não se poder fazer o que foi prometido. Eh, pá! Explica lá quando é se pode fazer alguma coisa! Primeiro era o Cavaco com as políticas do "Pê-pê-dê", agora é o Guterres com os cuidados para o euro. Porra, pá! Mas, afinal, quando é que se cumpre o programa do PS?"
Não sei o que respondi ao João Paulo Bessa, comigo feito "situacionista", eu que até nem era do partido, nessa noite de 1999. A minha memória não cobre as conclusões desse debate, tido num lugar onde, como alguns diziam, alguns aculturavam "a via alcoólica para o socialismo". Só sei que, na noite de ontem, na mesma "mesa dois", já com o Nuno ali só em saudade, recordei ao João Paulo aquele episódio. E rimos todos um pouco, embora, para os ocupantes da "dois", o tempo esteja, por estes dias e noites, mais para sorrisos amarelos.
Sou só eu que acho normal que o Presidente da República indigite Luís Montenegro a tempo de ele poder estar presente, usufruindo já dessa qualidade, na reunião do Partido Popular Europeu, que, tal como o homólogo grupo socialista, reune sempre antes dos Conselhos Europeus?
Foi há já uns bons anos. Lembro-me como se fosse hoje. Noé Monteiro, correspondente da RTP na Suíça, entrevistava um casal de portugueses ali residentes. O tema eram as preferências na programação da própria estação. A certa altura, o jornalista perguntou à filha do casal, uma criança que, recordo, teria menos de 10 anos: "E tu, o que é que gostas mais de ver na televisão?". A miúda não hesitou: "Os desastres".
Ao ver o resultado da votação dos nossos emigrantes na extrema-direita, na Suíça, lembrei-me que, se calhar, essa (hoje) senhora pode ter votado por lá e deve agora apreciar o desastre a que ajudou por cá.
Queixamo-nos com razão dos americanos e do seu paternalismo sobre a Europa mas, em termos de conflitos existenciais, eles sempre foram e continuam a ser, no ocidente, os adultos na sala. A bravata e o jingoísmo das "potências" que só existem "by default" chega a ser patético.
É estranha a iliteracia política que atravessa a nossa comunicação social: apresenta-se a "eleição" presidencial russa como se aquilo fosse um genuíno escrutínio, com liberdade de apresentação e promoção de candidaturas. Só falta levarem a sério as percentagens que aparecerem!
Pode compreender-se a tentação de usar os fundos russos congelados para beneficiar a Ucrânia. Mas será que os países ocidentais já pensaram bem naquilo em que se estão a meter? Quem é que, do "outro lado", confiará no futuro nos bancos "de cá"?
A comunicação social portuguesa continua vidrada no Chega. Eu, se fosse do Chega, andaria satisfeitíssimo. Mas também é verdade: se se desse o caso de eu ser do Chega, nunca passaria o menor cartão a mim mesmo.
Sugeriria que dessem uma olhada ao cruzamento das declarações dos chefes militares brasileiros sobre o ambiente nas hostes bolsonaristas, na transição de presidentes em 2022/2023. O golpe esteve bem próximo.
É extraordinário o tropismo colonial dos EUA no Médio Oriente: Blinken manda "bitaites" sobre as escolhas de pessoal da Autoridade Palestina, Biden dá "palpites" sobre a necessidade de novas eleições em Israel. "Mind your own business" é uma expressão anglo-saxónica, não é?
O PSD tem um grande desafio à sua frente: tentar esvaziar o balão do Chega e trazer de volta, para a direita democrática, muitos dos votos que a extrema-direita captou. O PS não deve atrapalhar esta "manobra", mas não se lhe peça um "harakiri" político.
A obsessão anti-chinesa faz com que os Estados Unidos se disponham a proibir o TikTok. Um destes dias, lá vai o Ping-Pong à vida...
Fiquei hoje a saber que o conceito de "whataboutism" que, em Portugal, se pode traduzir por "Ai é?! E então o...?, em Espanha se consagra na expressão "Y tú más!".
Os governos parece terem que "acordado" para a tragédia de Gaza, mas apenas quando perceberam que o estado de graça de Israel começava a diluir-se, devem um pedido de desculpas pelos muitos milhares de civis palestinos mortos, perante o seu miserável silêncio ou os tíbios conselhos de "contenção" a Tel-Aviv.
Embora alguns achem que não, é óbvio que é legítimo haver diferentes posições sobre a guerra na Ucrânia. O que me parece bizarro é alguém considerar que, tendo tropas russas no território que o direito internacional reconhece como seu, a Ucrânia não possa atacar território russo.
A quantos anotam as clivagens partidárias e o radicalismo na política portuguesa eu recomendaria que atravessassem (mesmo que virtualmente) o Caia e fossem observar a violência dos confrontos em Espanha. As "duas Espanhas" teimam em não desaparecer e isso não é nada bom.
A cobarde agressão "mural" a Tiago Moreira de Sá nas paredes da Universidade Nova de Lisboa revela que, meio século depois do 25 de Abril, o espírito de tolerância democrática ainda não consegue prevalecer no seio da sociedade portuguesa.
Macron está a assumir um perigoso protagonismo "guerreiro" na questão ucraniana, dando-se ares de líder de uma Europa que não lhe deu mandato para tal. É um jogo ridículo, por óbvias razões de política interna, que pode ter graves consequências para a segurança do continente.
Na noite de ontem, estive a rever o "West Side Story", passei depois a ouvir Mahler na Mezzo e acabei a noite a ler os emocionantes episódios da queda da Pide, no novo livro da Irene Pimentel. E fui-me deitar.
Hoje, depois de acordar, soube o resultado eleitoral: sem stress e sem angústias.
O país tem sempre aquilo que merece. Às vezes, ficamos tristes com a sua decisão. Mas foi para isto, para ter um futuro imediato comandado pelo voto, que fizemos o 25 de Abril. E tenho sempre o imenso prazer de saber que este meu plural não é majestático.
Aque horas se costuma levantar? Em regra, tarde. Desde que saí da função pública, recusei todos os convites para atividades “from-nine-to-f...