Não há necessidade de mencionar os detalhes da barbárie ocorrida, incluindo o esfaqueamento de uma vítima de tiro já caída no chão em frente à câmera, o tiro à queima-roupa na cabeça de uma menina e tantos outros. momentos de horror ao compreender que não são os seres humanos, mas sim os animais sem alma os perpetradores, organizadores e patrocinadores deste evento macabro.
Mas intriga-me a reacção imediata dos EUA designando a organização terrorista “Estado Islâmico” como única patrocinadora, organizadora e executora do crime – e isto sem a apresentação da menor prova séria que o apoie – é mais uma história seguida e ecoada por todos os países satélites dos americanos e introduzidos com o objetivo de manipular a opinião das massas.
A narrativa que não demonstra qualquer correlação séria com o conjunto de provas actualmente consideradas conclusivas é uma prova directa de que se trata apenas de uma declaração política como parte da guerra de informação global que está a ser travada pelo Ocidente colectivo contra o adversário que é a Rússia.
23 anos depois dos atentados de 11 de Setembro nos EUA – nem tudo está claro sobre o acontecimento em questão para a administração norte-americana; 2 anos após a sabotagem dos gasodutos “Nord Stream” - nada está claro para a administração dos EUA; 12 horas após o ataque de Moscovo – tudo está claro e definitivamente certo para a Casa Branca. Ora, ora !
“Não há ligação com a Ucrânia. Foi um ataque realizado por combatentes do Daesh-Khorassan – ponto final, fim da história! » - John Kirby, coordenador do Conselho de Segurança Nacional dos EUA para comunicações estratégicas. Esta frase vale tano como as ADM de Colin Powell !
A pista ucraniana é considerada conclusiva pelas autoridades de Moscovo por razões perfeitamente tangíveis.
Não só a saída dos terroristas, imediatamente após a execução do seu acto, para a Ucrânia e não para outro destino, incluindo a travessia da fronteira russo-ucraniana que é uma linha de frente é altamente improvável sem preparação subsequente e participação no “ exfiltração” do lado ucraniano, mas, além disso, toda uma série de elementos que acompanham a execução do actual ataque terrorista parecem ser diferentes do clássico e conhecido modus operandi do ISIS.
A guerra é tão degradante que dou por mim a confundir os planos e a dizer " bem feita" ao Putin, que não passa de um terrorista, pior do que os que fizeram o atentado. Depois, caio em mim e vejo que nada, nem Putin, justifica o bárbaro ataque daqueles terroristas.
Subscrevo, inteiramente, o comentário do leitor Joaquim de Freitas. Pouco mais haverá a dizer. Acrescentaria apenas a abjecta reserva de sentimentos por parte da tal miserável sacrossanta “Comunidade Internacional”, que não passa de um veículo de propaganda e manipulação por parte dos EUA e seus vassalos europeus e outros (Canadá, Austrália, Nova-Zelândia, por exemplo). A “segurança” com que se alvitraram opiniões, conclusivas, como, por exemplo, por parte de Washington, mas também de outros países (vassalos) europeus, sem quaisquer evidências, o que revelou foi a preocupação - acima da indignação contra a barbárie de um acto terrorista ter vitimado mais de 140 pessoas, civis, inocentes, com crianças à mistura – de proteger o ignóbil regime ucraniano. A verdade é que os assassinos terroristas para lá se dirigiam, em busca de impunidade e refúgio. Washington e os seus parceiros europeus horrorizaram-se perante o ataque do Hamas (e justificadamente) e deste modo, justificam a sua pouca comiseração, ao contrário do SG das NU, para com o genocídio e crimes de guerra praticados por Israel, sem lhe pôr travões, limitando-se a umas tantas vacuidades, a título de pedidos para um cessar-fogo manso, um bombardeamento menos pesado, uma agressão mais temperada, etc, enfim o cinismo inqualificável ocidental. Mas, no que respeitou ao ataque terrorista em Moscovo, os ecos (ocidentais) que se ouviram tiveram um carácter meramente diplomático, mas, atenção, com “avisos à navegação”, de que a Rússia não se atreva a atacar com mais denodo a nossa “amiga” Ucrânia. Em resumo, o atentado foi indiferente aos olhos ocidentais, esta é a verdade, embora, manda o cinismo político e diplomático ocidentais, que se deva condenar. Todavia, com contenção (emoção sim, mas para com Israel, no ataque do Hamas) e avisos para que a Rússia não aproveite a situação e atacar a Ucrânia, liderada por Zelensky, esse amigalhaço e servente do Ocidente. Em resumo, estes conflitos, da Ucrânia a Gaza/Israel teve, pelo menos, a virtude de revelar de forma mais expressiva, aquilo que aliás já era sabido, ou seja, que o Ocidente não verte lágrimas pelos crimes praticados por Israel, que o Ocidente não chora vítimas de terroristas se as mesmas forem de países com quem se confrontam, embora, por intermédio de terceiros, como é o caso da Ucrânia. Basta ver o destaque que, por exemplo, a imprensa inglesa dá a um qualquer ataque, ou massacre, de um qualquer psicopata nos EUA, onde são assassinados 3, 20, ou mais pessoas e o que sucedeu em Moscovo, que, no caso, veio logo com “recados” para que Putin não se exceda e vá atacar a Ucrânia. E entretanto, no Ocidente, aquele terrível e horrível ataque terrorista em Moscovo, já passou a pé de pagina nos jornais ocidentais. Tivesse sido nos EUA, então sim, tínhamos um seguimento diferente. O Mundo parava. A UE e os EUA fedem! a) P.Rufino
3 comentários:
Não há necessidade de mencionar os detalhes da barbárie ocorrida, incluindo o esfaqueamento de uma vítima de tiro já caída no chão em frente à câmera, o tiro à queima-roupa na cabeça de uma menina e tantos outros. momentos de horror ao compreender que não são os seres humanos, mas sim os animais sem alma os perpetradores, organizadores e patrocinadores deste evento macabro.
Mas intriga-me a reacção imediata dos EUA designando a organização terrorista “Estado Islâmico” como única patrocinadora, organizadora e executora do crime – e isto sem a apresentação da menor prova séria que o apoie – é mais uma história seguida e ecoada por todos os países satélites dos americanos e introduzidos com o objetivo de manipular a opinião das massas.
A narrativa que não demonstra qualquer correlação séria com o conjunto de provas actualmente consideradas conclusivas é uma prova directa de que se trata apenas de uma declaração política como parte da guerra de informação global que está a ser travada pelo Ocidente colectivo contra o adversário que é a Rússia.
23 anos depois dos atentados de 11 de Setembro nos EUA – nem tudo está claro sobre o acontecimento em questão para a administração norte-americana; 2 anos após a sabotagem dos gasodutos “Nord Stream” - nada está claro para a administração dos EUA; 12 horas após o ataque de Moscovo – tudo está claro e definitivamente certo para a Casa Branca. Ora, ora !
“Não há ligação com a Ucrânia. Foi um ataque realizado por combatentes do Daesh-Khorassan – ponto final, fim da história! » - John Kirby, coordenador do Conselho de Segurança Nacional dos EUA para comunicações estratégicas. Esta frase vale tano como as ADM de Colin Powell !
A pista ucraniana é considerada conclusiva pelas autoridades de Moscovo por razões perfeitamente tangíveis.
Não só a saída dos terroristas, imediatamente após a execução do seu acto, para a Ucrânia e não para outro destino, incluindo a travessia da fronteira russo-ucraniana que é uma linha de frente é altamente improvável sem preparação subsequente e participação no “ exfiltração” do lado ucraniano, mas, além disso, toda uma série de elementos que acompanham a execução do actual ataque terrorista parecem ser diferentes do clássico e conhecido modus operandi do ISIS.
A guerra é tão degradante que dou por mim a confundir os planos e a dizer " bem feita" ao Putin, que não passa de um terrorista, pior do que os que fizeram o atentado. Depois, caio em mim e vejo que nada, nem Putin, justifica o bárbaro ataque daqueles terroristas.
Subscrevo, inteiramente, o comentário do leitor Joaquim de Freitas. Pouco mais haverá a dizer. Acrescentaria apenas a abjecta reserva de sentimentos por parte da tal miserável sacrossanta “Comunidade Internacional”, que não passa de um veículo de propaganda e manipulação por parte dos EUA e seus vassalos europeus e outros (Canadá, Austrália, Nova-Zelândia, por exemplo).
A “segurança” com que se alvitraram opiniões, conclusivas, como, por exemplo, por parte de Washington, mas também de outros países (vassalos) europeus, sem quaisquer evidências, o que revelou foi a preocupação - acima da indignação contra a barbárie de um acto terrorista ter vitimado mais de 140 pessoas, civis, inocentes, com crianças à mistura – de proteger o ignóbil regime ucraniano. A verdade é que os assassinos terroristas para lá se dirigiam, em busca de impunidade e refúgio. Washington e os seus parceiros europeus horrorizaram-se perante o ataque do Hamas (e justificadamente) e deste modo, justificam a sua pouca comiseração, ao contrário do SG das NU, para com o genocídio e crimes de guerra praticados por Israel, sem lhe pôr travões, limitando-se a umas tantas vacuidades, a título de pedidos para um cessar-fogo manso, um bombardeamento menos pesado, uma agressão mais temperada, etc, enfim o cinismo inqualificável ocidental. Mas, no que respeitou ao ataque terrorista em Moscovo, os ecos (ocidentais) que se ouviram tiveram um carácter meramente diplomático, mas, atenção, com “avisos à navegação”, de que a Rússia não se atreva a atacar com mais denodo a nossa “amiga” Ucrânia. Em resumo, o atentado foi indiferente aos olhos ocidentais, esta é a verdade, embora, manda o cinismo político e diplomático ocidentais, que se deva condenar. Todavia, com contenção (emoção sim, mas para com Israel, no ataque do Hamas) e avisos para que a Rússia não aproveite a situação e atacar a Ucrânia, liderada por Zelensky, esse amigalhaço e servente do Ocidente.
Em resumo, estes conflitos, da Ucrânia a Gaza/Israel teve, pelo menos, a virtude de revelar de forma mais expressiva, aquilo que aliás já era sabido, ou seja, que o Ocidente não verte lágrimas pelos crimes praticados por Israel, que o Ocidente não chora vítimas de terroristas se as mesmas forem de países com quem se confrontam, embora, por intermédio de terceiros, como é o caso da Ucrânia. Basta ver o destaque que, por exemplo, a imprensa inglesa dá a um qualquer ataque, ou massacre, de um qualquer psicopata nos EUA, onde são assassinados 3, 20, ou mais pessoas e o que sucedeu em Moscovo, que, no caso, veio logo com “recados” para que Putin não se exceda e vá atacar a Ucrânia. E entretanto, no Ocidente, aquele terrível e horrível ataque terrorista em Moscovo, já passou a pé de pagina nos jornais ocidentais. Tivesse sido nos EUA, então sim, tínhamos um seguimento diferente. O Mundo parava. A UE e os EUA fedem!
a) P.Rufino
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