quarta-feira, março 13, 2024

Guerra é guerra

Embora alguns achem que não, é óbvio que é legítimo haver diferentes posições sobre a guerra na Ucrânia. O que me parece bizarro é alguém considerar que, tendo tropas russas no território que o direito internacional reconhece como seu, a Ucrânia não possa atacar território russo. 

9 comentários:

Luís Lavoura disse...

A Ucrânia pode certamente atacar território russo.
Não pode é atacar alvos civis (que não escondam alvos militares). E, infelizmente, é isso que ela tem repetidamente feito: atacado alvos russos sem qualquer valor militar.
Aliás, consciente disso, a Ucrânia tem geralmente o cuidado de não reivindicar os ataques.
Ao contrário da Rússia, que atinge alvos civis mas declara sempre que os seus alvos são de natureza militar.

Joaquim de Freitas disse...

Não só a Ucrânia pode como já o faz desde há muito.

Mas a questão é: QUEM TRANSFORMOU um “conflito pesado”( as áreas russófilas de Donbass bombardeadas durante 8 anos, 14.000 mortos,) entre a Rússia e a Ucrânia), numa guerra da NATO contra a Rússia, na Ucrânia?

Quanto ao Direito internacional, os líderes ocidentais proclamam constantemente que “Putin não tem nada a ver com diplomacia e que apenas conhece o equilíbrio de poder”.

Mas será que o Ocidente fez outra coisa senão impor o seu equilíbrio de poder no mundo, no colonialismo, na escravatura, no genocídio dos nativos americanos, dos africanos, dos argelinos e, mais perto de nós, nas guerras contra a Jugoslávia, o Iraque, a Líbia, a Síria? , Afeganistão, inúmeras intervenções, na Costa do Marfim, Mali, Uganda, África Central, etc.Quem inventou o "direito de ingerência" para destruir a Sérvia?

Incrivel a inocência do Ocidente com a sua empatia pelos seus próprios erros. Ele sempre considerou a extrema violência que demonstrou para com todas as pessoas do planeta com imensa clemência para consigo mesmo.

Anónimo disse...

Concordo com o que diz Joaquim de Freitas.
Nós consideramo-nos sempre os melhores e que os outros devem esforçar-se por serem como nós e adoptarem os mesmo valores. Fala-se muito do que convém e muito pouco do que não convém. Ou desculpa-se facilmente o que o Ocidente tem feito. Há, fora do Ocidente, quem pense o mesmo mas ao contrário. Por que é que raramente se fala no papel da NATO na questão da Ucrânia?
Zeca

Anónimo disse...

Mas vamos lá a saber: é a Ucrânia que está a atacar a Rússia ou é a Nato quem o faz por intermédio da Ucrânia ? É que pelo que vão dizendo os próprios ucranianos, se não fosse a NATO por esta hora já estariam a a combater de pá e vassoura.

MR

Anónimo disse...

"se não fosse a NATO por esta hora"
Sim, da NATO pouco se fala. E eu pergunto , para além do que faz a NATO por esta hora, o que é que fez a NATO na Ucrânia antes de 2022.
Nada?
Zeca

Anónimo disse...

« o que é que fez a NATO na Ucrânia antes de 2022...»

Como há dias ficou patente em extensa peça no NYT, há muito que a NATO "trabalha " na Ucrânia. Pelo que o subtexto do post ( se a russia ataca a ucrânia esta tem o direito de atacar a rússia ) vem por em evidencia que neste conflito o "adulto na sala " são os russos. Se estes atacassem a alemanha ou a inglaterra em resposta ao publico engajamento destes no conflito, também diriamos " guerra é guerra" ??

MR

arber disse...

A Ucrânia desde há muito que ataca território da Rússia, como aliás se tem visto e ouvido nestes últimos dias.
A condição imposta pelos países do Ocidente é que as armas que fornecem não sejam utilizadas para esse efeito, e por isso a Ucrânia tem usado mísseis e drones de seu próprio fabrico.

Anónimo disse...

Arder:É nas aparições de. Fatima, tb acredita?.

Anónimo disse...

Aliás é essa a única forma de conter o actual regime na Federação Russa.
Envolver regime, território e população da F. Russa nos vários benefícios e prejuísos de uma guerra activa que parecia ser só fora do seu território.

Queijos

Parabéns ao nosso excelente queijo!  Confesso que estou muito curioso sobre o que dirá a imprensa francesa nos próximos dias.