terça-feira, março 26, 2024

Chega!

A esquerda parece ainda não ter percebido que continuar a falar incessantemente sobre o Chega, vilificando-o e denegrindo os seus dirigentes, acaba por funcionar como uma óbvia promoção da extrema-direita. O Chega gosta que se fale dele, mesmo que mal. 

5 comentários:

manuel campos disse...


Abordei aqui este tema, por outras vias, no texto “Estranho?”.

Foi-me dado a ler há dias o texto de uma “reflexão política” de alguém da nossa geração, fortemente ligado desde sempre ao PS, que conheço muito bem, que a pretendia difundir não sei por que meios (imagino).
Queria a minha opinião antes de a dar por concluída e eu recusei-me a dá-la, ficou chateado porque sempre contou com ela ao longo da vida, era a primeira vez que lha recusava (e até em questões de natureza mais melindrosa sempre a teve).

Claro que expliquei porquê, tal como vejo as coisas neste momento prefiro que fique chateado e na dúvida do que eu lhe iria dizer, do que fique chateado com a certeza do que eu lhe dissesse, há “pontes” que não se pode correr o risco de as cortar quando anda tudo muito nervoso.
E o que eu lhe diría (ele odeia blogues, não vem aqui) era que se “resguardasse de impulsos” por uns tempos pois, por mais que nos custe, as coisas são o que são e não é para a semana que se vão poder modificar (democraticamente, claro).

Neste momento o que sinto é que este tipo de situações que foca não constituem uma “promoção” do Chega, que terá para já (repito, para já) atingido o que queria, mas antes uma “despromoção” de quem as faz, que ouço enquadrada por algumas expressões bem portuguesas ligadas ao desporto, quando o clube que anda a ganhar os jogos todos os começa a perder.

É da natureza humana que, quando começamos “a caír”, as pessoas nos comecem a perder o respeito que nos tinham quando ainda precisavam (ou podiam precisar) de nós de uma forma ou outra, todos passámos alguma vez por isso na vida, os que nos fingiam aplaudir passaram a assobiar-nos.
A isso assistimos sempre, cada vez que um governo cai e é substituído por outro de outra tendência, não está a ser diferente desta vez, como sou “politicamente anónimo” aí na rua, no restaurante e no autocarro, não fazem cerimónias ao pé de mim (e alguns até comigo), lá defendo a minha dama sem atacar a dos outros, seria contraproducente.

Assim, como já foquei há dias, há que reestruturar o PS e renovar gentes (e isso não tem a ver com idades, há por lá jovens ideologicamente velhos e velhos ideologicamente jovens).
E preparar um “Governo Sombra” de pessoas com historial de sérias e competentes (se possível com alguns independentes), que possa brilhar enquanto não tem que decidir porque quando se começa a ter que decidir há boas hipóteses de se deixar de brilhar.

Há assim que actuar com bom senso, que o povo não gosta de ser sábio umas vezes e burro de outras vezes, tudo isto na boca dos mesmos.
E como numa velha anedota brejeira “deixá-los pousar”.

PS- Minha mulher já nem me pergunta de manhã a que horas me deitei.
Vem aqui e pergunta se fui para a cama muito depois de postar isto.


Rui Mesquita Branco disse...

BASTA !!!

Anónimo disse...

Fernando Neves
Como dizia o Dali, “ o importante é que falem de nos mesmo que seja bem”

Unknown disse...

Está a excluir-se desse reparo? Tenho visto por aqui muitos comentários...

João Cabral disse...

"Façam o que eu digo, não façam o que eu faço."

Queijos

Parabéns ao nosso excelente queijo!  Confesso que estou muito curioso sobre o que dirá a imprensa francesa nos próximos dias.