duas ou três coisas
notas pouco diárias de Francisco Seixas da Costa
terça-feira, dezembro 10, 2024
No Grémio
Não olhar
A concentração das atenções na questão da Síria passa a ser o cenário ideal para que o povo palestino continue a ser objeto de um tratamento bárbaro. A Europa, entidade sempre cobarde face a Israel, parece seguir o título do clássico livro de Aldous Huxley: "Sem olhos em Gaza".
segunda-feira, dezembro 09, 2024
O "Painel" do Cardoso
No interior da velha casa que a imagem mostra, numa parede, havia um grande painel em que o artífice, descuidado, tinha trocado dois azulejos de uma nuvem, oferecendo à obra um não deliberado sentido de transgressão estética. Era o restaurante "Painel de Alcântara".
A mudança
domingo, dezembro 08, 2024
SIC Notícias
Aceitei com gosto o convite da SIC Notícias para ir hoje, depois das 19.00, falar do terramoto político na Síria e dos humores de Trump sobre a Ucrânia.
Dei conta na minha intervenção da curiosa nomenclatura que é usada para designar os insurgentes, num qualquer cenário violento. Quem não gosta deles chama-lhes terroristas. Aqueles a quem eles dão jeito geopolítico chamam-lhes guerrilheiros ou coisas mais fofas. Quem altera a designação que usava, a meio dos conflitos, chama-se a si próprio de potência oportunista.
Síria
Assad tinha muito poucos amigos. A Rússia perde um "hub" regional e o Irão um aliado. Israel e Turquia esperam tirar vantagens. Riade e Amman devem estar muito inquietos. O que se passou no Iraque e na Líbia deve fazer refletir o mundo. A região fica muito mais complexa. Já estava pouco...
sábado, dezembro 07, 2024
Soares e uma certa diplomacia
O conselheiro da embaixada espanhola em Oslo telefonou-me: "O teu embaixador vai ao aeroporto receber Mário Soares?". Caí das núvens: "Mário Soares vem a Oslo?!". Era uma reunião do "bureau" da Internacional Socialista. A nossa embaixada não tinha sido avisada. O embaixador espanhol, um conservador da velha escola, com ar altivo de "señorito", num tempo em que Adolfo Suarez chefiava o governo em Madrid, ainda não tinha decidido sobre se iria ou não acolher Filipe González. Queria saber o que íamos fazer. Disse-lhe que não sabia, mas que logo lhe diria.
Por esse tempo, em Portugal, Soares era líder da oposição ao governo da primeira Aliança Democrática, chefiada por Sá Carneiro. Eanes era presidente da República e, por coincidência, há pouco mais de uma semana, tinha efetuado uma visita de Estado à Noruega, de que a nossa minúscula embaixada ainda mal estava refeita.
Nessa embaixada, eu era o único diplomata além do embaixador, de seu nome António Cabrita Matias. Ele tinha chegado a Oslo em meados de maio, vindo da Austrália, que fora o seu primeiro posto como embaixador. Tinha sido transferido à pressa, para poder acolher a visita de Eanes, dado que o anterior titular, Fernando Reino, era, desde há uns meses, o novo chefe da Casa Civil do próprio Eanes. Eu ficara entretanto encarregado de negócios, chefiando a embaixada, durante esses meses de transição e de preparação da visita.
Cabrita Matias, era um homem pequeno, magro, sempre elegantemente vestido, com um cabelo negro puxado para trás, penteado com aparente brilhantina, naquele modelo de estética capilar que sempre identifico nas fotografias dos primeiros governantes do Estado Novo. Tinha um sorriso que era mais um esgar profissional, mas que projetava um ar de simpatia tímida, embora algo desdenhosa.
Fui avisá-lo da chegada de Soares, que era logo no dia seguinte. Os tempos políticos em Portugal estavam muito tensos, nesse ano que iria ficar bem marcado na nossa História política. Vi que Cabrita Matias hesitava claramente sobre o que deveria fazer, embora procurasse não dar isso a entender. Receber o líder da oposição, num tempo político lisboeta tão crispado, sem ter instruções expressas para tal?
António Cabrita Matias foi talvez a pessoa mais solitária que cruzei em toda a minha vida. Era solteiro, um pouco misógino, mas creio que não homossexual. Passava as férias e os Natais completamente sozinho. Gabava-se de não escrever a ninguém. Não o vi cultivar um único amigo, nem sequer na carreira, embora, no fim da vida, eu próprio o considerasse como tal. Desconfiava, à partida, de tudo e de todos, quiçá fruto de experiências desagradáveis, que nunca me revelou. Cuidava em manter a maior distância possível face a Lisboa.
Colocado em 1974 na Austrália, por seis longos anos, num tempo em que a informação circulava de outra forma, perdera contacto com o país em acelerada mudança, nesses anos após a Revolução de Abril. Não comentava a política portuguesa, embora eu o sentisse bastante conservador. As tricas partidárias em Portugal estavam, em absoluto, fora do seu radar de interesses. Desconhecia os nossos atores políticos mais comuns e tinha reais surpresas com o que eu lhe contava de um mundo lisboeta que continuava a interessar-me muito e a ele quase nada. Era completamente incapaz de me pedir o "Expresso" ou "O Jornal", que eu recebia pela mala diplomática. Comigo comentava apenas temas internacionais, onde era evidente um fascínio pela América, onde vivera tempos que deviam ter sido agradáveis. Lia o "Herald Tribune" e a "Time". Era inteligente, culto, dotado para línguas.
Cabrita Matias tinha uma vida social e diplomática formal, clássica a roçar a caricatura, mas com uma grande generosidade nos convites que fazia como embaixador, onde gastava abundantemente aquilo que o Estado lhe pagava. Parecia, contudo, ter, como grande objetivo de vida, que, simplesmente, o deixassem em paz. Na sua filosofia profissional, a embaixada devia evitar fazer-se notada pelas Necessidades. Nisso era o mais flagrante contraste com Fernando Reino, que trabalhava como se Oslo fosse o centro do mundo.
Devo confessar que não me foi fácil conviver diariamente, durante dois anos, com uma pessoa com aquele recorte idiossincrático. Contudo, com um algum esforço de adaptação da minha parte e uma crescente amabililidade do lado dele, que cedo percebeu a minha lealdade funcional, acabámos por nos dar relativamente bem. Faço este retrato para melhor se poder entender o que vou relatar.
Voltemos então a Mário Soares, que chegava no dia seguinte. Para quem não saiba, não há regras fixas a seguir, nas visitas de figuras que não ocupam funções oficiais. Cada caso é um caso e é preciso, essencialmente, ter algum bom senso e inteligência prática.
Cabrita Matias não perguntou a minha opinião sobre o que deveria fazer, mas eu dei-lha: "Se me permite que lhe diga uma coisa, acho que o senhor embaixador deve ir ao aeroporto. Trata-se de um antigo primeiro-ministro e antigo ministro dos Negócios Estrangeiros". E acrescentei um argumento que não era despiciendo, para um embaixador acabado de chegar ao país: "O governo trabalhista norueguês não deixaria de notar, se acaso não estivesse lá a receber Soares".
O que eu disse tocou-o, embora intimamente deva ter pensado que era o meu "côté socialista" (como, mais tarde, com frequência, diria, a sorrir, quando passou a ter maior confiança comigo) que induzia o conselho que eu lhe dava. Como era extremamente orgulhoso e não queria que ficasse a ideia de que tinha sido eu que o influenciara, logo acrescentou: "Decidi ir. Afinal, foi o ministro Mário Soares quem, há anos, me nomeou para Camberra como embaixador".
No dia seguinte, no aeroporto de Fornebu, à chegada de Mário Soares, que vinha acompanhado por Maria Barroso, Rui Mateus e a mulher deste, constatou-se que não cabíamos todos no mesmo carro. "A embaixada não tem outro carro?", perguntou-me Mateus, com um ar um tanto sobranceiro. "A embaixada tem apenas este carro e nem este funciona muito bem...", respondi-lhe, seco. Ele e a mulher foram de táxi, eu acomodei-me ao lado do motorista e Soares, Maria Barroso e o embaixador ocuparam o banco de trás do carro.
A conversa entre os três começou por ser de circunstância. Cabrita Matias, como vim a constatar, era um requintado especialista em platitudes. Tinha mesmo, na sua abundante biblioteca, cheia de coisas religiosas e de ciências ocultas, livros americanos com anedotas e historietas, como um meio prático para iniciar e alimentar conversas fúteis. É verdade! Era simpático e deliberadamente mimético nos seus contactos profissionais, como tática para agradar. A última coisa que lhe passava pela cabeça era tocar em temas polémicos. Fugia disso como o diabo da cruz! Imagino que tivesse descrito a paisagem e falasse da vida em Oslo, na curta viagem a caminho do hotel em que Soares se instalava e onde a reunião da Internacional Socialista iria ter lugar.
Quando, ainda durante o trajeto, o embaixador referiu, incidentalmente, a recente visita de Estado de Eanes, Soares agarrou o tema: "Sabe, senhor embaixador: a situação política em Portugal atravessa um momento de grande tensão. Eu tenho profundas divergências com o presidente Eanes e com o primeiro-ministro Sá Carneiro. E, como saberá, o primeiro-ministro tem uma muito má relação com o presidente. Dificilmente as coisas poderiam estar piores".
Com imensa curiosidade, esperei a reação de Cabrita Matias. Esperei e temi, com razão. Saiu-lhe algo parecido com isto: "Eu percebo, senhor doutor, que toda essa agitação política acabe por ser uma forma vibrante de viver o jogo democrático em Portugal. O que seria dos jornais se não fosse essa imagem de constante polémica! Mas, com certeza, há um espaço de diálogo para pacificar essas tensões. Estou certo que, em alguns dias, em finais de tarde, o senhor doutor, o dr. Sá Carneiro e o general Eanes se encontram, com cálice de cognac na mão e um bom charuto, ao calor de uma lareira, talvez no palácio de Belém, para discutirem os três, com calma, as grandes questões do país".
Eu enterrava-me no banco da frente, desgostoso por não ter um espelho retrovisor para ver a cara de Mário Soares e Maria Barroso. Aguardei, ansioso, a resposta e ela chegou, em alto e bom som, abalando o interior do velho Peugeot: "Ó senhor embaixador! Em que mundo é que o senhor vive?! Eu, o dr. Sá Carneiro e o presidente Eanes em conversa à lareira?! Era só o que faltava! Como é que pode ter uma ideia dessas? O senhor não sabe o que é Portugal nos dias de hoje!". Já não recordo o resto da cena. Entretanto chegámos ao hotel, onde os visitantes ficavam.
O hall do SAS de Oslo estava apinhado de delegados estrangeiros, ansiosos por fazer o "check-in" e, simultaneamente, inscreverem-se para a reunião socialista. Ainda olhei em volta, não fosse por ali surgirem Willy Brandt ou Filipe Gonzalez. Mas nada, ninguém conhecido. Com Soares a dar mostras de fadiga da viagem e porventura desejoso de se ver livre de nós, eu procurava apressar as formalidades. Mas o "first come, first served" da democracia nórdica impunha-se. Cabrita Matias, pela certa adepto do "à tout seigneur, tout honneur", decidiu, a certa altura, tomar a iniciativa. Vendo passar uma senhora, de cujo pescoço pendia uma identificação com o vermelho do evento, ia-a tomando quase pelo braço, com ar e tom irritado, como se de uma hospedeira da reunião se tratasse. Fui eu quem, no último instante, lhe travei o gesto, explicando: a senhora era Gro Harlem Brundtland. Dentro de escassos meses, iria ser escolhida para primeira-ministra da Noruega, como já estava nas cartas. Cabrita Matias tinha ainda pouco conhecimento da vida política local. Escapou ali, por muito pouco, a uma cena, que podia ter sido penosa, com alguém com quem um embaixador não poderia nunca ter conflitos.
Passaram entretanto dois dias. Fomos ao hotel buscar o casal Soares para os levar ao aeroporto. Mário Soares parecia ter esquecido as bizarrias do nosso embaixador. Talvez para fazer conversa, contou que, dentro de semanas, iria fazer uma visita à China, como vice-presidente da Internacional Socialista. Era a primeira vez que a organização recebia um convite dessa natureza. Soares mostrava-se curioso com essa futura experiência. No banco de trás, ouviu-se a voz do embaixador: "Vai passar por Nanquim, senhor doutor?" Soares não sabia ainda do programa. "É que se for a Nanquim, daqui a semanas, vai poder ver os mais bonitos campos de flores da China. Não devia perder isso!"
Fez-se então um silêncio na conversa. Deduzi que os campos floridos talvez não fizessem parte da hierarquia de prioridades de Mário Soares. Mas Cabrita Matias tinha um sentido social de anfitrião que não lhe permitia conviver com pausas. E, ainda antes que a viagem acabasse, lançou: "O senhor doutor Mário Soares permite que lhe dê um conselho?" Voltei a alarmar-me! Devo-me ter aconchegado ao banco, para o choque do que dali viria. Soares, com uma voz entre o tolerante e o exasperado, de quem já estava por tudo, respondeu: "Faça favor, senhor embaixador, faça favor!" E o embaixador avançou com o "conselho": "Se quer o meu conselho, não fale de política aos chineses. Refira outras coisas, use metáforas, mas não lhes coloque abertamente temas políticos. Aquilo é outra forma de estar no mundo, de olhar as coisas".
A resposta de Soares soou-me forte, na nuca: "Não lhes falo de política?! Ora essa! Não lhes vou falar eu de outra coisa. Ó senhor embaixador! Desculpe lá, mas deve guardar esses seus conselhos para outras pessoas, mas não mos dê a mim, por favor!" Não me recordo se Maria Barroso disse alguma coisa, para pôr alguma água na fervura. Só sei que estive calado. Neste entretanto, felizmente, o nosso motorista, o excelente Domingos, tinha parcado o carro em frente à porta do pequeno aeroporto de Oslo. Sair daquela conversa foi um bálsamo.
Soares regressou a Portugal. Nesse mesmo ano de 1980, meses depois, auto-suspender-se-ia conjunturalmente do cargo de secretário-geral do PS, protestando pelo apoio dado pelo partido à recandidatura de Ramalho Eanes, contra o candidato apoiado pela AD, Soares Carneiro. Em 4 de dezembro de 1980, Sá Carneiro morreu em Camarate. Eanes foi reeleito e a AD nunca mais seria a mesma.
Muitos anos depois, algures no mundo, onde nos fomos encontrando por diversas vezes, com longas e agradáveis conversas, perguntei a Mário Soares se se lembrava daquela visita a Oslo. Soares tinha uma magnífica memória, mas apenas para o que era importante. E, manifestamente, aquelas cenas nórdicas não o tinham marcado muito. Disse-me que guardava apenas na ideia ter-se cruzado, na Noruega, com um embaixador "um pouco estranho", mas nada mais. De cujo nome não se recordava. Mas acrescentou: "Lembro-me apenas que era o meu amigo que estava por lá com ele", disse-me, generoso, sem que eu acreditasse.
Tenho muitas saudades de Mário Soares.
sexta-feira, dezembro 06, 2024
Dignidade ou a falta dela
O discurso do chefe do partido da extrema-direita, no dia em que a Assembleia da República assinala o centenário de Mário Soares, teve um nível de indignidade difícil de igualar. A democracia tem uma imensa generosidade perante quantos dela se aproveitam para a amesquinhar.
Braço de ferro
Ursula von der Leyen vai assinar o Acordo UE-Mercosul sem o aval explícito dos Estados-membros, que desconhecem o texto final negociado pela Comissão. É uma usurpação de poderes, nos termos dos tratados, passando agora ao Conselho o ónus político de dizer não ao Mercosul.
quinta-feira, dezembro 05, 2024
Os dias de Macron
Turquia
A França do espetáculo
quarta-feira, dezembro 04, 2024
terça-feira, dezembro 03, 2024
Macron tien bon?
Com a queda do governo Barnier, o cenário político francês ficará mais complexo. O parlamento está "balcanizado" e falta muito tempo para Macron poder convocar novas eleições. Uma coisa parece clara: ele não renuncia. Mélenchon e Le Pen vão ter de esperar por sapatos de defunto.
A saída de Biden
À simpatia de que Biden desfrutava em meios europeus, por contraste com Trump, não correspondeu nunca uma idêntica apreciação nos EUA. Biden foi um presidente muito impopular. O gesto de perdoar os crimes do filho fê-lo perder agora alguma autoridade moral. Sai da pior forma.
A política em calão
Ao ver alguns debates sobre a crise política em França, dei-me conta de que o pessoal político da extrema-direita francesa, comparado com aquela inenarrável bancada lusa da mesma área política, confirma bem o que o Eça dizia: "Portugal é um país traduzido do francês em calão".
segunda-feira, dezembro 02, 2024
Costa e a inveja
A mesquinhez invejosa é a marca distintiva de muito "tuga". O sucesso europeu de Costa já faz roer de despeito a alma de muita gente.
Os trabalhos de António Costa
Nuclear
Recomendo a leitura deste curto artigo sobre os riscos do nuclear civil. https://www.spectator.co.uk/article/tony-blair-is-wrong-to-love-nuclear-energy/
Crime e falta de castigo
domingo, dezembro 01, 2024
Falsos
Por mais de uma vez, em redes sociais, surgiram perfis falsos com o meu nome. Há dias, foi este, no Instagram. E como nada disto é inocente, o vigarista surgiu logo a sugerir "negócios" aos meus contactos. Sabem quando é que isto terminará? Quando os autores destas trafulhices perceberem que o risco de serem apanhados é superior à possibilidade de saírem impunes. E como é que isto podia ser evitado? Com total transparência e verificação de identificação de quem usa as redes sociais, acabando-se, por exemplo, com a cobardia dos pseudónimos. Mas já percebi que isto é tabu para o mundo que por aí anda.
sábado, novembro 30, 2024
António Costa
Elisa Ferreira
Comentários
Em termos de comentários, o proprietário de um blogue pode assumir vários tipos de atitude: ou publica tudo aquilo que os comentadores lhe enviam, ou exige uma espécie de certificação de identidade de quem pretende publicar algo, ou faz uma seleção - isso mesmo, uma censura prévia - daquilo que é publicado ou, finalmente, não admite nenhuns comentários. Na sua existência diária, desde 2 de fevereiro de 2009, este blogue já passou pelas quatro fases, estando agora na última. Porquê?
Quem por aqui vem, nos muitos anos da existência deste espaço, sabe que convivo muito bem com o contraditório, às vezes com o quase insulto, frequentemente com expressões limite de radicalismos. Lembro-me bem de interrogações deixadas por leitores, surpreendidos com a minha permissividade.
O que é que se passou agora? Cansei-me do tom insistentemente confrontacional de alguns comentadores. Mas não podia, pura e simplesmente, optar por eliminar esses comentários? Claro que sim. Mas achei melhor pôr todos os comentários "em pousio", até para perceber como é que o blogue "sobrevive", em termos de leitores, sem admitir quaisquer comentários.
Quem tiver curiosidade pelo tema dos comentários nos blogues, que é muito antigo na blogosfera, pode ler aqui.
E sobre o assunto, voltaremos a falar em janeiro.
sexta-feira, novembro 29, 2024
As contas da União
Já chega!
A utilização pelo Chega do edifício da AR para ações de chicana política levanta uma séria questão sobre a compatibilidade desse partido com a ordem democrática. Os partidos fazem parte do sistema constitucional. Quando se colocam à margem deste, há que tirar consequências.
Eh toiro!
A cavernícola decisão de reduzir o IVA das touradas é uma triste revelação do recuo civilizacional a que esta conjuntural maioria, acolitada por alguns peões de brega de outras áreas políticas, condena o nosso país, perante o olhar apiedado do mundo.
Médio Oriente
A convite do Observatório do Mundo Islâmico, fiz ontem a palestra de encerramento do seminário "O Grande Médio Oriente e a nova configuração geopolítica regional e global", que teve lugar na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.
quinta-feira, novembro 28, 2024
Um voto a mais
Nas eleições, por um voto se ganha, por um voto se perde. Na Moldova, os pró-europeus ganharam e o país irá agora nesse caminho. Na Geórgia, os pró-europeus perderam e essa vontade deve ser respeitada. Um resultado não deixa de ser válido só porque não é aquele de que gostamos.
"Há lobo!..."
O Dr. Luís Montenegro tem suficiente experiência política para saber que convocar o país para ouvir uma comunicação, a uma hora nobre, teria um custo de credibilidade, se acaso isso fosse visto como uma operação de mera propaganda politiqueira. Foi o caso.
"Antes que me esqueça"
quarta-feira, novembro 27, 2024
terça-feira, novembro 26, 2024
Os amigos maluquinhos da Ucrânia
Antes
Seriedade
Há uns anos, a Guiné Equatorial, antes de introduzir uma moratória sobre a pena de morte, terá "despachado" uns casos que tinha pendentes. Agora, Israel, antes de implementar um cessar-fogo no Líbano, faz um forte bombardeamento sobre Beirute. Estados sérios são "priceless"!
segunda-feira, novembro 25, 2024
Outros blogues
Imagino que deva haver por aí blogues onde a data de hoje esteja a ser celebrada. Eles são o lugar adequado para os adoradores da data inserirem os seus comentários. Não aqui.
Viva o 25 de Abril!
Viva o 25 de Abril!
domingo, novembro 24, 2024
Os ácidos
Nos anos 60, a expressão que vai em título tinha outro significado. Nos tempos que correm, pode aplicar-se a quem se dedica, por vício ou embirração, a contrariar tudo o que por aqui se escreve. Será da idade dos comentadores? Os ácidos, sofredores de vesícula mental e chatos por natureza, à falta de palco próprio, penduram o seu mau feitio em quem possa ser lido. Se os deixarem, claro. Que tenham muito boas festas, porque desejar-lhes alguma coisa de bom deve irritá-los supinamente.
Romário
"Solar dos Pintor" (Santo Antão do Tojal)
sábado, novembro 23, 2024
Liberdade
Já faltou menos para surgir por aí alguém a propor a Ordem da Liberdade para os fundadores do ELP e do MDLP. E também já faltou menos para lha darem.
Senado
Dois terços dos senadores do Partido Republicano americano não foram eleitos no dia 5 de fevereiro, isto é, na onda política Trump II. É de entre estes senadores, alguns dos quais são figuras referenciais dos seus Estados, que podem vir a surgir algumas surpresas.
Convite da SIC Notícias
Está frio...
... mas está um belo dia!