sábado, março 16, 2024

"Potências"

Queixamo-nos com razão dos americanos e do seu paternalismo sobre a Europa mas, em termos de conflitos existenciais, eles sempre foram e continuam a ser, no ocidente, os adultos na sala. A bravata e o jingoísmo das "potências" que só existem "by default" chega a ser patético.

13 comentários:

Luís Lavoura disse...

Certo. Muito bem escrito.
A França, o Reino Unido, e a Polónia armam-se muito em guerreiras, mas quando chega a hora da verdade acobardam-se sempre, e por boas razões: sabem que de facto os seus exércitos valem muito pouco.

Anónimo disse...

um pouco semelhante à sua.

Joaquim de Freitas disse...

Escreveu "patético", Senhor Embaixador? E tem razão ! O "Café do Comércio" funciona a fundo, na Assembleia !

Apesar de tudo, devemos permanecer cautelosos, porque se toda esta agitação significa, enviar tropas para a Ucrânia e entregar mísseis de longo alcance cujo alvo só pode ser Moscovo, temos de deixar isto claro aos cidadãos da UE.

Devemos também dizer-lhes que actualmente já somos considerados pela Rússia como co-beligerantes e que a fronteira está a tornar-se cada vez mais estreita para que possamos fazer parte do conflito.

A nossa russofobia ,no Ocidente "otanizado" cega-nos, não temos meios para combater a Rússia.

Diante dos discursos belicosos dos nossos políticos, vários militares franceses, dizem que “caíram do armário”.

“Não devemos nos enganar, enfrentando os russos, somos um exército de "majorettes"! », zomba um oficial superior, convencido de que “enviar tropas francesas” para a frente ucraniana seria simplesmente “não razoável”.

Especialmente porque no terreno o fim està à vista, vários relatórios confidenciais da defesa, evocam uma “situação crítica para o exército ucraniano”.

Tanto mais que o "acordo" macroniano de Paris, não é um verdadeiro tratado e, portanto, não tem valor constitucional. Se fosse um tratado, o executivo teria absolutamente de o ter em conta, através do artigo 53.º. O acordo bilateral pode ser quebrado a qualquer momento, ao contrário de um tratado.

As pessoas realmente entendem o que significa estar em guerra com a Rússia?

". Se os russos consideram os ucranianos como eslavos e muitas famílias sao russo-ucranianos, o mesmo não acontecerá connosco. Quem quer mandar os seus filhos para a Frente Oriental?

Quem quer ver as suas cidades bombardeadas? Tudo isso para quê? Acho, isso sim, que temos sorte de o presidente da Rússia não se chamar Macron, porque sem dúvida já teria “vitrificado” Paris!

A Rússia não tem interesse, nem mesmo possibilidade, de atacar um país da NATO. Por um lado, encontra-se numa fase de declínio demográfico onde as guerras de conquista exigem uma forte expansão interna, e por outro lado, a invasão de um país como a Polónia requer um exército de milhões de homens bem armados, que não existe actualmente .

Claudio Filipe disse...

É óbvio que a Rússia não tem a mínima intenção de atacar nenhum país da

Claudio Filipe disse...

É óbvio que a Rússia não tem nenhuma intenção de atacar qualquer país da NATO.
Se o objetivo de Putin é reconstituir a União Soviética, porque a Rússia não ataca as repúblicas da Ásia Central ou a Geórgia, que sempre fizeram parte da União Soviética? Vai atacar a Polónia, que nunca foi território soviético, ou os países bálticos que também nem sempre fizeram parte da União Soviética?
E se a Rússia está tão enfraquecida pela resistência ucraniana vai a seguir atacar um país da NATO? Ou a Rússia está enfraquecida ou é uma ameaça mas não pode ser as duas coisas ao mesmo tempo.
Então a Rússia que não queria que a Ucrânia fizesse parte da NATO vai a seguir atacar uma país da NATO?
Enfim, toda essa conversa de um ataque da Rússia não passa de conversa fiada que nos vendem todos os dias.

Anónimo disse...

Senhor embaixador
Dado que as sansões contra Israel (decretadas, como é habitual nestes casos, pelos EUA e pena UE) também não estão a dar grande resultado, qual deve ser o passo seguinte para obrigar Israel a acabar com a chacina? Mandar "capacetes azuis", enviar armas para os palestinianos?
MB

balio disse...

Claudio Filipe tem toda a razão.
A propaganda ocidental oscila entre dois extremos incompatíveis: ora a Rússia é perigosíssima e está prestes a atacar os países da NATO uns a seguir aos outros, ora a Rússia é fraquíssima e a única coisa que ainda lhe vale é ter armas nucleares.
E praticamente tudo o que vemos, ouvimos e lemos sobre a Rússia não passa de propaganda. Reles.

Francisco disse...

Não sou de intrigas nem de maledicências, mas quando o sr. Macron (que coloca em risco a minha vida, a dos meus filhos, a da minha família, com as suas atoardas irresponsáveis), surge tão afirmativo na sua postura de "_Vamo-nos a eles!", não consigo deixar de pensar que haverá para ali alguns traumas mal resolvidos. É que o Sr. Mactrom tem todo o aspecto de quem, a única farda que vestiu, foi a do colégio e nada mais. (Sim, o riso amargo também é uma defesa quando estamos absolutamente cercados de insanidade.)

manuel campos disse...


Volto a citar Albert Einstein, é o meu "pensador da semana":
"“Se não pode explicar algo de forma simples, então não entendeu muito bem o que tem a dizer".

O Sr. Claudio Filipe entendeu muito bem e explica de forma simples.

Luís Lavoura disse...

eles sempre foram e continuam a ser, no ocidente, os adultos na sala

Especialmente quando vemos algumas resoluções aprovadas pelo Parlamento Europeu, apercebemo-nos de que os eurodeputados são umas crianças irresponsáveis. Sobretudo os provindos da Europa de Leste, são umas completas crianças, e os da Europa Ocidental vão atrás. Felizmente os líderes europeus não fazem nem metade das criancices que aquela escumalha aprova, se não já tínhamos umas bombas nucleares em cima.

Joaquim de Freitas disse...

Excelente "post" de Francisco, que disse.:

"... mas quando o sr. Macron (que coloca em risco a minha vida, a dos meus filhos, a da minha família, com as suas atoardas irresponsáveis), surge tão afirmativo na sua postura de "_Vamo-nos a eles!", não consigo deixar de pensar que haverá para ali alguns traumas mal resolvidos."
17:03"

Tem razão o Sr. Francisco. Macron nao vestiu farda nem foi eleito em nada antes de ser eleito PR. Nem autarca foi.

Se é mais provável que um homem sem filhos se torne um chefe de Estado sem coração, sabemos que a burguesia sempre gostou de enviar a juventude popular para ser massacrada pelos seus valores ou chamados ideais. E “massacre” é um eufemismo. A guerra esmaga, dilacera, desmembra e esmaga os homens. Uma morte rápida parece um resultado preferível às mutilações que causa.

Não é, como acreditam algumas perdizes do ano recheadas de russofobia ou islamofobia, um videogame onde ressuscitamos ad infinitum. Aqueles, com aqueles nostálgicos do Terceiro Reich que ainda fervilham e que acreditam que podem ir comer os soviéticos nas planícies ucranianas, desejo-lhes boa sorte e boa viagem.

Então, e a Rússia? Ela é realmente o perigo que o nosso péssimo Mac Mahon está prestes a atacar? Para responder, é essencial confrontar os argumentos pró-ucranianos. O primeiro baseia-se em aparências desfavoráveis: a Rússia é o invasor e, portanto, de facto, o agressor. Fazendo abstracção dos 15 000 russófonos do Donbass assassinados pelos nazis de Kiev, antes da invasão russa.

Recordemos, em primeiro lugar, que esta conclusão deveria ter-se aplicada a vários contextos que, no entanto, passaram despercebidos às indignações de geometria variável: Afeganistão, Iraque, Síria, Líbia...

Tornar-se membro da NATO significa abrir o seu território ao estabelecimento de pessoal e equipamento militar hostil a Moscovo, à potencial instalação de armas nucleares que serão dirigidas à Rússia. Que tal se fosse russo instalado no México?

Em todo o caso, as reacções não tardaram a chegar e são, no mínimo, unânimes, pelo menos aparentemente: a NATO contradiz-no, a UE nega-o, a Alemanha distancia-se e os Estados Unidos lavam as mãos, retirando-se silenciosamente do seu envolvimento na Ucrânia - os seus objectivos foram cumpridos, ou seja, o colapso das relações russo-europeias e o suicídio económico da UE; especialmente da Alemanha -.

manuel campos disse...


Um conjunto de comentários que dá gosto ler.
É também isto que torna o "Duas ou três coisas" um sítio cada vez mais único.

Macron está aqui na linha do padre de Vila Real de que o nosso anfitrião aqui tem falado, ainda que acredite que o seu mentor, neste caso, seja Bernard-Henri Lévy, que incentivou em tempos os alunos da Sorbonne para uma "batalha" qualquer terminando com um entusiástico "Allez!".

Anónimo disse...

Bom dia Seixas da Costa, Kiev está hoje de manhã sob bombardeamento pesado. A destruição total do regime nazi em Kiev e das Forças Armadas da Ucrânia soma e segue, tal conforme foi prometido e a Operação Militar Especial vai continuar até que a Rússia atinja todos os objectivos a que se propôs. Aguardamos ansiosamente pelas tropas do senhor Macron e da NATO na Ucrânia. Sejam franceses, polacos, americanos ou portugueses, todo o militar e equipamento da NATO que meter os pés na Ucrânia, vai passar a constituir um alvo prioritário. Considerem-se avisados.

Entrevista à revista "Must"

Aque horas se costuma levantar?  Em regra, tarde. Desde que saí da função pública, recusei todos os convites para atividades “from-nine-to-f...