segunda-feira, abril 01, 2024

Dia das mentiras?

Um movimento político disputa eleições prometendo executar determinadas coisas que o governo anterior não teria feito e, em especial, afirmando ter a certeza de que existem meios para as executar. As pessoas acreditam e dão-lhe o poder. Se, lá chegado, as não fizer, isso é burla. 

5 comentários:

afcm disse...

Concordo em absoluto. Para este e para os outros. E assim teremos de concluir que já houve muitas e muitas burlas.
E a burla é crime - aqui exluído pelo "manto político"....

Carlos Antunes disse...

Antes das eleições de 10 de Março era a grande diferença entre a proposta da AD e a do PS este "conformado com um crescimento económico que não ia além de 2% em quatro anos", ao passo que a da AD criaria transformações estruturais no país, alavancando a economia com a descida de impostos para podermos ter uma taxa de crescimento da economia em 2028 próxima de 3,8% (?) e LM afiançar, ser possível "acomodar as reivindicações das forças de segurança, médicos, enfermeiros, oficiais de justiça, repor o tempo aos professores" por haver margem orçamental no tal enquadramento macro-económico muito bem apresentado, que não concretizava nada, mas que afinal dava para tudo.

Ainda os votos dos emigrantes não tinham terminado de ser contados, já José Gomes Ferreira, esse grande “guru” do comentário económico da SIC/PSD, que sabe a verdadeira cor do planeta Marte e sobre a História de Portugal que nem os historiadores sabem, veio alertar que a proposta da AD, que durante a campanha considerava ser a melhor para Portugal, afinal tinha um "mas", a economia alemã o "motor da Europa a gripar”, a possibilidade de uma guerra na Europa por causa da Ucrânia, mais a incerteza nos mercados e os preços dos combustíveis por causa da guerra em Gaza, tudo coisas que ninguém sabia antes das eleições.

Na SIC (24/03/2024) também o conselheiro-comentador-comicieiro do PSD, MM já veio desdizer tudo o que antes tinha dito, e avisar que "não vai ser possível satisfazer a 100% reivindicações de professores, médicos, polícias e militares" e, de repente, já não vai ser possível descer o IRS, o IRC (este com um jeitinho até vai), aumentar salários e pensões, investir na escola pública e no SNS.

Como se constata, a “burla”, mesmo antes de o governo tomar posse, já está em curso!!!

João Cabral disse...

Burlas só em 2024, senhor embaixador? Ora, ora.

Anónimo disse...

Promessas eleitorais não cumpridas acontecem em todos os países e são mesmo algo inerente ao processo. A questão é insistir em aprefeiçoar o sistema, a eficiência da desejada "representação democrática".

Em Portugal o tempo que medeia entre a queda de um governo -que se manterá em exercício durante semanas ou meses "preparando a casa"...- e a entrada em exercício do novo governo é criticável, se não absurda. O sistema de voto em partidos, representação indirecta, não ajuda.

Por exemplo, no Reino Unido um governo derrotado no Parlamento é substituído numa semana. Sendo que a necessidade de eleições (antecipadas) é uma outra circunstância com outros fundamentos e regars. Enfim, no RU anda-se a "virar o frango" da democracia há séculos e, claro, vota-se uninominalmente....

Unknown disse...

E se a oposição não o deixar fazer? É o quê?

Que tropa!

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