Andamos anos a assistir a votos e desvotos nos parlamentos inglês, francês, americano ou espanhol - e achamos sempre que é "a democracia a funcionar". Quando se trata da Assembleia da República, para a nossa comunicação social, é logo o "impasse" e o "bloqueio". Habituem-se!
5 comentários:
Comunicação social, senhor embaixador? Sempre ela, sempre ela. Talvez a modorra de décadas no Parlamento.
É mesmo assim, faz parte do “vender” papel e tempo de antena a todos os que “compram” esse tipo de emoções, à falta de outras mais emocionantes.
Dizer que é a “democracia a funcionar” não é excitante, é até apaziguador.
Mas invocar “impasse” e “bloqueio” é excitante, pode ser mesmo aterrador.
Temo mesmo vir a ser objecto de notícias diárias sobre impasses e bloqueios cada vez que a fila para os lavabos andar mais lentamente.
« A democracia a funcionar » …Ah… Curioso, no país farol da democracia, o povo « democrático » foi ao assalto do seu símbolo, o Capitólio. Incitado pelo seu próprio presidente. Que quer lá voltar! Diz-se então que a democracia está em perigo!
O Tratado de Lisboa, apesar da oposição do seu povo, desprezando assim os seus desejos. Acredita que a maioria do povo francês, se fosse consultado, seria a favor das medidas que foram tomadas ou a tomar, ou mesmo que foram tomadas durante a crise financeira, ou o compromisso no Afeganistão, ou sobre a energia nuclear poder?
A França já não é uma democracia. O sistema eleitoral é corrupto porque as leis que regem as nossas instituições já não são consistentes com o espírito dos direitos humanos em que foram fundadas. E a vontade do povo não é mais respeitada.
A eleição presidencial significa, portanto, nem mais nem menos do que eleger o próprio ditador por cinco anos, se, no entanto, o regime não mudar definitivamente por ocasião da próxima reforma constitucional sobre a "regra de ouro", uma regra que impedirá no futuro qualquer política de recuperação através de gastos sociais, ou seja, qualquer política de “esquerda”...
Democracia que permite ganhar eleições com 80% dos votos, é um resultado de ditador... mas lembremo-nos do caso Chirac versus Le Pen há pouco tempo: quantos por cento foi eleito?
E a imprensa independente que se censura a continuar a ser financiada pelos amigos do poder.
E a justiça que condena pequenos criminosos e deixa livres ladrões poderosos?
Podemos ainda falar de respeito pela vontade do povo ou de democracia? Deveríamos esperar até que a miséria dê lugar à raiva para aceitar que a democracia já não existe?
Acima e para além das exigências salariais ou da deterioração das condições de trabalho, o principal desejo das pessoas é poder exercer plenamente (e, portanto, verdadeiramente) a sua soberania.
« A democracia a funcionar » …Ah… Curioso, no país farol da democracia, o povo « democrático » foi ao assalto do seu símbolo, o Capitólio. Incitado pelo seu próprio presidente. Que quer lá voltar! Diz-se então que a democracia está em perigo!
O Tratado de Lisboa, apesar da oposição do seu povo, desprezando assim os seus desejos. Acredita que a maioria do povo francês, se fosse consultado, seria a favor das medidas que foram tomadas ou a tomar, ou mesmo que foram tomadas durante a crise financeira, ou o compromisso no Afeganistão, ou sobre a energia nuclear poder?
A França já não é uma democracia. O sistema eleitoral é corrupto porque as leis que regem as nossas instituições já não são consistentes com o espírito dos direitos humanos em que foram fundadas. E a vontade do povo não é mais respeitada.
A eleição presidencial significa, portanto, nem mais nem menos do que eleger o próprio ditador por cinco anos, se, no entanto, o regime não mudar definitivamente por ocasião da próxima reforma constitucional sobre a "regra de ouro", uma regra que impedirá no futuro qualquer política de recuperação através de gastos sociais, ou seja, qualquer política de “esquerda”...
Democracia que permite ganhar eleições com 80% dos votos, é um resultado de ditador... mas lembremo-nos do caso Chirac versus Le Pen há pouco tempo: quantos por cento foi eleito?
E a imprensa independente que se censura a continuar a ser financiada pelos amigos do poder.
E a justiça que condena pequenos criminosos e deixa livres ladrões poderosos?
Podemos ainda falar de respeito pela vontade do povo ou de democracia? Deveríamos esperar até que a miséria dê lugar à raiva para aceitar que a democracia já não existe?
Acima e para além das exigências salariais ou da deterioração das condições de trabalho, o principal desejo das pessoas é poder exercer plenamente (e, portanto, verdadeiramente) a sua soberania.
Senhor Embaixador: Peço desculpa pela dupla postagem.
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