Tenho a maior das dúvidas de que seja viável reintroduzir o serviço militar obrigatório. Há coisas que, uma vez alteradas, enfrentariam uma imensa resistência passiva para voltar atrás. Só uma invasão espanhola (e não contam as da Páscoa e "vacaciones"...) emocionaria o país.
6 comentários:
Se houver uma pedagogia séria acredito que não haverá grande resistência, a não ser dos partidos anti-Nato e anti-guerra do PC e do BE, antigos parceiros do PS. Mas como estão quase reduzidos ao osso, não é nada que os partidos da direita parlamentar, um PS medroso mas minimanente responsável e a berraria patriótica do Chega possam calar. Haja coragem!
Unknown
não haverá grande resistência, a não ser dos partidos anti-Nato e anti-guerra do PC e do BE
O PCP é, desde há longa data, favorável ao Serviço Militar Obrigatório. É, aliás, que eu saiba, o único partido português com essa posição, bem clara e afirmada por diversas vezes.
"...uma invasão espanhola emocionaria o país...". não creio que agora causasse muita emoção. isso era antigamente.
Há coisas que, uma vez alteradas, enfrentariam uma imensa resistência passiva para voltar atrás.
Passiva e ativa.
É o caso, por exemplo, do direito ao aborto. Uma vez esse direito concedido, há uma imensa resistência - e bem ativa - se se pretender eliminá-lo. Veja-se o caso atual da Polónia. E veja-se antes dele o caso da Alemanha Oriental, que lutou tenazmente para preservar o direito ao aborto (e para preservar a proibição de álcool quando se conduz) aquando da anexação pela Alemanha Ocidental.
Tendo bons amigos no meio castrense, ao que pude perceber, pelo que me disseram, ou o Estado (Governos) pagam francamente melhor e dão melhores condições, ou o número de voluntários que potencialmente se inscrevem para se alistarem nas FA continuará a decrescer gradualmente. A situação, segundo aqueles, já é, actualmente, dramática, o que aliás foi, em tempos, objecto de notícias nos meios de comunicação social. A pergunta que fica é como é que este novo governo vai procurar resolver esta situação, ou seja, atrair novos e mais candidatos a integrarem as fileira militares e, conseguir conservar os que já lá estão. Aqui há tempos, num encontro algures no Interior do País, tive oportunidade de ouvir 3 ex-militares que decidiram abandonar a vida militar, como profissionais voluntários que eram, por razões económico-financeiras. Compreensível.
O governo cessante, ao que me consta, nada fez para melhorar a situação, a ver vamos como este que aí vem resolverá a questão.
a) P.Rufino
o Luís Lavoura estará desactualizado. Ainda há pouco o Paulo Raimundo manifestou-se contra a introdução do serviço militar.
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