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quinta-feira, outubro 06, 2011

Nobel

Confesso que nunca tinha ouvido falar do novo prémio Nobel da Literatura, hoje anunciado, o poeta sueco Tomas Transtromer. O que, aliás, já me sucedeu, no passado, com outros nomes galardoados com idêntico prémio.

Fiquei a pensar se isso não seria uma imperdoável lacuna cultural da minha parte. E, pelo sim pelo não, durante um almoço de trabalho de que acabo de sair, perguntei ao colega sueco se os nomes de António Ramos Rosa ou de Herberto Hélder lhe diziam alguma coisa. Disse-me que não e sosseguei. Também ele não conhecia dois génios da poesia portuguesa. O meu sossego durou pouco, ao ouvi-lo dizer, logo de seguida, que, como poetas de Portugal, apenas conhecia Fernando Pessoa e Camões. Ora eu não conhecia nenhum poeta sueco (lembrei-me, depois, mas só lá cheguei com ajuda do Google, do nome, mas não da poesia, de Par Lagerkvist)! Mas logo aquietei o espírito com a reconfortante ideia de que, se isso acontece, é seguramente porque a nossa poesia é bem melhor do que a sueca. Deve ser isso! Pena é que ela não conte para o nosso PIB...

Logo à noite, quando for ouvir uma palestra do meu colega português na Unesco, o embaixador Luís Castro Mendes, que "acumula" com o facto de ser um dos grandes poetas contemporâneos de língua portuguesa, vou tirar tudo isto mais a limpo. 

Confesso os figos

Ontem, uma prima ofereceu-me duas sacas de figos secos. Não lhes digo quantos já comi. Há poucas coisas no mundo gustativo de que eu goste m...