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quarta-feira, fevereiro 27, 2013

UTAD

A Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) faz 25 anos da sua existência.

A UTAD é a universidade de Vila Real, a terra onde eu nasci. Fruto da feliz conjugação da iniciativa de entidades locais - e gostava de distinguir aqui, por elementar justiça, a figura do Engº Manuel Cardoso Simões - com um conjunto de personalidades que haviam tido já um percurso académico nas antigas colónias, a ideia de criar uma estrutura de ensino superior na capital transmontana conseguiu vingar no seu caminho e garantir um espaço de afirmação que, anos mais tarde, veio a consagrar-se na criação da atual universidade.

Muita água passou, entretanto, sob as pontes do rio Corgo. A UTAD evoluiu, transformou-se, cresceu e prestigiou-se, em especial em algumas áreas em que a sua massa crítica soube firmar-se com qualidade. A UTAD criou e agregou a si novos docentes, num conjunto muito alargado de valências especializadas. Dela saíram quadros técnicos de grande valia, hoje espalhados pelo país. Com universidades estrangeiras, a UTAD soube criar importante parcerias de cooperação. 

A UTAD não ficou imune às crises que a vida universitária portuguesa atravessa, elas próprias reflexo do que se passou na generalidade do país. A meu ver, a UTAD tem perdido algum tempo face à inevitável necessidade de vir a redimensionar-se à luz desse novo cenário. Essa perspetiva foi por mim claramente transmitida, tal como por muitas outras pessoas que aí desinteressadamente colaboraram, durante os anos em que chefiei o Conselho Geral da UTAD.

A cidade de Vila Real deve imenso à UTAD. Sou de opinião de que a cidade não soube até hoje criar - e interessa-me pouco saber quem terá a maior quota-parte de culpas - um laço adequado com a sua universidade. Uma coisa me parece evidente: a cidade de Vila Real não seria a mesma sem a UTAD.

Parabéns à UTAD e a quem hoje a compõe, uma casa onde deixei amigos e cujo futuro continuo a seguir com atenção.   

domingo, junho 05, 2011

Propinas

O Conselho Geral da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), a que presido, decidiu ontem aumentar em 12 euros por ano (um euro por mês), as propinas de base para o ano letivo 2011/12. Ponderámos muito esta decisão, não tanto pelo acréscimo em si mas, principalmente, porque este esforço acrescido se soma às dificuldades por que passam muitas famílias, atingidas pela crise económico-social. 

Poderíamos ter evitado tomar esta decisão? Claro que sim: se não houvesse estudantes a furtarem-se à liquidação das propinas, o que é altamente injusto para os colegas que cumprem as suas obrigações, este aumento não teria sido necessário. 

As universidades públicas portuguesas (não apenas essas, mas são essas que para aqui interessam) atravessam, embora de forma desigual, um momento algo complexo, produto de diversos fatores, que vão desde as alterações recentes do seu mercado ao facto de terem de adaptar-se às limitações orçamentais com que o setor Estado vive. E isso exige mudanças, com algumas a poderem não ser as mais populares.

Pela génese da sua oferta pedagógica, pelo seu enquadramento geográfico e por outros fatores específicos de vária natureza, a UTAD tem necessidade de fazer, com caráter de urgência, algumas opções estratégicas muito sérias. Por essa razão, porque a universidade deve repensar a sua estrutura, o seu modelo e os seus objetivos, vi aprovada uma proposta que apresentei para que se organizem, em Outubro e Dezembro, duas jornadas de reflexão estratégica. Vamos ouvir o que a Academia pensa para a sua universidade e, de seguida, com base em estudos devidamente fundamentados, vamos tomar, em 2012, as medidas que tivermos por mais adequadas para o futuro da UTAD.

Ser embaixador em França não é incompatível com esta contribuição, a titulo totalmente gracioso, que faço à universidade da minha terra. É com muito prazer que retiro dias de férias para vir, de Paris, algumas vezes por ano, trabalhar umas horas em Vila Real, tentando ser útil à UTAD. 

quinta-feira, junho 03, 2010

UTAD

No dia 19 deste mês, a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) irá eleger um novo reitor. A respetiva Comissão Eleitoral, a que presido por inerência de idênticas funções no Conselho Geral da universidade, admitiu duas candidaturas - um cidadão português e um cidadão inglês.

A circunstância de estrangeiros concorrerem a lugares de reitor de estabelecimentos de ensino superiores portugueses não é inédita. Julgo, porém, digno de particular registo que as universidades portuguesas comecem a tornar-se apelativas para académicos do exterior. Essa é a melhor prova da sua vocação para a internacionalização e um testemunho indireto do seu crescente prestígio num espaço universitário mais alargado.

A UTAD está hoje inserida num ambiente universitário português altamente competitivo, o que a obriga a fazer uma reflexão estratégica muito profunda, com vista a tentar definir os melhores caminhos para o seu futuro. A circunstância da eleição de um novo reitor ter lugar precisamente neste tempo de grande exigência acaba por constituir uma excelente oportunidade para levar a cabo um debate profundo e alargado que, partindo das propostas de ação dos candidatos a reitor, envolva todos os seus órgãos e academia em geral. Espero que a UTAD acabe por sair reforçada deste interessante período de auto-análise e que o conjunto da comunidade académica em que se insere possa vir a ficar com ideias muito mais claras sobre o que, com realismo mas também com ambição, é possível esperar da sua atividade futura.

terça-feira, dezembro 22, 2009

UTAD

Desejem-me sorte! Desde o passado sábado, por decisão unânime (houve uma abstenção...) do Conselho Geral da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), a que já pertencia, passei a presidir àquele órgão, que tem uma competência na área da orientação estratégica daquela entidade de ensino superior - nos planos científico, pedagógico, financeiro e patrimonial.

A UTAD é uma das realidades mais pujantes da cidade onde nasci e, pelo que já fez pela região, merece que lhe dediquemos atenção. Com o mais bonito campus universitário do país, esta universidade passa por um tempo de mudança e tem à sua frente desafios muito importantes.

Como compatibilizar as minhas funções em França com estas novas responsabilidades? Com mais trabalho e com alguma capacidade de organização.

domingo, abril 05, 2009

Universidade

Historicamente, há duas cidades de Vila Real. Antes e depois da criação da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD).

O impulso para a criação daquilo que viria a ser a UTAD foi dado por muitos quadros universitários chegados de África, no rescaldo da descolonização. Foi um trabalho paciente e longo, de gestação de uma massa crítica de prestígio académico, hoje plenamente reconhecido nos vários sectores especializados, portugueses e estrangeiros.

A cidade mudou muito com a UTAD, numa dinamização da sua vida que afectou positivamente a economia, contribuiu para a fixação de pessoas e para a criação de muitos postos de trabalho. Como observador exterior, fico com a sensação - porventura errada - de que essa "mistura" da universidade com a cidade ficou sempre, contudo, aquém do que seria desejável, em especial na indução de uma cultura de modernidade que só muito lentamente Vila Real tem vindo a ganhar. Concedo que essa possa ser uma visão distorcida e de pendor voluntarista, de quem gostaria de ver a sua terra dotada de uma outra expressão à escala nacional.

Ontem à tarde, acedendo a um convite que muito me orgulha, tomei posse como membro do Conselho Geral da UTAD. Espero que essas funções me qualifiquem a poder ser mais activo na defesa dos interesses comuns à universidade e a Vila Real.

Confesso os figos

Ontem, uma prima ofereceu-me duas sacas de figos secos. Não lhes digo quantos já comi. Há poucas coisas no mundo gustativo de que eu goste m...