quinta-feira, março 21, 2024

Estranho?

Sou só eu que acho normal que o Presidente da República indigite Luís Montenegro a tempo de ele poder estar presente, usufruindo já dessa qualidade, na reunião do Partido Popular Europeu, que, tal como o homólogo grupo socialista, reune sempre antes dos Conselhos Europeus?

8 comentários:

Unknown disse...

Já não há paciência para os rebuscados comentários que os canais de notícias vão dedicando ao que interessa e ao que não interessa. É normal os mesmissimos comentadores da SIC aparecerem 3 ou 4 vezes por dia a horas próximas umas das outras? Não têm eles ou alguém por eles consciência da saturação que causam aos espectadores e do prejuízo que infligem ao valor da sua palavra?

Luís Lavoura disse...

Mas há alguém que se tenha queixado de isso ser anormal?

João Cabral disse...

Sim, senhor embaixador.

Carlos Antunes disse...

Senhor Embaixador
Concordo. Tudo é (ou parece) normal no consulado de Marcelo!
Até o de indigitar um 1.º ministro pela calada da noite, em silêncio absoluto em que de Belém se ouvia ao longe o Tejo a correr, para permitir que pela madrugada LM estivesse presente em Bruxelas.
O inquilino de Belém foi rápido a dissolver o Parlamento, mas ainda mais rápido a indigitar LM.
Cordiais saudações

Tony disse...

Oh Sr. Embaixador. Então não estava à vista de todos que o frenético-mor e o indigitado, estavam em pulgas, para o ato. Como diria a minha velha tia, ai Tonito, "isto é o fim do mundo em cuecas".

Flor disse...

Não sr. Embaixador, não é.
Já hoje vi o ex primeiro ministro com o novo primeiro ministro sentados lado a lado a tomarem café. Gostei.

Flor disse...

Foi doentio ver e ouvir os comentadores a baterem sempre no mesmo assunto ou seja a dizerem cobras e lagartos do PR estar a indigitar Montenegro pela madrugada.

manuel campos disse...


Eu acho normalíssimo e até sensato, sendo que é ele o indigitado para PM, formará governo e esse governo irá governar, quanto mais depressa começar isso a ser interiorizado nessa Europa toda, melhor para Portugal neste momento.
Louvo ainda o cuidado e o sentido de Estado de António Costa ontem em Bruxelas ao ajudar a “normalizar” o CHEGA por lá, no actual contexto político nacional, afirmando (e passo a citar): "o próprio Chega, ao contrário do que acontece com outros partidos de extrema-direita em outros países da Europa, nunca fez uma campanha contra a UE, a explorar qualquer atitude de euroceticismo".
António Costa recordou que o partido liderado por André Ventura ( … ) apoiou desde o primeiro momento o apoio prestado pelos 27 à Ucrânia, na sequência da invasão russa.

Como já vos cansei muito com esta história relembro rapidamente que voto PS desde a CEUD em 1969, ainda que nessa altura o PS ainda se chamasse “Acção Socialista”, dos 8673 votos obtidos em Lisboa, 4 deles foram os meus pais, um irmão meu e eu (os outros irmãos ainda não tinham idade para votar).
Como se sabe (quem sabe) os presidentes das mesas puderam distinguir pelo tacto os votos de uns e outros, o que trouxe à nossa família momentos de grande simpatia dos poderes da altura.
(Mas ao longo da vida encontrei todos os outros 8669 votantes em Lisboa e mesmo bastantes mais, toda a gente afinal foi votar na CEUD e eu nem sabia).

Já aqui disse (e se não disse, repito, como ouvi mais de uma vez a um professor meu), PNS nunca me entusiasmou, o que não alterou as minhas ideias quanto ao voto.
Mas o facto é que lhe venho encontrando pontos positivos que não imaginava, uma visão nova para o PS e uma outra maneira de ver o país que está aí e que não é necessariamente o que ele gostaria que estivesse.
Isso obriga-o a reestruturar o Partido e largar algum “lastro”, em especial reduzir a influência interna daquilo a que eu chamo o “antifascismo salazarento”, em oposição “ao fascismo salazarento” que é invocado com frequência e que, para as camadas etárias que é preciso conquistar nem sequer é estranho ou curioso, é só "conversa de velhos".

Espero que continue assim pois é imprescindível que o PS ainda cá esteja forte e saudável por muitos anos depois de eu morrer, mas continuo a sentir, a ler e a ouvir dos socialistas da minha geração tudo aquilo que não augura nada de bom, continuam muitos a achar que chamando nomes feios aos de que não gostam vão alterar as coisas a seu favor quando, para já, só vão (e já estão) a piorar a situação.
É que pelos vistos não sabem (porque não dão atenção ao que os cerca, talvez porque não lhes convenha) que, meio século depois de Abril, tudo o que está lá para trás não diz nada de nada às gerações que estão aí à porta da vida activa, as que começaram a votar agora ou começarão da próxima vez, tirando raríssimas excepções que não contam.

Do meu ponto de vista, PNS percebeu que tem que ir buscar toda essa gente senão está a condenar o Partido (pelo que sei, foram apenas 10% dos mais novos os que votaram PS), os velhos que o suportam não vão cá andar muito tempo e os velhos que se seguem, hoje ali pelos 50/55 anos já são outra geração, educada noutro mundo e com outras vivências.

Quando do 25A eu tinha um filho à beira dos 4 e outro dos 3 anos e agora, segundo me garantem uns netos abastados, estou a 3 ou 4 anos de ser bisavô.
Esta é a “linha do tempo” que me interessa, tudo o resto me vão parecendo – como por aqui tenho dito – preocupações imediatistas e até oportunistas de muitos que, não sendo os seus próprios antepassados, são os seus próprios sucessores (de facto ou de jure).

PS- Três e quarenta da manhã e eu ainda aqui.
É que mais logo não me vou passarinhar pela casa de roupão e com a barba por fazer, muito menos vou para o café da esquina ler jornais desportivos.
Portanto um resto de boa noite.

Hoje, aqui na Haia

Uma conversa em público com o antigo ministro Jan Pronk, uma grande figura da vida política holandesa, recordando o Portugal de Abril e os a...