Sou só eu que acho normal que o Presidente da República indigite Luís Montenegro a tempo de ele poder estar presente, usufruindo já dessa qualidade, na reunião do Partido Popular Europeu, que, tal como o homólogo grupo socialista, reune sempre antes dos Conselhos Europeus?
8 comentários:
Já não há paciência para os rebuscados comentários que os canais de notícias vão dedicando ao que interessa e ao que não interessa. É normal os mesmissimos comentadores da SIC aparecerem 3 ou 4 vezes por dia a horas próximas umas das outras? Não têm eles ou alguém por eles consciência da saturação que causam aos espectadores e do prejuízo que infligem ao valor da sua palavra?
Mas há alguém que se tenha queixado de isso ser anormal?
Sim, senhor embaixador.
Senhor Embaixador
Concordo. Tudo é (ou parece) normal no consulado de Marcelo!
Até o de indigitar um 1.º ministro pela calada da noite, em silêncio absoluto em que de Belém se ouvia ao longe o Tejo a correr, para permitir que pela madrugada LM estivesse presente em Bruxelas.
O inquilino de Belém foi rápido a dissolver o Parlamento, mas ainda mais rápido a indigitar LM.
Cordiais saudações
Oh Sr. Embaixador. Então não estava à vista de todos que o frenético-mor e o indigitado, estavam em pulgas, para o ato. Como diria a minha velha tia, ai Tonito, "isto é o fim do mundo em cuecas".
Não sr. Embaixador, não é.
Já hoje vi o ex primeiro ministro com o novo primeiro ministro sentados lado a lado a tomarem café. Gostei.
Foi doentio ver e ouvir os comentadores a baterem sempre no mesmo assunto ou seja a dizerem cobras e lagartos do PR estar a indigitar Montenegro pela madrugada.
Eu acho normalíssimo e até sensato, sendo que é ele o indigitado para PM, formará governo e esse governo irá governar, quanto mais depressa começar isso a ser interiorizado nessa Europa toda, melhor para Portugal neste momento.
Louvo ainda o cuidado e o sentido de Estado de António Costa ontem em Bruxelas ao ajudar a “normalizar” o CHEGA por lá, no actual contexto político nacional, afirmando (e passo a citar): "o próprio Chega, ao contrário do que acontece com outros partidos de extrema-direita em outros países da Europa, nunca fez uma campanha contra a UE, a explorar qualquer atitude de euroceticismo".
António Costa recordou que o partido liderado por André Ventura ( … ) apoiou desde o primeiro momento o apoio prestado pelos 27 à Ucrânia, na sequência da invasão russa.
Como já vos cansei muito com esta história relembro rapidamente que voto PS desde a CEUD em 1969, ainda que nessa altura o PS ainda se chamasse “Acção Socialista”, dos 8673 votos obtidos em Lisboa, 4 deles foram os meus pais, um irmão meu e eu (os outros irmãos ainda não tinham idade para votar).
Como se sabe (quem sabe) os presidentes das mesas puderam distinguir pelo tacto os votos de uns e outros, o que trouxe à nossa família momentos de grande simpatia dos poderes da altura.
(Mas ao longo da vida encontrei todos os outros 8669 votantes em Lisboa e mesmo bastantes mais, toda a gente afinal foi votar na CEUD e eu nem sabia).
Já aqui disse (e se não disse, repito, como ouvi mais de uma vez a um professor meu), PNS nunca me entusiasmou, o que não alterou as minhas ideias quanto ao voto.
Mas o facto é que lhe venho encontrando pontos positivos que não imaginava, uma visão nova para o PS e uma outra maneira de ver o país que está aí e que não é necessariamente o que ele gostaria que estivesse.
Isso obriga-o a reestruturar o Partido e largar algum “lastro”, em especial reduzir a influência interna daquilo a que eu chamo o “antifascismo salazarento”, em oposição “ao fascismo salazarento” que é invocado com frequência e que, para as camadas etárias que é preciso conquistar nem sequer é estranho ou curioso, é só "conversa de velhos".
Espero que continue assim pois é imprescindível que o PS ainda cá esteja forte e saudável por muitos anos depois de eu morrer, mas continuo a sentir, a ler e a ouvir dos socialistas da minha geração tudo aquilo que não augura nada de bom, continuam muitos a achar que chamando nomes feios aos de que não gostam vão alterar as coisas a seu favor quando, para já, só vão (e já estão) a piorar a situação.
É que pelos vistos não sabem (porque não dão atenção ao que os cerca, talvez porque não lhes convenha) que, meio século depois de Abril, tudo o que está lá para trás não diz nada de nada às gerações que estão aí à porta da vida activa, as que começaram a votar agora ou começarão da próxima vez, tirando raríssimas excepções que não contam.
Do meu ponto de vista, PNS percebeu que tem que ir buscar toda essa gente senão está a condenar o Partido (pelo que sei, foram apenas 10% dos mais novos os que votaram PS), os velhos que o suportam não vão cá andar muito tempo e os velhos que se seguem, hoje ali pelos 50/55 anos já são outra geração, educada noutro mundo e com outras vivências.
Quando do 25A eu tinha um filho à beira dos 4 e outro dos 3 anos e agora, segundo me garantem uns netos abastados, estou a 3 ou 4 anos de ser bisavô.
Esta é a “linha do tempo” que me interessa, tudo o resto me vão parecendo – como por aqui tenho dito – preocupações imediatistas e até oportunistas de muitos que, não sendo os seus próprios antepassados, são os seus próprios sucessores (de facto ou de jure).
PS- Três e quarenta da manhã e eu ainda aqui.
É que mais logo não me vou passarinhar pela casa de roupão e com a barba por fazer, muito menos vou para o café da esquina ler jornais desportivos.
Portanto um resto de boa noite.
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