Foi há já uns bons anos. Lembro-me como se fosse hoje. Noé Monteiro, correspondente da RTP na Suíça, entrevistava um casal de portugueses ali residentes. O tema eram as preferências na programação da própria estação. A certa altura, o jornalista perguntou à filha do casal, uma criança que, recordo, teria menos de 10 anos: "E tu, o que é que gostas mais de ver na televisão?". A miúda não hesitou: "Os desastres".
Ao ver o resultado da votação dos nossos emigrantes na extrema-direita, na Suíça, lembrei-me que, se calhar, essa (hoje) senhora pode ter votado por lá e deve agora apreciar o desastre a que ajudou por cá.
4 comentários:
«La plupart des gens ont le courage de vivre leur vie, mais ils n'ont pas le courage de l'imaginer.»
Dizia o saudoso J-LG. Talvez seja falta de imaginação, incapacidade de calcular as consequências dos seus actos que os leva a ser atraídos pelo abismo. E nós com eles.
Decididamente, os ventos estão a favor da direita!
A Suíça é um país muito peculiar, no qual as pessoas se deitam às 9 da noite e levantam às 4 ou 5 da madrugada para ir trabalhar, e trabalham no duro, por vezes em condições climatéricas nada fáceis. Os portugueses na Suíça sabem isso e têm algum desprezo pelo dolce farniente que por cá reina.
É aquela altura de começar a culpar os eleitores: o povo escolheu mal, não sabe escolher, é ignorante, etc. Onde é que já vimos isto?
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