A morte de Omar Bongo, hoje confirmada, põe termo a uma liderança de mais de quatro décadas no Gabão. Para a França, trata-se do desaparecimento de uma personalidade que esteve quase sempre bem próxima de Paris - de De Gaulle a Giscard, de Mitterrand a Sarkozy, passando por Pompidou e Chirac - e que muito ajudou à gestão de tempos complexos na chamada "françafrique". Agora, resta esperar que a sucessão se faça de uma forma que não provoque situações de ruptura na ordem interna, como as que tiveram lugar, de modo desastroso, em outros países a antiga África francesa.
Nesse mesmo contexto trágico, não podemos deixar de lamentar a profunda crise que hoje afecta a Guiné-Bissau, onde violentas conflitualidades, ao que tudo indica exacerbadas por interesses criminosos que potenciam clivagens tradicionais, estão a destruir o já pouco que restava do sonho de Amílcar Cabral. Neste caso, Portugal deu já nota de estar disponível, se necessário for, para contribuir para uma solução de pacificação, de natureza regional, que possa abrir caminho à retoma da normalidade do processo constitucional.
Uma vez mais, Portugal mostra ser solidário com os países amigos, no prosseguimento de uma política externa que, sem tentações paternalistas, defende soluções de estabilidade e paz, assentes no respeito pelo Estado de direito. Alguns dirão que, em certos países, isso não passa de uma miragem longínqua. Pode ser que, por muito tempo, assim seja, mas importa perseverar e não perder a esperança. Uma política de indiferença seria o contrário da imagem que Portugal hoje tem pelo mundo e que lhe granjeia um grande respeito.
Nesse mesmo contexto trágico, não podemos deixar de lamentar a profunda crise que hoje afecta a Guiné-Bissau, onde violentas conflitualidades, ao que tudo indica exacerbadas por interesses criminosos que potenciam clivagens tradicionais, estão a destruir o já pouco que restava do sonho de Amílcar Cabral. Neste caso, Portugal deu já nota de estar disponível, se necessário for, para contribuir para uma solução de pacificação, de natureza regional, que possa abrir caminho à retoma da normalidade do processo constitucional.
Uma vez mais, Portugal mostra ser solidário com os países amigos, no prosseguimento de uma política externa que, sem tentações paternalistas, defende soluções de estabilidade e paz, assentes no respeito pelo Estado de direito. Alguns dirão que, em certos países, isso não passa de uma miragem longínqua. Pode ser que, por muito tempo, assim seja, mas importa perseverar e não perder a esperança. Uma política de indiferença seria o contrário da imagem que Portugal hoje tem pelo mundo e que lhe granjeia um grande respeito.