Porque estas coisas têm de ser ditas, irritem quem irritarem, quero destacar a serenidade construtiva demonstrada por Pedro Nuno Santos e pelo Partido Socialista, em face de uma balbúrdia parlamentar em que não tiveram a menor responsabilidade.
Será que há por aqui nas caixas de comentário, que abrigam muitos saudosistas de ideologias falidas que vêem na ditadura russa um abrigo anti-ocidente, quem ainda tenha moral para criticar certos processos de lidar com terroristas, até mesmo da parte de Israel, depois de meternos os olhos na humanidade demonstrada pelos serviços russos aos terroristas islamicos do isis capturados?
A balburdia ´veio trazer para a realidade, por um lado a "vergonha do PSD" em assumir a parceria com o Chega e por outro, a incompetência política em resolver a eleição da segunda figura da nossa estrutura política e institucional. O PSD deu um sinal,para o futuro,da sua arrogância política e modelo de governação, num contexto em que terá de negociar "todas" as medidas governativas. Mas,em vez de falar primeiro com o PS, andou a engonhar e a dar a ideia que tinha uma solução.
Tem mostrado inteligência. Percebeu o resultado das eleições, não se deixou atrelar pelo bloco, e desaparafusou o enredo parlamentar criado pelo PSD, pois a verdade é esta. Julgavam que tinham um arranjo com um chantagista e o chantagista foi chantagista.
Seguem-se os próximos capítulos. Palpita-me que vamos ter pela frente uma telenovela passada no Rio de Janeiro entre Ipanema e a favela do Alemão.
Os serviços russos foram muito humanos com os terroristas islâmicos do ISIS: capturaram-nos vivos. Ao contrário dos polícias franceses ou ingleses que, geralmente, aquando de um qualquer ato de terrorismo, abatem no local os culpados, sem sequer lhes dar oportunidade de se justificar. Os exemplos são inúmeros. Basta um tipo sacar de uma faca e agredir com ela alguém no espaço público para ser impiedosamente abatido.
A mim, palpita-me, e já, desde há bastante tempo, que por este andar iremos, de novo a eleições antes do fim do ano. E ainda, não foi a posse!. O muito ambicioso e muito pouco competente, do indigitado à fossanguice, pronuncia-se, isso mesmo. Veja-se o jeitinho, da soberba que teve, na eleição do PAR. O PS, é que, deste vez, lhe atirou a Boia.
Fernando Neves O amadorismo do PSD deu ao PS a oportunidade de aparecer como o único partido com sentido de Estado e maturidade política, bem como uma vitória inesperada. O PSD agiu como se um empate como PS lhe desse uma maioria absoluta. Pagou. Não me parece que o Silencioso Montenegro tenha unhas para esta guitarra
Relativamente ao processo como decorreu a eleição de Aguiar Branco para 2ª Figura do Estado e, - sobretudo -, como foi encontrada uma solução, só tenho a lamentar a actuação de PNS e do PS. Nesse sentido, subscrevo por inteiro o oportuno artigo escrito por Daniel Oliveira, “A Vitória Quase Invisível do Chega” no Expresso (on-line). Se, num caso destes, PNS/PS cedem à AD, que ignorou o PS durante todo aquele processo, dando capital de queixa e argumentação ao Chega, imaginemos como será doravante o relacionamento do PS para com a AD e da AD para com o PS. A AD a chantagear, fazendo pressão política sobre o PS e o PS a aceitar negociar...nos termos que convirão a Luís Montenegro. Que assim foge das garras do Chega e leva o PS à trela. Se vai ser esta a actuação do PS e de PNS, enquanto líder da Oposição, teremos, no futuro, um Chega mais robusto ainda, um PS mais enfraquecido e uma AD a criar uma qualquer crise artificial dentro de 1 a 2 anos para depois regressar mais fortalecida. O PS de PNS, tendo em conta que o seu candidato, Francisco Assis (FA), tinha ganho duas das três tentativas eleitorais, só tinha de se abster e, nesse sentido, ver, por uma 4ª vez JP Aguiar Branco a não conseguir ser eleito e, deste modo obrigar o PSD a ter de aceitar FA. PNS e o PS marcavam pontos e sobretudo a sua posição como Oposição robusta à AD. Não foi o que sucedeu, ficando a perder o PS, a ganhar a AD e...o Chega. Enfim... a)P.Rufino
Ah, e depois de ter garantido a eleição de Aguiar Branco para presidente da AR, com o inestimável apoio do PS de PNS, a AD votou alegre e favoravelmente o nome um um traste político como Pacheco de Amorim para Vice-presidente da AR, um tipo que sempre desprezou o 25 de Abril, preferindo a Ditadura Salazarista, e que esteve envolvido num movimento terrorista de extrema-direita, autor de alguns atentados, com vítimas mortais, nalguns casos. Ou seja, a AD fingiu que despreza o Chega, fez uma encenação, para o que contou com o PS/PSN e, uma vez garantida a eleição de Aguiar Branco, vamos lá então apoiar o candidato do Chega, independentemente de quem era e é a figura. Vá lá, pelo menos a IL ainda teve a coragem de, antes do resultado eleitoral concluído na AR, dizer, mais coisa menos coisa, que o Chega poderia ter escolhido outro candidato, menos polémico. Nada disto ouvimos ao líder da oposição, PNS. a) P.Rufino
Inteiramente de acordo. Pedro Nuno Santos (e o PS) foram os “únicos adultos na sala” neste caso da eleição do presidente da AR. Foram capazes de assumir - sem colocar em causa o estatuto de liderança de oposição política ao governo da AD - um compromisso institucional em favor do prestígio da AR, pondo termo ao triste episódio resultante da falha do acordo entre o PSD e o Chega.
Cumpriu a sua obrigação perante os portugueses. Por isso foi responsável. E os restantes ficam já com uma imagem de irresponsabilidade e falta de maturidade. Porquê tecer loas a quem cumpre a sua obrigação ? Um vício nosso que nos sai caro, acho.
Pelo que li em várias fontes, o PSD fez o costume - falou com os partidos, propôs o nome e registou as propostas dos outros. O facto é que Presidentes da Assembleia da República propostos por governos minoritários do PS foram eleitos sem problemas por parte do PSD. Pedro Nuno Santos não fez mais do que já tinha sido feito pelo PSD. O elemento novo é o Chega, e Ventura arrisca-se a ser um novo Hermínio Martinho.
13 comentários:
Falando em balbúrdia,
Será que há por aqui nas caixas de comentário, que abrigam muitos saudosistas de ideologias falidas que vêem na ditadura russa um abrigo anti-ocidente, quem ainda tenha moral para criticar certos processos de lidar com terroristas, até mesmo da parte de Israel, depois de meternos os olhos na humanidade demonstrada pelos serviços russos aos terroristas islamicos do isis capturados?
Mas que salada russa...
A balburdia ´veio trazer para a realidade, por um lado a "vergonha do PSD" em assumir a parceria com o Chega e por outro, a incompetência política em resolver a eleição da segunda figura da nossa estrutura política e institucional.
O PSD deu um sinal,para o futuro,da sua arrogância política e modelo de governação, num contexto em que terá de negociar "todas" as medidas governativas.
Mas,em vez de falar primeiro com o PS, andou a engonhar e a dar a ideia que tinha uma solução.
Tem mostrado inteligência. Percebeu o resultado das eleições, não se deixou atrelar pelo bloco, e desaparafusou o enredo parlamentar criado pelo PSD, pois a verdade é esta. Julgavam que tinham um arranjo com um chantagista e o chantagista foi chantagista.
Seguem-se os próximos capítulos. Palpita-me que vamos ter pela frente uma telenovela passada no Rio de Janeiro entre Ipanema e a favela do Alemão.
Erk
Os serviços russos foram muito humanos com os terroristas islâmicos do ISIS: capturaram-nos vivos. Ao contrário dos polícias franceses ou ingleses que, geralmente, aquando de um qualquer ato de terrorismo, abatem no local os culpados, sem sequer lhes dar oportunidade de se justificar. Os exemplos são inúmeros. Basta um tipo sacar de uma faca e agredir com ela alguém no espaço público para ser impiedosamente abatido.
A mim, palpita-me, e já, desde há bastante tempo, que por este andar iremos, de novo a eleições antes do fim do ano. E ainda, não foi a posse!. O muito ambicioso e muito pouco competente, do indigitado à fossanguice, pronuncia-se, isso mesmo. Veja-se o jeitinho, da soberba que teve, na eleição do PAR. O PS, é que, deste vez, lhe atirou a Boia.
Fernando Neves
O amadorismo do PSD deu ao PS a oportunidade de aparecer como o único partido com sentido de Estado e maturidade política, bem como uma vitória inesperada. O PSD agiu como se um empate como PS lhe desse uma maioria absoluta. Pagou. Não me parece que o Silencioso Montenegro tenha unhas para esta guitarra
Relativamente ao processo como decorreu a eleição de Aguiar Branco para 2ª Figura do Estado e, - sobretudo -, como foi encontrada uma solução, só tenho a lamentar a actuação de PNS e do PS. Nesse sentido, subscrevo por inteiro o oportuno artigo escrito por Daniel Oliveira, “A Vitória Quase Invisível do Chega” no Expresso (on-line). Se, num caso destes, PNS/PS cedem à AD, que ignorou o PS durante todo aquele processo, dando capital de queixa e argumentação ao Chega, imaginemos como será doravante o relacionamento do PS para com a AD e da AD para com o PS. A AD a chantagear, fazendo pressão política sobre o PS e o PS a aceitar negociar...nos termos que convirão a Luís Montenegro. Que assim foge das garras do Chega e leva o PS à trela. Se vai ser esta a actuação do PS e de PNS, enquanto líder da Oposição, teremos, no futuro, um Chega mais robusto ainda, um PS mais enfraquecido e uma AD a criar uma qualquer crise artificial dentro de 1 a 2 anos para depois regressar mais fortalecida. O PS de PNS, tendo em conta que o seu candidato, Francisco Assis (FA), tinha ganho duas das três tentativas eleitorais, só tinha de se abster e, nesse sentido, ver, por uma 4ª vez JP Aguiar Branco a não conseguir ser eleito e, deste modo obrigar o PSD a ter de aceitar FA. PNS e o PS marcavam pontos e sobretudo a sua posição como Oposição robusta à AD. Não foi o que sucedeu, ficando a perder o PS, a ganhar a AD e...o Chega.
Enfim...
a)P.Rufino
Ah, e depois de ter garantido a eleição de Aguiar Branco para presidente da AR, com o inestimável apoio do PS de PNS, a AD votou alegre e favoravelmente o nome um um traste político como Pacheco de Amorim para Vice-presidente da AR, um tipo que sempre desprezou o 25 de Abril, preferindo a Ditadura Salazarista, e que esteve envolvido num movimento terrorista de extrema-direita, autor de alguns atentados, com vítimas mortais, nalguns casos. Ou seja, a AD fingiu que despreza o Chega, fez uma encenação, para o que contou com o PS/PSN e, uma vez garantida a eleição de Aguiar Branco, vamos lá então apoiar o candidato do Chega, independentemente de quem era e é a figura. Vá lá, pelo menos a IL ainda teve a coragem de, antes do resultado eleitoral concluído na AR, dizer, mais coisa menos coisa, que o Chega poderia ter escolhido outro candidato, menos polémico. Nada disto ouvimos ao líder da oposição, PNS.
a) P.Rufino
Inteiramente de acordo.
Pedro Nuno Santos (e o PS) foram os “únicos adultos na sala” neste caso da eleição do presidente da AR.
Foram capazes de assumir - sem colocar em causa o estatuto de liderança de oposição política ao governo da AD - um compromisso institucional em favor do prestígio da AR, pondo termo ao triste episódio resultante da falha do acordo entre o PSD e o Chega.
Em matéria de trapalhadas, Pedro Nuno Santos é sereno.
PNS agora é o antitrapalhadas. Previsível, senhor embaixador.
Cumpriu a sua obrigação perante os portugueses.
Por isso foi responsável. E os restantes ficam já com uma imagem de irresponsabilidade e falta de maturidade.
Porquê tecer loas a quem cumpre a sua obrigação ? Um vício nosso que nos sai caro, acho.
Pelo que li em várias fontes, o PSD fez o costume - falou com os partidos, propôs o nome e registou as propostas dos outros. O facto é que Presidentes da Assembleia da República propostos por governos minoritários do PS foram eleitos sem problemas por parte do PSD. Pedro Nuno Santos não fez mais do que já tinha sido feito pelo PSD. O elemento novo é o Chega, e Ventura arrisca-se a ser um novo Hermínio Martinho.
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