(...) "Fico muito grato pela sua confiança, mas, deve compreender, tenho ainda de falar com a minha mulher". "Claro. Mas pedia-lhe uma resposta muito rápida, pode ser?". "Com certeza!". "Ah! Mais uma questão: dê uma revisão cuidadosa ao seu passado. Não pode haver nenhuns telhados de vidro". "Por aí, pode estar descansado". Vai ser assim.
10 comentários:
"Toxim! É pra mim!?"
O meu coração deu um pulo!! É que a família chama-se Belinha.
Não entendi o conteúdo do post. :(
A família chama-me Belinha.
Pois é isto mesmo, fala-se demais com o cônjuge (para um lado e para o outro) e enche-se demais os currículos com completas e perigosas tretas.
Cá em casa, das vezes que tanto um como o outro tivemos que ou quisemos "mudar" de vida (e foram várias para os dois) dissemos que sim e só depois telefonámos ao outro, chama-se a isto "total confiança e cumplicidade".
Por força do que andei a fazer admiti muita gente em empresas ao longo da vida e apanhei com muita gente que já lá estava quando eu cheguei, é assustadora a forma como um grande número de pessoas constrói o CV, não há alternativa a "proibi-los" pura e simplesmente de lá deixarem determinadas coisas, não só para salvaguarda deles como (but not least) nossa que os admitimos ou os mantemos connosco.
Mesmo pessoas inteligentes e bem competentes não resistem a disparatar quando se trata de, acham eles, se auto-promoverem.
Apanhei CV de ír às lágrimas, quem com 3 anos de trabalho tivesse 10 páginas quando eu com 30 anos de trabalho só tinha 2 páginas, ser director disto ou administrador daquilo durante um mandato ou dois é uma linha ou duas linhas, não são 3 folhas A4 a discriminar todos os "traques" que se deram, os "traques" logo se juntam se forem precisos.
Vem aí uma nova ronda de convites para ministros, secretários de estudo, chefes de gabinete, adjuntos e afins - correto...? Fujam todos.
Totalmente de acordo que vai ser assim mas não vai chegar, há muitos "livros negros" nas mãos de muita gente que cuidadosamente foi apontando tudo o que podia e tirando fotocópias de qualquer papelucho que achasse que lhe poderia ser útil um dia.
Conheci um que encheu um armazém de alguma dimensão com caixotões cheios de fotocópias de tudo e mais alguma coisa coleccionadas ao longo de dezenas de anos, mas para esse lado podem dormir descansados, um cano de água rebentado deu-lhe cabo de milhares e milhares de despachos variados ou meras notas internas de utilidade duvidosa para todos excepto para ele, há doidos para tudo como se sabe.
E depois temos a internet e o "direito ao esquecimento" que só pode em muitos casos ser activado tarde demais, quando alguém que não convinha nada já tomou conhecimento.
Agora com a prestimosa colaboração da IA.
Que tal olharmos para a "PimEyes"?
A tal que à conta de podermos descobrir as "nossas" fotos esquecidas que andam aí online há tantos anos que já as tínhamos esquecido, vai permitir que qualquer pessoa descubra essas mesmas "nossas" fotos que eventualmente gostaríamos que ficassem de facto esquecidas para sempre.
E nós as deles, claro, aí pelo mundo fora já há muito casamento e carreira profissional irremediavelmente perdidos.
O Francisco foi convidado para ser Ministro das Infraestruturas?!
Sérgio Nunes e Luis Lavoura. Não se consegue ser irónico por aqui?
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