quarta-feira, maio 10, 2023

Ai coração


Ao ver o "Ai coração!" na Eurovisão, com aquela gente em corridas e aos saltos, numa segura taquicardia, lembrei-me de que ainda não fui à minha consulta anual de rotina do cardiologista.

4 comentários:

manuel campos disse...


Para informação dos que se preocupam com a minha saúde, uns porque querem que eu continue a escrever, outros porque estão fartos do que eu escrevo, devo dizer que nunca fui a um cardiologista.
Mas é evidente que temos todos que andar atentos, ainda há uns meses um médico "internista" (o único a que felizmente recorro), me disse algo que fez aqui tocar uma campainha que nunca tinha tocado.
Disse-me ele que "Não estou mesmo nada ralado nem com as suas análises nem com os seus exames, mas você tem um problema que exige atenção permanente " e, perante a minha incredulidade, acrescentou "Tem 76 anos".
Grande verdade, acordou-me para uma realidade que o andar sempre bem e não tomar nada "esconde" no nosso dia-a-dia.

Mas fiz uns ECG de vez em quando ao longo da vida porque nas empresas havia "medicina no trabalho" e lembro-me de dois ecocardiogramas nos últimos 8 anos, o primeiro por uma razão burocrática pura (portanto inútil) que levou o médico de clinica geral a gracejar que eu ía durar até aos 150 anos (livra!), o segundo porque uma médica especialista que acompanha minha mulher, num problema que exige revisões periódicas, olhou para as minha mãos e achou que eu tinha os primeiros sinais de hipocratismo digital.

Ora o hipocratismo digital é um sintoma de coisas terríveis ou de nada, absolutamente nada, apenas "feitio" hereditário que pode saltar gerações.
Não vou entrar em pormenores porque ao longo destes dois anos não houve uma única pessoa (uma só!), desde os mais ignorantes aos mais cultos, a quem eu não tivesse que explicar o que era e não tivessem passado depois 5 minutos a revirar as mãos.
Como todas as linhas deste último ecocardiograma acabavam com a palavra "normal" e os pulmões estão limpíssimos, está visto que é hereditário.

Flor disse...

É verdade que o festival da Eurovisão é impróprio para cardíacos. Uma gritaria infernal que aumenta de ano para ano.

Anónimo disse...

Caro Manuel Campos Se assim é a culpa é do seu "internista"

manuel campos disse...


Caro Anónimo das 02.02

O meu "internista" não tem culpa nem mérito, para já.

É que a 1ª vez que fui a uma consulta com este "internista" foi no fim de Novembro passado, altura em que ele me pôs a fazer as análises e os exames todos que eu não fazia há mais de 8 anos, depois voltei lá outra vez no principio de Janeiro para ele me mandar repetir uma série delas porque achava que eu não tinha idade para estar tudo bem (não o disse por estas palavras).
Confirmado tudo mandou-me embora e até para o ano.

Claro que não precisaria de um "internista", a especialidade deles não são pessoas saudáveis, mas acertei nele por acaso e gostei da abordagem aos problemas, tenho muitíssima (demasiada) experiência de doenças à minha volta e, num dos casos, foi a passagem para um "internista" que mudou muita coisa.

Gostei muito do senhor, simpático e empático, vou voltar e desta vez não vão ser outros 8 anos.
É que, como já contei aqui, eu "não posso adoecer".
Tenho demasiados problemas de saúde por perto cujo acompanhamento depende de mim.
As coisas são o que são.



Maduro e a democracia

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