Faria hoje anos o velho barbudo de Trier. Às vezes, olhando os ciclistas da Uber, tenho-me perguntado sobre o que escreveria ele, num artigo na Gazeta Renana, a propósito deste novo proletariado. E sobre os trabalhadores dos "call center". E, claro, sobre a guerra na Ucrânia.
3 comentários:
A este propósito, permita-me que transcreva parte de uma crónica que escrevi para a revista “Human/GRH”:
«A «uberização» das relações de trabalho – o regresso do “trabalho ao biscate”
Todos aqueles que viveram nos anos 60 do século passado, se lembrarão certamente de ao utilizarem os táxis se depararem com motoristas que, após saírem do emprego habitual e para comporem o seu rendimento, prestavam esse serviço aos proprietários dos carros de táxi, à conta do que na gíria popular de então se intitulava de “biscate” ou “gancho”.
O espantoso é que “o trabalho ao biscate” que esses motoristas faziam há meio século atrás, tenha regressado agora sob a capa da denominada "economia de partilha" anunciada como um admirável mundo novo, onde através de plataformas digitais descarregadas nos nossos telemóveis, estaríamos diante de um novo modelo de oferta de trabalho flexível, ajustado à medida das necessidades de cada trabalhador, aliado ao acréscimo de vantagens para os utentes.
(…)
Mais do que um futuro promissor, produto da constante inovação tecnológica, assistimos com o advento desta “economia colaborativa ou de partilha” a um real regresso ao passado, ao “trabalho ao biscate”, e a um sistema laboral desregulado e sem quaisquer direitos.»
(…)
Caro Embaixador, tem inteira razão – o que escreveria Marx sobre o mundo do trabalho actual? Um novo ou apenas o ressuscitar do velho Capital?
Oportuna intervenção aqui trazida pelo Carlos Antunes.
O Marx não escreveria talvez muito, ele era um teórico e na prática a teoria é outra, é a prática que nos trouxe aqui.
Todos os meses eu envio para a embaixada russa 100 euros certos para ajudar as Forças Armadas da Rússia. Quero que tu saibas disto Seixas da Costa. Quero que tu e a merda dos políticos portugueses, lacaios da NATO e de Israel, saibam todos que eu vos quero ver acabados e a arrastar pelas ruas da amargura, seus escroques imundos e assassinos de crianças. Viva Putin! Viva Estaline!!! Morte à NATO!!!!!
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