Não me recordo quando conheci a Fernanda Gabriel, uma cara da RTP que os portugueses se habituaram, desde há muito, a ver moderar debates com os nossos eurodeputados.
A carreira da Fernanda é já muito longa e teve outras dimensões. Lembro-me dela na Lusa, no Diário de Notícias, na RDP e deve-me estar a escapar algo mais.
A Fernanda é uma profissional muito segura, com um forte equilíbrio nas suas prestações, um manejo invejável da tecnicidade das coisas europeias, área onde se especializou. É ainda, felizmente, uma jornalista "à antiga" - quase não usa o "eu", não confunde a informação com o comentário, não procura impingir-nos as suas ideosincrasias. O seu óbvio objetivo é recolher e transmitir-nos, com rigor, o máximo de informação útil, equipando-nos para, com toda a liberdade, podermos fazer as nossas opções e formar uma opinião própria.
Há horas, disseram-me que o presidente da República, na sua recente passagem por Estrasburgo, base de trabalho da Fernanda Gabriel, lhe atribuiu uma distinção honorífica. Nada mais justo!
Faço um "disclaimer". Depois de ter conhecido Fernanda Gabriel como jornalista, ela que foi também autarca na capital alsaciana e professora universitária, passei, de há muito, a ser também um bom amigo da Fernanda e do Jack, seu marido, o mais latino de todos britânicos que conheço. Algumas belas noites de conversa passámos nós em Estrasburgo, em Viena, na Jordânia, em Paris e no Estoril! Só ainda não consegui aceitar o convite para a sua casa na "aldeia mais portuguesa de Portugal", Monsanto, a terra da Fernanda. Um dia será!
Um beijo de parabéns à Fernanda e um abraço forte ao Jack.
7 comentários:
os portugueses se habituaram, desde há muito, a ver moderar debates com os nossos eurodeputados
Os portugueses, enfim... A muito minoritária fatia de portugueses que se interessa por tais debates!
Um aparte: o "disclaimer" é mais uma daquelas modas que se espalhou por cá. Ora, é tão simples o termo português para "disclaimer": "ressalva".
E se não gostarem de "ressalva", experimentem "comentário", "nota", "aviso", "informação". Todos funcionam, consoante o contexto.
Precisamente porque se tornou vulgar usar "disclaimer" é que eu uso. Vá lá: também porque me apetece.
É sempre com agrado que vejo o trabalho da Fernanda Gabriel. Muito merecido o reconhecimento de parte da Presidência da República.
Muito obrigada por este seu post Sr. Embaixador.
O Francisco Seixas da Costa é, naturalmente, livre de apreciar coisas vulgares.
Francisco F
Um "disclaimer" é um degrau acima da "ressalva", é mais na ordem de "isenção de responsabilidade" antecipada enquanto a "ressalva" será mais um "pré-aviso de segurança" como defesa pessoal.
Daí que em situações mais sensíveis se use "disclaimer" antes de se ír parar
a tribunal, nunca vi em documentos sérios "ressalva" mas ainda não perdi a esperança.
Claro que neste caso poderia ser só uma ressalva, mas é palavra que admito nem sempre me vir à memória, cada um tem as suas limitações.
Portanto neste caso como em muitos outros eu também poria "disclaimer", como já aconteceu muitas vezes por aqui e pela mesma razão: porque me dá para aí (com sua licença).
Coisas de gente de gente pouco vivida.
Só um "comentário" que não é um "disclaimer".
Últimamente leio por aqui com alguma frequência textos destinados a "corrigir" (no bom sentido, calma!) o que os outros escrevem e que, por essas pessoas, não é considerado correcto (e muitas vezes de facto não é).
Lamento no entanto que algumas dessas chamadas de atenção (cuja utilidade não nego, tenho aprendido com isso) venham de quem não escreve grande coisa sobre os temas que aqui aparecem, não escrevendo não sei se sabem escrever.
Participar da discussão é que é essencial em locais como este, se a escrita é excelente ou manhosa não interessa para nada, há por toda a parte quem escreva lindamente e não nos traga nada de novo e há quem escreva péssimamente e todos os dias nos ensine alguma coisa.
Todos somos ignorantes ainda que em assuntos diferentes.
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