Há um mito, na política portuguesa contemporânea, de que uma determinada pessoa foi convidada por engano para um cargo ministerial, por ter um nome idêntico ao de alguém que era o verdadeiro destinatário do convite. Já está mais do que provado que essa historieta não tem pés para andar, mas, no entanto, tenho-a visto repetida como se fosse verdadeira. Talvez por ter graça...
A propósito da data de hoje, 28 de Maio, dia do funesto golpe militar, em 1926, conta-se que o general Gomes da Costa, depois de se ter desembaraçado dos seus colegas de conspiração, e pouco tempo antes de, ele próprio, ser posto com dono, recebeu os seus novos ministros. Ao cumprimentar aquele que ia ser o primeiro ministro da Saúde da ditadura militar, ter-lhe-á dito: "Tinha ideia de si como uma pessoa mais velha". O novo governante terá respondido: "Deve estar a confundir-me com o meu pai". E lá foi ele tratar da Saúde aos portugueses...
5 comentários:
Mas há quem tenha sido convidado para um governo, na primeira metade dos anos 80 do século passado (e tenha aceite), porque foi preciso arranjar alguém à pressa na noite anterior à tomada de posse e foi a única pessoa (em quatro) que estava em casa e portanto do outro lado do fio.
Os telemóveis deram cabo destes improvisos, nunca saberemos se foi melhor.
Como estou aqui, como é habitual, a fazer horas para alguma coisa, neste caso ir jantar com uns amigos a um excelente restaurante indiano, pus-me a ver quem seria o senhor mas não lhe descobri o nome, o que decerto não me fará falta nenhuma.
Não sou entusiasta da comida indiana mas abro uma excepção aqui e acolá, de tal modo que amanhã já tinha combinado almoçar do mesmo com o meu neto comilão-gourmet, acontece que o jantar de hoje foi combinado há pouco e tinha que ser assim a pedido de várias famílias.
Onde ninguém me apanha é no “sushi”, só lá vou se não houver mais nenhum sítio para comer.
Carlos Antunes. Nao foi por acaso que nao falei em nomes. Repeti-los é alimentar "fake news"
Caro Embaixador Dr. Seixas da Costa
As minhas desculpas pelo facto de não ter compreendido que não queria falar em nomes.
Mas com o máximo respeito e consideração, julgo que os nomes que mencionei não são "fake news", correspondem na realidade ao que se passou, como um dos intervenientes o confirmou em entrevista a um semanário de referência,
Cordiais saudações
Caro Carlos Antunes. O facto de se repetir os nomes, mesmo para concluir que a historieta é falsa, contribuiria para a lenda. O maior programa de disseminação de boataria do país chama-se Polígrafo: repete uma mentira para, muitas vezes, concluir que é mentira. Está assim amplificado o boato...
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