Há pouco, do Porto para Lisboa. "Achas que dava para almoçar no Tia Alice, em Fátima?". "Tenta telefonar, mas só por milagre, num 13 de Maio". "Como me chamo Francisco..."
O mais certo é que algumas senhoras de nome Lúcia e Jacinta já lá estivessem sentadas.
PS- Pelos vistos meia Lisboa deixou um dia destes o carro em sítios errados, quase todos o foram todos com o vento que estava, não foi fácil lavar o dito. Mas garanto que o meu "sítio" era do piorio, uns 200 carros em terra batida, carros que foram deixando o local no meio de nuvens de poeirada com a ajuda do vento, como fui dos últimos (npblesse oblige) tinha terra que dava para uns bons canteiros.
Nesse dia há milagres impossíveis em Fátima, nem com um Rosário completo.
Por falar em poeira, Manuel Campos, não me "digue" nada, aqui também temos as obras de alargamento de uma estrada onde passo todos os dias, que se arrastam há mais de 6 meses tenho o carro todo branco (o meu carro como é todo-o-terreno, não dá tão mau aspeto 😁). Na 6.f um idiota da Meo, com a pressa de chegar 500 m à frente, a ultrapassar-me a mim e outro carro que seguia à frente, levantou tanta poeira que deixei de ver o que quer que fosse à minha frente.
Essa de "o meu carro como é todo-o-terreno, não dá tão mau aspeto" é muito boa mesmo, presumo que fique com um certo ar de "Paris-Dakar" a que muitos acham encanto quando não é o carro deles.
Idiotas desses só apetece bater-lhes e eu nunca andei à pancada nem no liceu. Dentro de Lisboa vivemos no meio das ultrapassagens completamente idiotas, de perigosas que são, para ganharem 5 segundos a chegarem ao semáforo seguinte, onde acabamos por parar atrás deles. Apesar de andar nisto há quase 60 anos e muito mais de um milhão de quilómetros por todo o tipo de estradas, há dias em que só respiro de alívio quando páro o carro ali no estacionamento onde o guardo.
E mesmo assim não é certo, ontem ainda tive que ir a 4 sítios até arranjar um mais calmo para lavar o carro (é longe e pouco conhecido), tudo pacífico até entrar na garagem de recolha onde um atrasado mental da minha idade mas a caír da tripeça fazia manobras esquisitas para ficar o mais perto da porta e descarregar uns sacos, comigo pacientemente parado entre o dentro e o fora, sem fazer nem dizer nada, ele muito irritado porque eu não passava por uma nesguinha junto à parede, quando lhe disse que não ía fazer manobras esquisitas e susceptíveis de raspar na parede e esperava ainda ficou pior, vá-se lá perceber porquê (se me tenho oferecido para lhe tirar os sacos da mala se calhar batia-me...).
Resolvi não me chatear muito, à saída cumprimentei a senhora que estava visivelmente incomodada com a situação e vim-me embora. Anda tudo parvo, uma coisa é dar umas apitadelas a outro que nunca mais vamos ver aí no meio do transito, outra é arranjar complicações com quem se pode encontrar todos os dias nos mesmos sítios.
Há dias fiz uns sinais de luzes a um tipo ali na Rua Conde Redondo que estava parado a empatar a vida a todos, saíu do carro e veio-me informar que eu estava proíbido de lhe fazer sinais de luzes (!). Como era um carro com o logótipo de uma empresa conhecida respondi-lhe que "como já sei para quem é que V. trabalha já sei quem vou chatear já de seguida", mudou logo de ideias sobre os sinais de luzes.
Realmente já está na hora de ir à "Baleia Verde"...
Sim, mesmo (também nunca andei), especialmente quando as pessoas têm atitudes que se vê mesmo que se estão borrifando para a eventualidade de causarem danos aos outros. É precisa uma capacidade sublimatória das bem estruturadas para não se andar a descompor certas figuras.
Uma vez numa das ruas principais da vila baixa de Alenquer, pouco antes do largo da central de camionagem, um minibus da Boa Viagem também não conseguia passar pelo espaço livre por conta de um camião de obras, os tipos das obras, "'tá bem, tá", quiseram lá saber, aquilo já ia uma bicha que não tarda chegava à N1. A dada altura comecei a ver que ninguém "tugia nem mugia", eu estava aí em 3.º ou 4.º lugar, tive de botar faladura a perguntar como é que era, mandaram umas bocas, disse que chamava a GNR, os tipos começam a gozar a dizerem que já lá tinham estado, comecei a engrossar e a perguntar se não tinha de ir eu tirar camião, as pessoas lá começam a apitar em barda e, finalmente, lá foram dar a volta ao quateirão com a tranqueira - a brincadeira durou à vontade uns 10 minutos.
7 comentários:
E deu? Fátima devia estar num alvoroço. Espero que tenham tido uma santa refeição.;)
O mais certo é que algumas senhoras de nome Lúcia e Jacinta já lá estivessem sentadas.
PS- Pelos vistos meia Lisboa deixou um dia destes o carro em sítios errados, quase todos o foram todos com o vento que estava, não foi fácil lavar o dito.
Mas garanto que o meu "sítio" era do piorio, uns 200 carros em terra batida, carros que foram deixando o local no meio de nuvens de poeirada com a ajuda do vento, como fui dos últimos (npblesse oblige) tinha terra que dava para uns bons canteiros.
Flor. Almocei muiyo bem na Praia de Mira
Penso que foi uma escolha ajuizada pelo menos muito mais tranquila como convém para uma boa digestão :)
Nesse dia há milagres impossíveis em Fátima, nem com um Rosário completo.
Por falar em poeira, Manuel Campos, não me "digue" nada, aqui também temos as obras de alargamento de uma estrada onde passo todos os dias, que se arrastam há mais de 6 meses tenho o carro todo branco (o meu carro como é todo-o-terreno, não dá tão mau aspeto 😁). Na 6.f um idiota da Meo, com a pressa de chegar 500 m à frente, a ultrapassar-me a mim e outro carro que seguia à frente, levantou tanta poeira que deixei de ver o que quer que fosse à minha frente.
Francisco Sousa Rodrigues
Essa de "o meu carro como é todo-o-terreno, não dá tão mau aspeto" é muito boa mesmo, presumo que fique com um certo ar de "Paris-Dakar" a que muitos acham encanto quando não é o carro deles.
Idiotas desses só apetece bater-lhes e eu nunca andei à pancada nem no liceu.
Dentro de Lisboa vivemos no meio das ultrapassagens completamente idiotas, de perigosas que são, para ganharem 5 segundos a chegarem ao semáforo seguinte, onde acabamos por parar atrás deles.
Apesar de andar nisto há quase 60 anos e muito mais de um milhão de quilómetros por todo o tipo de estradas, há dias em que só respiro de alívio quando páro o carro ali no estacionamento onde o guardo.
E mesmo assim não é certo, ontem ainda tive que ir a 4 sítios até arranjar um mais calmo para lavar o carro (é longe e pouco conhecido), tudo pacífico até entrar na garagem de recolha onde um atrasado mental da minha idade mas a caír da tripeça fazia manobras esquisitas para ficar o mais perto da porta e descarregar uns sacos, comigo pacientemente parado entre o dentro e o fora, sem fazer nem dizer nada, ele muito irritado porque eu não passava por uma nesguinha junto à parede, quando lhe disse que não ía fazer manobras esquisitas e susceptíveis de raspar na parede e esperava ainda ficou pior, vá-se lá perceber porquê (se me tenho oferecido para lhe tirar os sacos da mala se calhar batia-me...).
Resolvi não me chatear muito, à saída cumprimentei a senhora que estava visivelmente incomodada com a situação e vim-me embora.
Anda tudo parvo, uma coisa é dar umas apitadelas a outro que nunca mais vamos ver aí no meio do transito, outra é arranjar complicações com quem se pode encontrar todos os dias nos mesmos sítios.
Há dias fiz uns sinais de luzes a um tipo ali na Rua Conde Redondo que estava parado a empatar a vida a todos, saíu do carro e veio-me informar que eu estava proíbido de lhe fazer sinais de luzes (!).
Como era um carro com o logótipo de uma empresa conhecida respondi-lhe que "como já sei para quem é que V. trabalha já sei quem vou chatear já de seguida", mudou logo de ideias sobre os sinais de luzes.
Manuel Campos,
Realmente já está na hora de ir à "Baleia Verde"...
Sim, mesmo (também nunca andei), especialmente quando as pessoas têm atitudes que se vê mesmo que se estão borrifando para a eventualidade de causarem danos aos outros. É precisa uma capacidade sublimatória das bem estruturadas para não se andar a descompor certas figuras.
Uma vez numa das ruas principais da vila baixa de Alenquer, pouco antes do largo da central de camionagem, um minibus da Boa Viagem também não conseguia passar pelo espaço livre por conta de um camião de obras, os tipos das obras, "'tá bem, tá", quiseram lá saber, aquilo já ia uma bicha que não tarda chegava à N1. A dada altura comecei a ver que ninguém "tugia nem mugia", eu estava aí em 3.º ou 4.º lugar, tive de botar faladura a perguntar como é que era, mandaram umas bocas, disse que chamava a GNR, os tipos começam a gozar a dizerem que já lá tinham estado, comecei a engrossar e a perguntar se não tinha de ir eu tirar camião, as pessoas lá começam a apitar em barda e, finalmente, lá foram dar a volta ao quateirão com a tranqueira - a brincadeira durou à vontade uns 10 minutos.
É preciso uma paciência "jobiana".
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