sexta-feira, março 01, 2024

As estrelas


"Então não dizes nada sobre as estrelas Michelin que foram atribuídas a restaurantes em Portugal?" O telefonema apanhou-me na noite de ontem, no regresso de um comentário televisivo sobre a guerra. Era um amigo, habituado a ver por aqui notas sobre experiências restaurativas, que estranhou que eu ignorasse a cerimónia que teve lugar no Algarve, na qual o famoso Guia Michelin, agora com uma edição dedicada exclusivamente a Portugal, atribuiu "estrelas" a restaurantes portugueses.

Não soube bem o que dizer-lhe. Apenas sabia o que tinha lido e as informações de amigos que haviam estado naquela festa, para a qual eu, simpaticamente, também tinha sido convidado, mas a que a vida não permitiu que estivesse presente.

Do que ouvi, terá havido alguma frustração pelo facto de, uma vez mais, a nenhum restaurante português terem sido atribuídas as "três estrelas", consagração de entrada no olimpo internacional da gastronomia. Quem sabe destas coisas diz-me que há restaurantes portugueses já dignos dessa classificação.

Houve entretanto novas entradas, várias justas confirmações e muito escassas saídas - das listas das "duas estrelas" e de "uma estrela". E o guia terá anotado e passado a recomendar algumas novas mesas portuguesas, fora do mundo das "estrelas".

Qual é a minha opinião sobre tudo isto?

Com a maior sinceridade, acho excelente que o Guia esteja a reconhecer o extraordinário trabalho dos profissionais portugueses, que têm feito um esforço para captar, com a sua oferta gastronómica de excelência, um turismo de maior qualidade. Portugal está já nas rotas da grande restauração e isso é uma excelente notícia.

Não me peçam, contudo, para opiniar sobre as escolhas feitas pelo Guia, sobre a justiça ou injustiça relativa da seleção feita pelos seus inspetores. Infelizmente, desconheço muitos dos restaurantes "estrelados", embora tenha informações sobre muitos deles, aliás quase sempre muito positivas, como positivas foram, em geral, as minhas experiências naqueles que tive o ensejo de experimentar. 

Contudo, confesso, o preço praticado na maioria dessas casas - por razões que são facilmente compreensíveis, ligadas à qualidade excecional dos produtos, ao grande investimento feito, aos salários praticados, ao serviço qualificado e a outros componentes que têm de se refletir no saldo final da conta - continuam a limitar a regularidade das minhas visitas. Ora, em matérias de restaurantes, eu só me pronuncio sobre aquilo de que tenho experiência pessoal direta. E, na realidade, o mundo da alta cozinha, do "fine dining", não faz parte do meu dia a dia, e só muito raramente das minhas noites.

9 comentários:

Flor disse...

Boa noite Sr. Embaixador.

Isto dos restaurantes com estrelas Michelin passa-me completamente ao lado. No more comments!

Anónimo disse...

É a idade. Eu estou numa igual ou pior. O preço claro que conta. Mas é mais que isso: já não tenho paciência para novas texturas, novos sabores e coisa que tal. Também já não estou para jantares. Sopa e queijo servem-me à noite. Mais e durmo mal. Também já não estou para vinhos. Fico mal disposto. Uma cerveja, fico contente. Champagne de vez em quando pode ser. Esse sabe bem.
No caso do guia Michelin os que me interessam são os bip gourmand,ou, para usar o nome de um site italiano, la cucina della nonna.

Anónimo disse...

as estrelas michelin premeiam a cozinha do tipo francês. a aberração é o facto das estrelas michelin em portugal serem atribuídas por espanhóis.

Nuno Figueiredo disse...

... e.g. gordon ramsay é inteiramente detido pela Lion Capital (UK).

Nuno Figueiredo disse...

e o avilez...

amadeu moura disse...

Faço minhas as palavras do José Quiterio: "Não me venham com classificações desse guia de marcas de pneus!"

Carlos Fonseca disse...

Durante alguns anos almocei dois fins de semana por mês, acompanhado pelos meus pais e outros familiares, no Restaurante Ramalhão, em Montemor-o-Velho.

A ementa, baseada em pratos tradicionais da região, atraia clientes das redondezas que, apesar da conta ser um pouco acima da média na zona, enchiam a ampla sala aos fins de semana, tornando aconselhável a marcação de mesa. O João, cujo apelido dava o nome ao restaurante ia, de mesa em mesa, dando dois dedos de conversa.

Em 1991, o Ramalhão foi premiado com uma estrela Michelin, e o João inchou um pouco. Os preços também incharam, mas a clientela pareceu “desinchar”.

Em 2002, salvo erro, a estrela apagou-se e, algum tempo depois, o restaurante seguiu-lhe o caminho, e fechou.

Nos últimos anos as minhas visitas à região são cada vez mais espaçadas. Mas, se estou bem informado, o encerramento foi definitivo. É caso para dizer que "há bens que vêm por mal".

Anónimo disse...

Camarada anónimo das 8.23, a cozinha da nonna tem muito pouco a ver com as estrelas, com o bib gourmant ou outros graus de classicaçao da marca de pneus.

João Felgar disse...

Vamos às estrelas polar, orion, cassiopeia

Mas nesse entretanto, descobri algo inedito para ao amigo Sr. Embaixador Francisco Seixas da Costa. Uma estrela


Fernand Yañez de Lugo,luceffor en el folar,caia, y feñorio de Lugo, caso VIII. con Doña Ines de Noboa Volaños: viuio en Lugo, donde tuuo pueltos honrofos, fue hijo legitimo de Ruy Fruela, o Froy la de Lugo,

Ruy Froyla de Lugo hallofe con fu padre Sancho Romais de Lugo en la gra IX. batalla de las Nauas de Tolofa:y delde efte Cauallero, ningun fuceflor legiti mo defcendiente tuyo fe halla que haya omitido el apellido de Lugo, aunque ayan vfado de otros,como tambien han frequentado las infignias Gentilicias. que ganaron en aquella batalla, que fon las referidas de la Cruz de oro, auanavañada de verde,floreteada,y con quatro efpigas de oro en los angulos, to do en campo roxo,como fe ha blafonado: caso con Doña Eluira Aluarez de Seixas.

Sancho Romais de Lugo, feñor de la cafa,folar,y bienes troncales de Lugo, firuio al Rey D'Alonso el Noueno de Caftilla Fué de fu Confejo,y fu Alcone. ro Mayor:hallòfe por Caudillo de la gente de Lugo en la batalla de las Nauas: Atribuyefele auer fido el primero que aclamò victoria, concurriendole fu ge teja cuya caufa preguntando el Rey,quien la apellidaua, le refpondiefon: los de Lugo, caufa de la confirmacion de efte apellido como tambien de las Armas que organizò,concedidas con grandes honores por el mifmo Rey, reconociendofe la descendencia defde D.Ermelinda Romais, feñora de Šata Mar ta de Ortiguera, y el Rey D.Fruela Primero de Leon,en el feñorio de los bie nes troncales, folar, y apellidos de Froylay Romais, como latamente fe refiere en la Genealogia entera defte linage de Lugo.Sancho Romais de Lugo el de la batalla de las Nauas, fue hijo de Lope Romais de Lugo que habitò en Lugo en grande estimacion:Sucedio en los bienes troncales,y vafallos agregados al folar, y cafa de Lugo:Casó con D. Aldonça Fernandes de Seixas, hija del feñor de tierras de Narda, y de las fortalezas de S. Sayo, y Caftro de Seixas, cerca de Villamayor de Vida, y algunas de las tierras que traxo en dote D.Aldonça Andan en voz hafta eftos tiempos con los troncales, y lolar de Lugo.

Lope Romais fue hijo de Iuan Froyla de Lugo,y de Doña Sancha Lopez de XI: Viloa fu muger. Iuan Froyla de Lugo,fue vafallo del Rey, y Rico-Ome de Leon, Metino Mayor del Reyno de Galicia,y Gouernador, y Alcayde de Lu go.Entrò en la poffefsion de el Solar, y bienes troncales de la cafa de Lugo, y de muchos vaffallos,que todo lo heredo por muerte de fu fobrino D.Ruy Gomez de Traftamara (nieto del Conde D.Pedro Fernandez de Traba)y de quie dixo el Conde D.Pedro de Barcelos, que fue Rico Ome, y muy honrado, y que tu uo muchos vaffallos:X aunque cituuo cafado con D.Maria Alfonfo Tellez, hi ja de D.Alonfo Tellez,y de fu conforte D.Terefa RodriguezGiron, por no te ner hijos,recayeron en luan Froyla de Lugo el folar,y trocales de Lugo,y los vaffallos q policia D.Ruy Gomez,cuyo feñorio(aunque por diferentes cau. fas eftà en gran diminucion) permanece yandan los vallallos en voz con el fo lar, y troncales de Lugo,por fer luan Froyda de Lugo, hijo de D. Garcia Froy la de Lugo,y de D.Toda Cornado su muger.

D.Garcia Froy la de Lugo,fuehijo tegundo del Conde D. Fedro Fernandez de Traba,y de DeVrraca Froyla fa primera muger;murio confu padre en vna batalla en feruicio del Rey D.Alonfo Octauo, Emperador de Efpaña,contra el Rey D.Alonio de Aragon fu padraftro. Fue hermano entero de D. Fernando Perez, Conde de Traba,y Trattamara,de quien dixo el Code D.Pedro de Barce los:Que en aquellostiepos fue el mayorhōbre q huuo, que Rey no fueffe: caso diferentes vezes,y en la vltima tuuo al Conde D.Gomez Fernadez de Traba, que casò con D. Maria Fernandez,de quien fue hijo D.Ruy Gomez,que por no dexar fucefsion,le herede fu tio luan Froyla de Lugo.

El Conde D. Pedro Fernandez de Traba,y Traftamara (que algunos le nom brã D. Pedro Froyla Arias fue el Ayoq criò al Rey D.Alólo cl Emperador, hijo del Conde D.Remon,y de la Princefa D.Vrraca,hija de D. Alonso el Sexto qgano a Toledo

Tarde do dia de Consoada