sábado, março 02, 2024

Para que não digam que não avisámos!


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10 comentários:

Carlos disse...

Confesso que devo corresponder ao eleitor típico do PS. Acho que a governação de António Costa não soube evitar alguns escolhos e incidentes de percurso lamentáveis mas apesar de tudo produziu resultados tangíveis. Para além dos progressos nas finanças públicas e na distribuição de rendimentos realço a importância de convocar o país e em especial as “elites” económicas para a necessidade de assegurar o futuro económico do país - é que não podemos assegurar a nossa autonomia e soberania sem uma economia sólida alicerçada em empresas com massa crítica e ancoradas em Portugal. Um facto que os governo mais honesto de Portugal esqueceu ao promover a liquidação descontrolada de empresas como a Cimpor, a Portugal Telecom ou mesmo o antigo grupo BES iludido pela crença na destruição criativa.

Não acho que Pedro Nunos Santos seja a pessoa certa a frente do PS. O seu currículo como governante não deixou marcas positivas e as ações promovidas pelos seus adjuntos e acessores não deixam boas memórias. Os discursos da campanha eleitoral e o desempenho nos debates em vez de responderem as preocupações dos cidadãos ficaram-se por questões acessórias. Tão-pouco conseguiu valorizar as realizações de 8 anos de governo. Apesar deste cenário vou votar PS porque o futuro governo da AD vai precisar de uma oposição determinada.

Só uma nota a propósito dos “casos e casinhos” que ensombraram os governos do PS. É verdade que alguns revelam personagens que em meu entender não tem lugar na política - a história das “golas anti-fumo” é quase paradigmática. Mas há também muito encarniçamento mediático perfeitamente injustificável como foi o triste episódio do acidente automóvel protagonizado por Eduardo Cabrita. O impoluto Cavaco Silva jamais teria sobrevivido a dois governos de maioria absoluta de tivesse sido confrontado com semelhante escrutínio.

O dado mais preocupante é a aparente fractura geracional visível quando se comparam as sondagens que mostram as intenções de votos por grupos etários. Talvez a geração mais bem preparada de sempre não tenha memória de onde vimos e persista em olhar para o copo “meio vazio” ignorando que a formação e competitividade de que beneficiam num mercado de trabalho globalizado é fruto dos sacrifícios e investimento das gerações precedentes,

Unknown disse...

As sondagens parece que são inequívocas no sentido de que a maioria entende que a esquerda governou mal.
Assim, o perigo de a esquerda não voltar ao poder nas próximas décadas é real. Como disse alguém, parece que se está a formar no país uma maioria sociológica de direita, desejosa de mudanças.

J. Carvalho disse...

Cada vez pior. Hoje, enquanto tomava o pequeno-almoço, uma professora universitária fazia a leitura dos jornais do dia e qual foi o grande destaque? Uma entrevista de Cavaco Silva (não desiste) ao CM onde explicava as 4 razões por que vota AD (e eu a pensar que ele votaria no Chega). Então, a Senhora Professora apresentou, ponto por ponto, a 4 razões de Cavaco, sendo que uma delas, disse, estava explicada no livro que o ex-PR escreveu há um ano. Tudo o que leu ou disse só foi em favor da AD, no dia em que foi notícia a subida do Rating para o nível A, mas que está a ser omitido ou secundarizado pela comunicação social. O mesmo se passa com o Manifesto.

Será que é a Professora especialista em comunicação que escolhe as notícias ou será que passa por lá para dar voz ao que o editor escolhe? E os jornalistas moderadores quando interrompem fazem-no por eles próprios ou porque recebem instruções pelo auricular?

Mal por Mal disse...

António Costa vai ter que apoiar alguém que foi incómodo para estar ao seu lado como ministro.

O que é a política!

Carlos Antunes disse...

Já afirmei neste mesmo espaço que vou votar PNS e PS e, portanto, estou de acordo com o manifesto e do apelo “não digam que não avisámos”.
Realmente, ao ouvir Durão Barroso afirmar que “Pedro Nuno é o socialista mais esquerdista de sempre em Portugal e de ser imaturo” – lembrei-me dos idos anos de 1974-1975, em que Durão Barroso, líder do MRPP na Faculdade de Direito de Lisboa carregou os móveis da direcção da Faculdade para uma carrinha e os levou em nome do proletariado para a sede do MRPP, onde acabou por ser devidamente censurado pelo furto por Arnaldo de Matos e teve de os devolver à sua proveniência, a partir do qual manifestou sempre uma dedicação contínua ao ramo das mudanças, não já dos móveis, mas da política, da militância maoísta a primeiro-ministro de um governo PSD/CDS, fugido deste para, cúmplice da invasão do Iraque na triste cimeira dos Açores, assumir a presidência da Comissão Europeia e saltando desta directamente, sem vergonha, para chairman da Goldman Sachs – limitou-se a reafirmar, nada que a direita não tenha dito antes sobre Jorge Sampaio, António Guterres, Ferro Rodrigues ou António Costa, todos eles insanos vermesculhos!
A este propósito, recordo a atoarda de Cavaco, que hoje se juntou ao clamor anti-PNS, sobre esse grande PR que foi Jorge Sampaio «O povo português não fica seguro se Jorge Sampaio for eleito Presidente. Tenho algumas preocupações em colocar o futuro dos meus filhos nas suas mãos» (Expresso, 13-01-1996).

Tony disse...

Carlos Antunes.
Bom Post. Convém lembrar estes verdadeiros, mas muito tristes e curriculares acontecimentos, dos personagens que refere. Tenho a esperança que a aparição desta gente e outros que também já fizeram prova de vida na Campanha, seja venenosa, para o resultado final. Lembrar ainda, que, houve muita gente que acreditou e foi enganada quando alguém muito importante e grande especialista e Professor de Finanças Públicas, recomendou absoluta segurança no BES, Isto, pouco antes do seu enterro. (do BES!).

Carlos Antunes disse...

Caro Tony
Bem lembrado. Treze dias antes da queda do BES, Cavaco em declarações aos jornalistas a 21 de julho de 2013 dizia "Os portugueses podem confiar no BES, dado que as folgas de capital são mais do que suficientes para cobrir a exposição que o banco tem à parte não financeira, mesmo na situação mais adversa."
Mais uma “mentirola” do Pinóquio Cavaco!
Cordiais saudações

Rui Figueiredo disse...

Proponho o seguinte exercício: cruze-se a lista com outra análoga que, há uns anos, apoiou Sócrates

Francisco Seixas da Costa disse...

Rui Figueiredo. Se não estive - e não sei se estive - deveria ter estado nessa lista de apoio a José Sócrates. Nunca me arrependi de apoiar a sua ação como primeiro-ministro.

Rui Figueiredo disse...

Francisco Seixas da Costa, honni soit qui mal y pense (ou, em tradução brilhante de Vasco Graça Moura: mal age quem bem não cuida)

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