sexta-feira, março 01, 2024

A grande sondagem

Com o aproximar do dia das eleições, como é de regra, os dois principais partidos vão chegar em "empate técnico" nas sondagens, que caberá aos eleitores desfazer. Há, contudo, uma área onde isso não acontece: nos comentadores televisivos. Aí há "maioria absoluta" para a direita. 

11 comentários:

Unknown disse...

Não é que diz a sondagem da Universidade Católica da RTP nem as diárias da CNN. A AD está à frente. Quanto aos comentadores, são muito de modas. Primeiro o Pedro Nuno era fantástico. Agora, com as sondagens, começaram a mudar de discurso.

PedroM disse...

É verdade. E esse é um grande problema da democracia portuguesa. Todos mas TODOS os órgãos de CS relevantes são acentuadamente enviesados à direita.
Não há pluralismo no noticiario e no debate politico, ou melhor dizendo, esse pluralismo só existe formalmente pois qualquer ideia de esquerda é imediatamente desfeita por dezenas e dezenas de horas ou de artigos produzidos pelos ditos comentadores ou aonda pelo imenso tempo de antena dado aos politicos de direita.
Há cerca de um ano publiquei na secção de comentarios de outro blogue uma lista de cerca de 8 dezenas de comentadores e jornalitas comentadores que peroravam nos canais do cabo. Mais de 2/3 eram de direita e no que toca a jornalistas apenas 3 (!!!) não podiam ser identificados com a direita.
Creio que este seria um bom tema para um, estudo, um livro, uma tese ou uma investigação universitária, mas os menunos e meninas não estão para aí virados, pois isso iria vedar o seu acesso ao pote.

Anónimo disse...

"nos comentadores televisivos. Aí há "maioria absoluta" para a direita. "
Por isso é que noutro comentário eu escrevi:
"Quanto à percepção, tenho uma opinião diferente da do Senhor Embaixador. Porque o que decide em quem votar é a percepção e, geralmente, não é a realidade. Daí a importância que os media têm: ajudam muito ac criar uma percepção."
Se os media disserem que o crime aumenta, muitas pessoas vão ter medo. Se os media disserem que anda tudo a gamar (em particular os políticos) a suspeita sobre quem vai para a política avoluma-se. E tem consequência no voto.
Zeca

J. Carvalho disse...

É mesmo parcial. Deveria ser obrigatório declarem a sua opção e não andarem a fingir independência. Nada contra que a SIC ou outros apoiem a AD e a IL, mas que o assumam. Como diria o outro (que eles também promoveram), “são uma vergonha”.

Luís Lavoura disse...

Já há muito tempo que os dois principais partidos estão em empate técnico nas sondagens. Não é coisa de agora.

Nuno Figueiredo disse...

temo pelo zé gomes...

Carlos Antunes disse...

Pacheco Pereira, ilustre membro do PSD (Publico, 15/04/2023) sobre o predomínio da “direita” no comentário político:
“A comunicação social teve uma enorme viragem à direita que começou durante o Governo Passos-Portas-troika e se radicalizou com a maioria absoluta do PS. Onde antes a esquerda tinha a hegemonia, hoje o dinamismo político encontra-se à direita que ocupa a parte de leão, por exemplo, do comentário político na televisão, na rádio e nos jornais.”
E num passo mais adiante: “Há alvos que são mais alvos do que outros. Aparentemente os alvos estão à esquerda, principalmente no PS, no BE, mas na verdade os ataques são para os sectores moderados no PS, porque são a espinha dorsal do partido no poder. (…)
É um erro pensar que esta ofensiva vem do Chega. (…) Vem de uma conjunção de pessoas, grupos e lobbies privados que tem vindo a financiar de forma muito significativa um aparelho ideológico e de propaganda com peso significativo em certas universidades e num sistema comunicacional, muito profissionalizado e muito capaz, e que impregna toda a comunicação social. A ele se associam vários “intelectuais orgânicos” conhecidos pelas suas relações com a direita radical. Vários jornais deficitários, sem vendas nem viabilidade, juntam-se a projectos mais consistentes, onde políticos transvestidos de jornalistas fazem agit-prop, e que num mesmo dia fazem o ciclo da manhã na rádio, na tarde na RTP, à noite na SIC, TVI, na RTP. Um dos aspectos mais eficazes é a “conversa” na rádio nos horários nobres da manhã, usando com muita eficácia e profissionalismo o carácter intimista da rádio.”



afcm disse...

Para além da falta de isenção e objectividade (o que não seria grave, desde que assumida, à cabeça), o que me entristece e até arrelia é o facto de estarem sempre de modo "futrica" - realçam apenas os "sound bites", o pormenor "pecaminoso"( na ideia deles, claro), a espuma das tintas, o folhetim das cristas desta vida...
Os chamados "jornalistas" não querem ficar atrás e vai daí parecem autênticos trompeteiros.
Há raras excepções, claro.

arber disse...

Entretanto...
Sr. Embaixador, gostei de ver o seu nome num manifesto, parabéns!
Não quer publicar aqui o texto integral, só consegui encontrar alguns excertos.

Carlos disse...

Apesar desta evidência de quando em vez ainda se saem com aquela tirada sobre “a comunicação social dominada pelo PS” ou a invocação da ligação familiar de António Costa com o seu meio-irmão Ricardo Costa. Ora basta passar os olhos pelos editoriais de João Vieira Pereira no Expresso ou a praxis de José Manuel Fernandes para nos apercebermos que não falamos mais de jornalismo no sentido estrito do termo para estarmos perante pessoas que não distinguem a comunicação ao público sobre factos eventos pessoas e ideias do proselitismo a favor das suas escolhas politicas

Rui Mesquita Branco disse...

Não consigo ver e ouvir os “kumentadeiros”, “pivots” e respectivos diretores de informação. Essa turma, que inventou o “Pedro Nuno”, é a mesma que se ajoelha diante do Sr. Jorge Nuno Pinto da Costa. Oh balhamedeus !!!
A música, a sétima arte e muita leitura, fazem parte da minha atividade diária e domingo lá estarei, antecipadamente, a exercer o direito de voto e a dispensar, não só o dia de reflexão mas, também a visualização dessa comunicação social.

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