Que diabo de empresas de tradução são estas que continuam a empregar tipos que traduzem, nas legendas dos filmes, "eventually" por "eventualmente", "actually" por "atualmente" e "speaker" ("of the house") por "porta-voz"? Não lhes podem dar uma aula prévia sobre "falsos amigos"?
14 comentários:
E "argument" por "argumento".
O Dr. Google tradutor também traduz "eventually" por "eventualmente", mas ao contrário já traduz corretamente.
Off-topic, mas tudo a ver, há por aí malta que só conhece determinados conceitos em inglês, que muitas vezes tentam traduzir por transliteração.
Depois anda meio mundo cheio de fricotes com a influência do Português do Brasil. Pois...
Se fossem pessoas que convivessem a certa distância com a língua, do tipo das que se oferecem para ajudar os turistas todos que acham que estão atarantados em qualquer esquina, vá que não vá.
Mas são profissionais e, se isso não chegasse, dos que mais obrigação têm entre todos os falantes do inglês.
É também por aí que vou vendo quando os artigos de jornal não são mais que trabalho de cópia/tradução feita em cima do joelho.
São as mesmas empresas que adulteram textos escritos por grandes guionistas, emasculando-os e substituindo as falas das personagens por versões adocicadas.
Orgulhamo-nos de não dobrar os filmes, possibilitando o contacto direto com as vozes dos atores, mas vivemos sob uma espécie de ditadura moralista por parte dos tradutores.
Safa-nos que já quase todos percebemos inglês.
Querem um exemplo?
Um filho vira-se para o pai e diz "Fuck you!!!".
Tradução: "Vai-te lixar!"
unforgivable. LLM?
Há uns anos, conceituado certame nacional, pretendendo publicitar para inglês que certo dia em particular era dedicado aos empresários ( dia do empresário ), traduziu assim: « Undertaker Day».
MRocha
Tenho visto inúmeras traduções desse género bem como a utilização de palavras feias só porque são parecidas com as inglesas. Por exemplo: disrupção. Isso espanta-me porque pensei que em certas profissões conviria ter sempre um dicionário sobre a secretária. Faz-me lembrar aqueles jogadores de futebol que chutam para o lado para onde estão virados. A tradução mais ridícula que já vi foi a de "feud" que (no título de um filme) traduziram por feudo.
Também me irrita ouvir "ténhamos" em vez de tenhamos. Ou "véjamos" em vez de vejamos. Ainda hoje (ou terá sido ontem?) ouvi a uma nutricionista no Televisão o ténhamos.
Não sei se o estudo dos verbos já saiu dos programas. Quando andei na Escola era uma das grandes secas....que fazia a infelicidade dos alunos.
Zeca
Uma mensagem para o Francisco de Sousa Rodrigues em particular (mas não em exclusivo, claro) de que conheço a curiosidade por tudo que seja carro, com licença do dono da casa.
Não sei se terá visto mas, se não viu, vale a pena dar uma olhada por um artigo que saíu no CM: é googlar "De Ferrari a camiões: os papamóveis".
Mas do que o Papa gosta é do Renault 4, esse sim " o eterno".
Muito obrigado, Manuel Campos.
Não tinha visto, não.
Gostei imenso.
O 4L é uma maravilha de se conduzir, por isso só gabo o bom gosto do meu homónimo pontífice.
Na visita de João Paulo II, em 1982, tivemos o célebre Comboio Papal, com a locomotiva 2611, dois salões Sorefame de 1.ª Classe 10-69 500, um restaurante dos transformados em 1979 a partir de carruagens de 2.ª Classe 22-40, um salão "Bataclan" 89-50, no caso o 006, e um Furgão 92-69. Em Coimbra a 1453 puxou o comboio para o centro da Cidade e entre Campanhã e Braga foi tracionado pela 1421.
A "melhor geração de sempre" aí está, a dar cartas. E que cartas!
Nas traduções, ortografia, gramática, sintaxe, na legislação...em todas as áreas, nos valores e mais o escambau...
Eu acho que é a generalização da incompetência larvar.
A "produção de canudos" a qualquer custo.
As minhocas começam a saltar.
( Visão de uma pessimista)
Francisco de Sousa Rodrigues
A informação que proporciona aos que gostam de comboios ali em 4 linhas!
Fui amigo do malogrado Maurício Levy (que se tornaria um dos nossos maiores especialistas destes assuntos) ali entre os 6 anos e os 18 anos, depois a vida levou cada um para o seu lado como acontece tanta vez e só nos reencontrámos muito esporádicamente.
Às vezes lembro-me do entusiasmo dele ainda miúdo ou pouco mais que isso, agora o seu texto trouxe-me à memória esses longínquos bons momentos.
Obrigado.
Bom dia,
Geração mais bem preparada de sempre à parte, o que é uma generalização tão abstrusa como outra qualquer, o senhor sabe qual é o ponto essencial da questão: a "proletarização" deste, como de outros trabalhos. Os prazos são apertados, os valores pagos são mínimos, logo, como dizia o outro "If you pay nothing but peanuts wyou will get nothing but monkeys" creio que é assim. O mesmo se passa, aliás em todo o jornalismo; nas televisões então é uma dor de alma, e não só os rodapés que esses eu até desculpo, porque têm de ser escritos na ganga.
Cumprimentos
Manuel Campos,
Era mesmo um dos maiores especialistas, sócio-fundador da APAC.
Embora tivesse lido na "Trainspotter" há uns anos (publicação mensal eletrónica gratuita, com edições em papel e livro sobre temas específicos), essa informação está na página da CP.
Francisco Sousa Rodrigues
Pois pode estar na página da CP mas é preciso saber que lá está, ir lá buscá-la e trazê-la aqui e isso só quem gosta de partilhar o que sabe o faz.
É o seu caso, como já nos demos conta inúmeras vezes.
Muito obrigado e retribuo em dobro, Manuel Campos.
Esqueci-me de referir que o Comboio Papal, também conta com um sub-capítulo no excelente livro sobre as Locomotivas 2600, da autoria do Eng. João Cunha, editado pela APAC.
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