domingo, julho 02, 2023

Papa

Afeta a imagem de um Estado laico esta coisa dos perdões de penas, por ocasião das visitas de papas a Portugal. Além de que, sem a menor justificação, a decisão beneficia os infratores e desvaloriza o comportamento de quem cumpre a lei.

12 comentários:

Flor disse...

De acordo!

aguerreiro disse...

Não passa de mero pretexto para descongestionar as cadeias e poupar no rancho, Estranho é que o dito estado laico recorra a estes subterfúgios.

Unknown disse...

Costuma interessar a quem ? Aos advogados e a quem quer limpar as prisões. Que tal fazer uma investigaçãozita?

J Carvalho disse...

Igualmente mau é o valor exorbitante que os contribuintes do Estado laico estão a pagar pela mega festa católica. Para certas coisas somos um país rico, sem necessidades básicas a satisfazer, logo em condições de esbanjar recursos para satisfação de presidentes e bispos.

Flor disse...

J Carvalho, tenho a mesma opinião.

Luís Lavoura disse...

Completamente de acordo, tanto com o post como com J Carvalho.

José Lopes disse...

o comentador que assina "Aguerreiro" tem toda a razão.

manuel campos disse...


"aguerreiro" aponta a única razão, o resto é conversa.

O perdão das penas é de um ano do total, tem inúmeras excepções no que concerne a crimes mais graves, não faço assim ideia quantas pessoas abrangerá, mas tudo leva a crer que há um grande número com penas leves por crimes leves (seja lá o crime leve o que fôr) e acaba por dar mais uma vez uma ideia errada à sociedade como um todo, pois como muito bem diz "beneficia os infratores e desvaloriza o comportamento de quem cumpre a lei".
E depois o mesmo crime e a mesma pena não são vistos da mesma maneira para toda a gente, tenham 30 anos mais um dia ou 30 anos menos um dia.
Se o "espírito" é a re-inserção atempada na sociedade, não vejo porque alguém com 40 ou 50 anos não tem direito a ela.

Mas desde o Conselho Superior do Ministério Público até ao Presidente da AR levantam-se dúvidas correctas e mais uma vez parece (e o que parece é) que foi tudo feito em cima do joelho.

Depois devo confessar que já se vai percebendo mal isto do conceito de "jovens dos 16 aos 30 anos", se há idades onde se devia ter bem presente a passagem da "inconsciência à consciência" são estas e se com 16 anos todos andam aí ao pontapé a uma bola no meio da rua, aos 30 anos é suposto já se ocuparem com coisas mais sérias na vida.

Claro que com 30 anos não se é velho, velho sou eu.
Esta "infantilização" das sociedades não ajuda ninguém a crescer, vai-se estendendo o conceito de "jovem" de tal modo que acaba por ser demasiada situação justificada por aí.

J Carvalho disse...

Acabo de ouvir que a Câmara de Cascais vai investir 1,5 milhões de euros em paramentos para 10 mil padres e bispos mais kits para oferecer aos peregrinos.
Pelo que ouvi esta despesa parece enquadrar-se no âmbito do marketing.
Será esta a grande missão da operação JMJ?

Luís Lavoura disse...

Não sei se o papa se alagrará minimamente ao saber que houve um perdão de penas por sua causa. Não duvido que ele se alegraria muito mais se soubesse que, por sua causa, Portugal tinha aceitado receber algumas centenas de jovens refugiados de um país como o Afeganistão, o Iémen ou a Síria.

afcm disse...

Parece-me que teremos que relembrar outras Leis de Amnistia por motivos exclusivamente políticos ( a Lei 9/96, de 23 de Março, destinada a solucionar politicamente o chamado caso das FUP/FP) ou de celebração de efemérides ou por magnanimidade e /ou clemência que não tiveram o Papa ou, melhor, a visita do Papa como motivo determinante.

E não esquecer : estar "preso", estar sem liberdade é horripilante!
É bom o Perdão!
Não falo de bagatelas penais, cuja inclusão na Lei Amnistiante, na verdade, dá os tais "sinais" de privilégio ao infractor.

Nuno Figueiredo disse...

nimb...

Dê-lhe o arroz!

"O Arroz Português - um Mundo Gastronómico" é o mais recente livro de Fortunato da Câmara, estudioso da gastronomia e magnífico cr...