terça-feira, julho 11, 2023

A Ucrânia e a NATO

Em Vilnius, ficou claro o óbvio: a Ucrânia será membro da NATO se "prevalecer" na guerra contra a Rússia. O contrário também é verdade: se a Rússia vier a "prevalecer", a adesão não será possível.

8 comentários:

Luís Lavoura disse...

Já era óbvio antes de Vilnius.

De facto, estas decisões de Vilnius foram asneirentas, pois só irão motivar a Rússia a lutar com ainda mais determinação.

O Ocidente deveria ganhar a guerra e somente após ela anunciar o castigo que aplicaria aos vencidos.

É o que se chama "pôr o carro à frente dos bois".

Joaquim de Freitas disse...

Justo, Luis Lavoura.

Lúcio Ferro disse...

Isto vai de mal a pior. A derrota do ocidente é praticamente certa. E insistem no erro. Está bem, querem levar-nos para o inferno? EStá perdida a guerra, ponto final ou então entram armas nucleares, penso que ninguém deseje isso. É só olhar para a história: Alexandre II entrou em Paris e Estaline em Berlim. Bater os russos é impossível.

Anónimo disse...

Todo este ruído à volta da Cimeira da Nato é patético e só serve para desviar do que é essencial, ou seja, em boa verdade, que a Rússia não constituiu nem um perigo para a Europa, nem tem quaisquer pretensões a atacar a Europa. A questão ucraniana circunscreve-se tão só à Ucrânia, pelas razões que são conhecidas, embora censuradas neste “democrática” Europa, que são a segurança da Rússia, caso a Ucrânia integrasse a Nato (com, um dia, eventualmente, misseis nucleares apontados a Moscovo), a protecção das minorias russas no Donbass e a manutenção da Crimeia como território russo (não só porque já o tinha sido, não fosse uma tontaria de Krutchev, embora a Crimeia se mantivesse na então União Soviética). Inventaram-se ameaças imperiais russas, fingindo ignorar que tudo aquilo não passa de um conflito apenas entre a Rússia e a Ucrânia, que é no fundo a realidade, para reforçar a Nato, alimentar a máquina de guerra norte-americana (com compra de equipamento militar diverso aos EUA por parte dos membros da Nato), escoar o gás norte-americano (de xisto) para a Europa (cuja exportação não tem sido fácil), procurar enfraquecer política e economicamente a Rússia (sem sucesso, diga-se, pois só com a China, o volume das trocas comerciais entre ambos é da ordem dos 90 mil milhões de USD, nos primeiros 6 meses do corrente ano de 2023, esperando-se atingir os 200 mil milhões, segundo fontes oficiais de ambos os países, exportando a Rússia carvão, petróleo bruto, gás, só para dar estes exemplos, já não mencionando o valor das trocas comerciais com a Índia, vários países africanos, asiáticos e sul-americanos), um objectivo que Washington, sobretudo com Biden na Presidência, não esconde e que obtém a concordância subserviente da Europa (UE, UK, etc). E nesta treta toda, quem se lixa são os civis ucranianos, os contribuintes europeus e a economia europeia, a braços com uma crise económico-social, como ricochete das patéticas sanções económicas impostas à Rússia (poder-se-ia ter ficado por sanções políticas, mas não). Curiosamente, a cínica Europa tem dois pesos e duas medidas. Outro país, Israel, que há décadas ocupa 1/3 do território palestiniano e massacra a sua população, de quando em vez, objecto de diversas críticas da NU, o mesmo Israel que ignora as decisões da ONU, nunca foi objecto de sanções económicas, financeiras e até políticas, quer da “santa” UE, quer do RU, quer dos EUA, Canadá, etc. Em resumo e voltando ao início, a Cimeira da Nato é fogo de artifício, “para europeu ver”, uma encenação para levar os cidadãos desta Europa adormecida de tanta propaganda e manipulação da informação, a acreditar no papão russo e nesse sentido prosseguir-se com os interesses de uns tantos, quer político, militares, económicos, etc.
Enfim, o habitual, neste “extraordinário” mundo ocidental, sempre pronto a inventar inimigos onde não existem (sobretudo os EUA), em vez de se concentrarem noutras questões, quer de carácter económico, social, ambiental, etc e até de como saber gerir a cada vez maior influência islâmica, ou muçulmana, na Europa.
P.Rufino

Anónimo disse...

Eu acho que a Ucrânia nunca vai pertencer à Nato. A paz nesta guerra vai passar por negociações e a última coisa que a Federação Russa aceitará á a adesão da Ucrânia à Nato. A menos que não haja negociações e os países ocidentais tenham uma vitória esmagadora que equivale a uma rendição sem condições pela Rússia. A história mostra que os tratados de Versailles não deram um grande resultado

Anónimo disse...


Perfeitamente de acordo com o "anónimo" P. Rufino!!!

Anónimo disse...

Perfeitamente de acordo com o aní nimo Rufino!

Joaquim de Freitas disse...


Sim, P.Rufino tem razao.

Os mesmos que mentiram sobre o Afeganistão e o Iraque; agora mentem sobre a Ucrânia
Os americanos foram enganados, mais uma vez, para despejar bilhões noutra guerra sem fim. O cenário que os proxenetas de guerra usam para os arrastar para um fiasco militar após o outro, incluindo Vietname, Afeganistão, Iraque, Líbia, Síria e agora a Ucrânia, não muda.
A liberdade e a democracia estão ameaçadas, com uma conspiração mediática “às ordens” dos dominantes.
Os resultados são os mesmos. Justificativas e narrativas são expostas como mentiras. Previsões optimistas estão erradas. A invasão russa da Ucrânia foi motivada pela expansão da NATO e pelo apoio dos EUA ao golpe 'Maidan' de 2014, que derrubou o presidente eleito democraticamente, Viktor Yanukovych. Yanukovych queria a integração económica com a União Europeia, mas não à custa dos laços económicos e políticos com a Rússia.
A guerra só será resolvida por meio de negociações que permitam aos russos étnicos na Ucrânia desfrutar de autonomia e protecção de Moscovo, bem como da neutralidade da Ucrânia, o que significa que o país não pode ingressar na NATO. Quanto mais essas negociações demorarem, mais os ucranianos sofrerão e morrerão.

Equipar os ucranianos na linha de frente para se defenderem é uma forma muito menos dispendiosa – em dólares e em vidas americanas – de reduzir a capacidade da Rússia de ameaçar os Estados Unidos”, admitiu o líder republicano do Senado, Mitch McConnell.
Narrativas lisonjeiras que retratam os Estados Unidos como o salvador do mundo, é música conhecida.
A maioria dos fundos para a assistência de segurança da Ucrânia não vai para a Ucrânia. É investido na indústria de defesa americana. Financia novas armas e munições para as Forças Armadas dos EUA para substituir equipamentos mais antigos que forneceram à Ucrânia”.Esta ajuda significa mais empregos para os trabalhadores americanos e novas armas para os militares americanos”.
A indústria da guerra espalha-se nas entranhas do império americano para esvaziá-lo por dentro. Os Estados Unidos são difamados no exterior, paralisados por dívidas, têm uma classe trabalhadora empobrecida e estão sobrecarregados com infra-estrutura em ruínas e serviços sociais precários.


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