É muito sintomática a atitude da direita espanhola ao dizer que, se vier a ser mais votada, espera que a esquerda a ajude a dispensar a necessidade da extrema-direita para governar. Portanto, a direita não rejeita em absoluto a extrema-direita, apenas "passa a bola" à esquerda.
5 comentários:
É a única alternativa possível. Ou o Francisco vê mais alguma?
Suponhamos o seguinte resultado (verídico) da votação: extrema-direita 15%, direita moderada 40%, esquerda moderada 30%, extrema-esquerda 15%. Num tal cenário, quais são as alternativas de governo possíveis? Eu só vejo duas: ou direita moderada com esquerda moderada, ou direita moderada com extrema-direita. Qual a que o Francisco prefere?
O que é curioso é que as "gerações que aí vêm" não querem saber grande coisa disto tudo, tirando honrosas excepções (mas excepções).
Isto é um problema das "gerações que aí vão" (eufemismos...) e portanto em breve arriscando-se a não ser problema nenhum.
A alternativa já foi dada pela Sra Merkel, não há alianças com a extrema direita.
J Carvalho tem toda a razão.
A sra. Merkel não quis fazer uma aliança com a extrema-direita. Preferiu fazer uma "grande coligação" com a esquerda moderada.
Mas os partidos moderados ibéricos não estão para aí virados. Eles preferem coligar-se com os extremistas do que coligar-se entre si. Preferem a tradição francesa à alemã.
O Francisco neste post faz, como de costume, o jogo do Partido Socialista: não se apresta a dar a mão ao PSD para lhe permitir governar, ao mesmo tempo diaboliza coligações com a extrema-direita, e ao mesmo tempo autoriza coliçações com a extrema-esquerda. Caras ganho eu, coroas perdes tu: é esse o jogo do Partido Socialista e do Francisco.
A sra. Merkel preferiu fazer uma aliança com a Rússia de Putin que deu no que deu!
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