Se bem percebi está na Polónia. Também andei por lá nos tempos do saudoso e nunca demais querido general Jaruzelski, a negociar com uma associada "do lado de lá" de uma grande empresa "do lado de cá" determinado (muito) grande investimento. Já havia muitas ali pela altura em que tudo aquilo se começou a desmoronar.
Histórias dessas estadias não me faltam mas não vai ser hoje (suspiro geral de alívio!). Apenas lhe quero dizer que nesses tempos, há quase 40 anos, não havia gentilezas destas (nem aliàs de nenhumas, como imagina). Num fim de semana que lá passámos (éramos dois) levaram-nos a passear e almoçar algures, pelo caminho íam parando e tiravam uma foto connosco junto a uma placa de identificação de uma terra, pouco depois de outra e por aí fora. Quando quisemos saber porquê, dado que nenhum de nós queria aquelas fotos para nada, lá veio a explicação óbvia: era a maneira de provarem na empresa onde tinham ido e com quem, única maneira de receberem o estorno do que tinham gasto.
Quanto à foto não vejo que possa ser um dilema, bem vistas e ponderadas as circunstancias, se comer de tudo os efeitos maus de umas anulam-se com as outras, ainda que com a contrapartida evidente dos efeitos bons das outras se anularem com as umas. Por isso nada se perde mas, pelo que se vê, muito se ganha. Fiquei com uma dúvida: isto era a sua dose pessoal ou teve que lutar pelo seu quinhão?
Tinha lido há dias que lá estava, vi ali os pacotinhos de "Krówka mleczna" e nem vi o "na terça-feira"... Já as laranjas "Jaffa Orri" são mais fáceis de encontrar aí pelo mundo.
Assim retiro a 1ª frase "Se bem percebi está na Polónia". Tudo o resto mantenho e noto com algum desgosto que a minha dúvida final ficou sem resposta, vou ter que viver com isso.
Manuel Campos. Uma senhora que tinha à minha esquerda partilhava comigo os doces, um cavalheiro à direita as frutas. Mas ficou quase tudo por ali, depois das quase nove horas de reunião, antes de regressarmos a Lisboa.
Muito obrigado pelo esclarecimento. Assim a senhora lá terá que andar a fruta o resto da semana para repor a linha, o cavalheiro poderá então por estes dias comer umas coisas doces e, no seu caso, actuando com o equilíbrio com que o fez, poderá fazer o que sempre me parece ter feito, pura e simplesmente comer de tudo com gosto.
Não sendo dado a doces de um modo geral (só bolos de anos por obrigação) nem entusiasta de frutas fora das refeições (nem que seja em salada, poucas vezes falha), sempre achei que estes pratos em mesas de reuniões eram mais decorativos que outra coisa.
11 comentários:
Que maravilha!!! E para beber? Aposto que foi uma flûte de Champagne ;)
Flor. Água mineral, com ou sem gás.
Sr.Embaixador, está certo. Estava em trabalho!
Se bem percebi está na Polónia.
Também andei por lá nos tempos do saudoso e nunca demais querido general Jaruzelski, a negociar com uma associada "do lado de lá" de uma grande empresa "do lado de cá" determinado (muito) grande investimento.
Já havia muitas ali pela altura em que tudo aquilo se começou a desmoronar.
Histórias dessas estadias não me faltam mas não vai ser hoje (suspiro geral de alívio!).
Apenas lhe quero dizer que nesses tempos, há quase 40 anos, não havia gentilezas destas (nem aliàs de nenhumas, como imagina).
Num fim de semana que lá passámos (éramos dois) levaram-nos a passear e almoçar algures, pelo caminho íam parando e tiravam uma foto connosco junto a uma placa de identificação de uma terra, pouco depois de outra e por aí fora.
Quando quisemos saber porquê, dado que nenhum de nós queria aquelas fotos para nada, lá veio a explicação óbvia: era a maneira de provarem na empresa onde tinham ido e com quem, única maneira de receberem o estorno do que tinham gasto.
Quanto à foto não vejo que possa ser um dilema, bem vistas e ponderadas as circunstancias, se comer de tudo os efeitos maus de umas anulam-se com as outras, ainda que com a contrapartida evidente dos efeitos bons das outras se anularem com as umas.
Por isso nada se perde mas, pelo que se vê, muito se ganha.
Fiquei com uma dúvida: isto era a sua dose pessoal ou teve que lutar pelo seu quinhão?
Flor
Numa reunião de trabalho é sempre água mineral, lamentavelmente.
Por isso são de um modo geral pouco imaginativas e ainda menos produtivas.
Manuel Campos. Estive na Polónia de 23 a 25. Ontem e hoje já estive no Porto.
Essas bolachinhas "Génoises" numa itinerância de chocolate branco com recheio de framboesa têm vida efémera aqui por casa.
Tinha lido há dias que lá estava, vi ali os pacotinhos de "Krówka mleczna" e nem vi o "na terça-feira"...
Já as laranjas "Jaffa Orri" são mais fáceis de encontrar aí pelo mundo.
Assim retiro a 1ª frase "Se bem percebi está na Polónia".
Tudo o resto mantenho e noto com algum desgosto que a minha dúvida final ficou sem resposta, vou ter que viver com isso.
Manuel Campos. Uma senhora que tinha à minha esquerda partilhava comigo os doces, um cavalheiro à direita as frutas. Mas ficou quase tudo por ali, depois das quase nove horas de reunião, antes de regressarmos a Lisboa.
Caro Embaixador
Muito obrigado pelo esclarecimento.
Assim a senhora lá terá que andar a fruta o resto da semana para repor a linha, o cavalheiro poderá então por estes dias comer umas coisas doces e, no seu caso, actuando com o equilíbrio com que o fez, poderá fazer o que sempre me parece ter feito, pura e simplesmente comer de tudo com gosto.
Não sendo dado a doces de um modo geral (só bolos de anos por obrigação) nem entusiasta de frutas fora das refeições (nem que seja em salada, poucas vezes falha), sempre achei que estes pratos em mesas de reuniões eram mais decorativos que outra coisa.
Enviar um comentário