sábado, abril 15, 2023

¿

É minha impressão ou os hispanofalantes utilizam cada vez menos, na sua escrita, o ponto de interrogação invertido (¿), a iniciar as frases interrogativas? É um sinal que dá imenso jeito, porque antecipa o sentido da frase. É uma pena que, na língua portuguesa, o sinal nunca tenha vingado.

13 comentários:

manuel campos disse...


Totalmente de acordo.
Lembro-me de comentar que a falta dele traduzia-se muitas vezes por um trabalho acrescido e uma interrupção do raciocínio quando, chegados ao fim da frase, concluíamos
que afinal era uma interrogação e não uma exclamação.

E talvez assim aquela revista deixe de ser denominada aí nos nossos quiosques como "IHOLA!".

aguerreiro disse...

Da Hispania nem bom vento nem bom casamento!
Por que raio haveremos de copiar o ponto de interrogação de pernas para o ar?
Por acaso usam o til?
Isto de sinais ao contrário são como as bandeiras ao revés. Pedem ajuda urgente.
Claro que falam catalão, vasconço, galego, asturiano, valenciano, xicano, canário e também o castelhano. Tão baralhados ficam que até escrevem os sinais ao contrário.
Por cá que não pegue a moda pois o mirandês está muito localizado

manuel campos disse...


Já agora.
Para escrever os pontos de interrogação ou de exclamação invertidos tem que se virar o teclado para o lado contrário?

manuel campos disse...



Constatar a vantagem ou a desvantagem de algo "en passant" não implica que a queiramos ter ou a queiramos eliminar, é uma opinião pessoal que vale o que vale (neste caso muitíssimo pouco) e como tal deve ser encarada com tranquilidade.
Eu li ali "É uma pena que, na língua portuguesa, o sinal nunca tenha vingado", teci uma vaga consideração bem humorada a concordar, não me parece que tenha nascido aqui entre os dois uma vaga de apoio a nada.
Mas nunca se sabe, admito que todos os cuidados são poucos e que estas coisas têm que ser combatidas à nascença.

Para mais o que está aqui em causa é um certo "abandono" da utilização daquilo lá em Espanha, se eles o estão a abandonar somos nós que o vamos adoptar?
Para quê agora se temos sobrevivido sem isso?
Porquê agora que já nem eles o querem?
Haja Deus!
(Ora aqui estão 4 frases em que vinha a propósito ter posto os pontos invertidos, até enfeitavam o comentário).

Por cá pegou outra moda, felizmente não falada (que aí soa quase, quase sempre bem) mas escrita, com as interpretações muito pessoais que todo e qualquer cidadão que escreva 3 linhas faz do AO, incluindo em documentos oficiais.
E isto para não falar dos erros normais de ortografia de quem pouco lê, com a evolução da idade mínima de escolaridade obrigatória ao longo dos tempos onde já "estão" - não escrevi "vão" - os muitos efectivamente analfabetos.


Por acaso usam o til desde a Idade Média, a baralhação deles vem de longe, povos atrasados é o que dá.
Vá lá que dessa nos livrámos, estamos todos "apañados" mas ao menos "recoñecemos" que o estamos, não ficamos "acañados" com essa pespectiva "mañosa".

Aqui vai então o til "esquisito" deles (*).

"Ñ (lê-se enhe) é uma letra da variante espanhola do alfabeto latino, que tem o mesmo valor fonético que o dígrafo nh do português. Por exemplo, em castelhano, España tem a mesma pronúncia que Espanha em português.
É a décima-sétima letra do alfabeto da língua castelhana, sendo também utilizada em galego e em diversas línguas ameríndias, como o guarani, ou no bretão, uolofe, asturiano, chamorro, filipino e tártaro de Crimeia.
Na Ásia, a letra "Ñ" foi incorporada pela tagalog, falada nas Filipinas."

(*) Num outro tempo as pessoas "viajadas" íam a Badajoz comprar caramelos.
Lembrei-me agora de uma pessoa que há muitos anos empreendeu essa viagem pela 1ª vez, para quem tenha a memória a passar maus bocados ou não tenha idade para o saber, aquilo era uma viagem, agora é que é um passeio que se paga a si próprio enchendo o depósito lá.
Quem fôsse de Lisboa chegava lá ao fim de muitas horas e num estado lastimável, depois de ter mudado pelo menos um pneu pelo caminho e procurado desesperadamente quem o remendasse antes do próximo furo, quilómetros e quilómetros sem ver ninguém quanto mais alguém que soubesse remendar camaras de ar, por uma razão qualquer que agora me escapa era difícil contactar a assistência em viagem.

Pois regressada da estadia contava essa pessoa que "os espanhóis são mesmo burros, chamam plátanos às bananas".
E assim vai o mundo.




manuel campos disse...


A propósito do meu despropósito das 15.50.

Quem não tem o teclado numérico à direita só precisa de ter três mãos para carregar nas teclas todas de que precisa, quem o tem já se safa só com duas.
Boa sorte.

Flor disse...

Manuel Campos
Para teclar o¿ E o ¡, basta carregar na tecla com um poquito mais de força e larga-la.

É verdade, há muito boa gente, mais as senhoras, pedem a IHola! em vez de ¡Hola! Digo mais as senhoras porque são elas as que compram essas revistas.
¡Olé!

manuel campos disse...


Flor

Tipo "toca e foge"?
Segui o seu conselho mas o meu PC não foi na conversa.
Em contrapartida, de tanto esforço que insisti a ver se dava, fiquei com as duas citadas teclas a abanar.

Depois de as encaixar outra vez como pude, voltei então ao "ALT + CTRL + SHIFT + !" para um e ao " ALT + CTRL + SHIFT + ?" para o outro e correu melhor.

Anónimo disse...

Fernando Neves
Espanhol ou castelhano?

Flor disse...

Manuel Campos, pois é, com um tablet é mais fácil que é o meu caso ou num portátil.

Flor disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
manuel campos disse...


Flor

Mas já aprendi que no tablet já dá, obrigado.

Francisco de Sousa Rodrigues disse...

Temos também o ALT+168...

manuel campos disse...


Francisco de Sousa Rodrigues

Tem toda a razão.

E o ALT+173.

Mas tenho a ideia que há ali umas subtilezas ligadas ao facto do tipo de "aparelho" que estamos a usar e do ter ou não teclado numérico no cantinho.
No meu PC, que não o tem, não tive grande êxito, para não dizer que não tive mesmo nenhum.

O futuro