É minha impressão ou os hispanofalantes utilizam cada vez menos, na sua escrita, o ponto de interrogação invertido (¿), a iniciar as frases interrogativas? É um sinal que dá imenso jeito, porque antecipa o sentido da frase. É uma pena que, na língua portuguesa, o sinal nunca tenha vingado.
13 comentários:
Totalmente de acordo.
Lembro-me de comentar que a falta dele traduzia-se muitas vezes por um trabalho acrescido e uma interrupção do raciocínio quando, chegados ao fim da frase, concluíamos
que afinal era uma interrogação e não uma exclamação.
E talvez assim aquela revista deixe de ser denominada aí nos nossos quiosques como "IHOLA!".
Da Hispania nem bom vento nem bom casamento!
Por que raio haveremos de copiar o ponto de interrogação de pernas para o ar?
Por acaso usam o til?
Isto de sinais ao contrário são como as bandeiras ao revés. Pedem ajuda urgente.
Claro que falam catalão, vasconço, galego, asturiano, valenciano, xicano, canário e também o castelhano. Tão baralhados ficam que até escrevem os sinais ao contrário.
Por cá que não pegue a moda pois o mirandês está muito localizado
Já agora.
Para escrever os pontos de interrogação ou de exclamação invertidos tem que se virar o teclado para o lado contrário?
Constatar a vantagem ou a desvantagem de algo "en passant" não implica que a queiramos ter ou a queiramos eliminar, é uma opinião pessoal que vale o que vale (neste caso muitíssimo pouco) e como tal deve ser encarada com tranquilidade.
Eu li ali "É uma pena que, na língua portuguesa, o sinal nunca tenha vingado", teci uma vaga consideração bem humorada a concordar, não me parece que tenha nascido aqui entre os dois uma vaga de apoio a nada.
Mas nunca se sabe, admito que todos os cuidados são poucos e que estas coisas têm que ser combatidas à nascença.
Para mais o que está aqui em causa é um certo "abandono" da utilização daquilo lá em Espanha, se eles o estão a abandonar somos nós que o vamos adoptar?
Para quê agora se temos sobrevivido sem isso?
Porquê agora que já nem eles o querem?
Haja Deus!
(Ora aqui estão 4 frases em que vinha a propósito ter posto os pontos invertidos, até enfeitavam o comentário).
Por cá pegou outra moda, felizmente não falada (que aí soa quase, quase sempre bem) mas escrita, com as interpretações muito pessoais que todo e qualquer cidadão que escreva 3 linhas faz do AO, incluindo em documentos oficiais.
E isto para não falar dos erros normais de ortografia de quem pouco lê, com a evolução da idade mínima de escolaridade obrigatória ao longo dos tempos onde já "estão" - não escrevi "vão" - os muitos efectivamente analfabetos.
Por acaso usam o til desde a Idade Média, a baralhação deles vem de longe, povos atrasados é o que dá.
Vá lá que dessa nos livrámos, estamos todos "apañados" mas ao menos "recoñecemos" que o estamos, não ficamos "acañados" com essa pespectiva "mañosa".
Aqui vai então o til "esquisito" deles (*).
"Ñ (lê-se enhe) é uma letra da variante espanhola do alfabeto latino, que tem o mesmo valor fonético que o dígrafo nh do português. Por exemplo, em castelhano, España tem a mesma pronúncia que Espanha em português.
É a décima-sétima letra do alfabeto da língua castelhana, sendo também utilizada em galego e em diversas línguas ameríndias, como o guarani, ou no bretão, uolofe, asturiano, chamorro, filipino e tártaro de Crimeia.
Na Ásia, a letra "Ñ" foi incorporada pela tagalog, falada nas Filipinas."
(*) Num outro tempo as pessoas "viajadas" íam a Badajoz comprar caramelos.
Lembrei-me agora de uma pessoa que há muitos anos empreendeu essa viagem pela 1ª vez, para quem tenha a memória a passar maus bocados ou não tenha idade para o saber, aquilo era uma viagem, agora é que é um passeio que se paga a si próprio enchendo o depósito lá.
Quem fôsse de Lisboa chegava lá ao fim de muitas horas e num estado lastimável, depois de ter mudado pelo menos um pneu pelo caminho e procurado desesperadamente quem o remendasse antes do próximo furo, quilómetros e quilómetros sem ver ninguém quanto mais alguém que soubesse remendar camaras de ar, por uma razão qualquer que agora me escapa era difícil contactar a assistência em viagem.
Pois regressada da estadia contava essa pessoa que "os espanhóis são mesmo burros, chamam plátanos às bananas".
E assim vai o mundo.
A propósito do meu despropósito das 15.50.
Quem não tem o teclado numérico à direita só precisa de ter três mãos para carregar nas teclas todas de que precisa, quem o tem já se safa só com duas.
Boa sorte.
Manuel Campos
Para teclar o¿ E o ¡, basta carregar na tecla com um poquito mais de força e larga-la.
É verdade, há muito boa gente, mais as senhoras, pedem a IHola! em vez de ¡Hola! Digo mais as senhoras porque são elas as que compram essas revistas.
¡Olé!
Flor
Tipo "toca e foge"?
Segui o seu conselho mas o meu PC não foi na conversa.
Em contrapartida, de tanto esforço que insisti a ver se dava, fiquei com as duas citadas teclas a abanar.
Depois de as encaixar outra vez como pude, voltei então ao "ALT + CTRL + SHIFT + !" para um e ao " ALT + CTRL + SHIFT + ?" para o outro e correu melhor.
Fernando Neves
Espanhol ou castelhano?
Manuel Campos, pois é, com um tablet é mais fácil que é o meu caso ou num portátil.
Flor
Mas já aprendi que no tablet já dá, obrigado.
Temos também o ALT+168...
Francisco de Sousa Rodrigues
Tem toda a razão.
E o ALT+173.
Mas tenho a ideia que há ali umas subtilezas ligadas ao facto do tipo de "aparelho" que estamos a usar e do ter ou não teclado numérico no cantinho.
No meu PC, que não o tem, não tive grande êxito, para não dizer que não tive mesmo nenhum.
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