Pergunto-me se uma comunicação social dita independente não terá os seus dias contados. Com as pessoas a confiarem, cada vez menos, em quem não pensa como elas, em quem lhes não conforte os preconceitos, a tendência não será caminhar para órgãos de imprensa "de seita"?
9 comentários:
Espero que não...
Tem os seus dias contados.
E a contagem até já acabou.
E a culpa é das pessoas?
E a culpa é das pessoas?
Senhor embaixador, está a dar razão aos que dizem que nos jornais só saem mentiras...
Independente, para muitos, é só quando reflectem a nossa opinião.
The Economist.
Julgo que a “comunicação social dita independente” tem os seus dias contados desde há muito, e não por força de “as pessoas não confiarem em que não pensa como elas.”
Os “media de seita” em que se transformaram a generalidade dos órgãos de comunicação social portuguesa, mesmo aqueles ditos de referência, apesar de baterem no peito pela “independência”, mais do que não servem os objectivos dos grupos económicos que os sustentam, criando um jornalismo muito pouco independente que aponta a alvos política e socialmente definidos
As gerações de novos jornalistas, face à precariedade da sua condição profissional, dificilmente conseguem escapar a esta escola do jornalismo (vd. por ex. a entronização de dois ex-líderes partidários do centro-direita que actualmente opinam em horário nobre nos dois canais generalistas privados de sinal aberto em que reputados jornalistas profissionais aceitam a perversidade da troca de papéis, em que é o comentador que dá as notícias e o jornalista que as recebe e as propaga), e que do ponto de vista informativo e analítico, se revela cada vez mais, muito pouco rigoroso, sério e independente.
Pessoalmente, tenho cada vez maior dificuldade em destrinçar nos “media” portugueses (TV´s e imprensa) a diferença fundamental entre o que é a “análise de actualidade” e as “tribunas de opiniões” quase sempre alinhada pelos respectivos interesses partidários ou sócio-profisionais.
Diria antes Imprensa com dono e os leitores são os ultimos culpados mesmo com o surgir das novas plataformas digitais. Prova disso mesmo é a monstruosa campanha de desinformação sobre o conflito na Ucrania. Ou o simples facto do jornalista mais premiado dos EUA já não conseguir ser publicado nos grandes orgãos corporativos onde sempre fez carreira e venceu os prémios todos da imprensa que havia para vencer! Hoje, ao contrário do passado recente, bastou um artigo a denunciar as mentiras do establishment. Precsamente como Sy Hersh ganhou todos os prémios da imprensa! Também lhe podemos chamar neoliberalismo que todos sabemos que nunca foi propicio ao livre pensamento.
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