Sanna Marin sofreu a síndroma Gorbachev: afinal, gostam mais dela cá fora do que dentro da Finlândia.
4 comentários:
manuel campos
disse...
Dá-me a impressão que estas "mudanças" para o centro-direita são algo que vai acontecer a quase todos os países europeus que ainda não o fizeram nos próximos 5 a 10 anos.
Já várias vezes por aqui disse que anda tudo muito "adormecido", muito enfiado nas suas "bolhas" e, em resumo, muito longe da "rua".
E no entanto até aqui, nesta "beira-praia hipotecada", a "rua" já começou a estar mais animada, 50 anos depois do ante-74 já quase toda a gente se esqueceu.
Estive a ler um artigo num jornal italiano que fez reportagem nas eleições na Finlandia em que dizem que ela nao é só popular fora da Finlandia mas muito popular no seu próprio país que nao significa que votem nela... Ha umas queixas sobre a gestao económica e o débito público... tudo relativo claro, se fosse essa a medida pela qual se vota aqui na Itália estávamos frescos... E acho que é dizer tudo. A extrema direita na Finlandia parece muito isolacionista pouco "fascista" mas não quer dizer que não sejam racistas, pareceu-me muito "tractorista" ligada ao sector primário, às zonas rurais aonde está o seu eleitorado (e a percentagem de abstenção sem grande valor) e é curioso que quando lhe perguntaram se era parte do efeito Meloni respondeu "Não a conheço e não é só porque é de direita que estaremos de acordo!" Aqui em vez a evolução é sempre numa direcção de revisionismo histórico com o presidente do Senado (segundo cargo do Estado) a dizer que o massacre das Fossas Ardeatinas aonde por vingança contra um atentado a forças nazistas posicionado em Roma (o terceiro batalhão formado por alto-atesinos ligado às SS e conhecidos pela sua ferocidade) foi culpa da resistência que sabia qual as consequências da sua acção e que eram um pobre grupo de "reformados" de uma banda musical... Para grande estupor das forças políticas da oposição e o meu sorriso amargo conhecendo o sujeito da crónica política deste país desde que aqui estou há quase trinta anos...
A política externa pode ser boa enquanto que a política interna é má. E os eleitores geralmente preocupam-se mais com a política interna do país deles do que com a política externa.
4 comentários:
Dá-me a impressão que estas "mudanças" para o centro-direita são algo que vai acontecer a quase todos os países europeus que ainda não o fizeram nos próximos 5 a 10 anos.
Já várias vezes por aqui disse que anda tudo muito "adormecido", muito enfiado nas suas "bolhas" e, em resumo, muito longe da "rua".
E no entanto até aqui, nesta "beira-praia hipotecada", a "rua" já começou a estar mais animada, 50 anos depois do ante-74 já quase toda a gente se esqueceu.
Estive a ler um artigo num jornal italiano que fez reportagem nas eleições na Finlandia em que dizem que ela nao é só popular fora da Finlandia mas muito popular no seu próprio país que nao significa que votem nela... Ha umas queixas sobre a gestao económica e o débito público... tudo relativo claro, se fosse essa a medida pela qual se vota aqui na Itália estávamos frescos... E acho que é dizer tudo. A extrema direita na Finlandia parece muito isolacionista pouco "fascista" mas não quer dizer que não sejam racistas, pareceu-me muito "tractorista" ligada ao sector primário, às zonas rurais aonde está o seu eleitorado (e a percentagem de abstenção sem grande valor) e é curioso que quando lhe perguntaram se era parte do efeito Meloni respondeu "Não a conheço e não é só porque é de direita que estaremos de acordo!" Aqui em vez a evolução é sempre numa direcção de revisionismo histórico com o presidente do Senado (segundo cargo do Estado) a dizer que o massacre das Fossas Ardeatinas aonde por vingança contra um atentado a forças nazistas posicionado em Roma (o terceiro batalhão formado por alto-atesinos ligado às SS e conhecidos pela sua ferocidade) foi culpa da resistência que sabia qual as consequências da sua acção e que eram um pobre grupo de "reformados" de uma banda musical... Para grande estupor das forças políticas da oposição e o meu sorriso amargo conhecendo o sujeito da crónica política deste país desde que aqui estou há quase trinta anos...
A política externa pode ser boa enquanto que a política interna é má. E os eleitores geralmente preocupam-se mais com a política interna do país deles do que com a política externa.
Porque será?
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