Tenhamos alguma esperança de que o resultado do referendo parisiense sobre as trotinetes urbanas acabe por ter também algum efeito por cá. O caos a que se assiste, neste domínio, na cidade de Lisboa configura um imenso escândalo. Quererá Carlos Moedas tentar um referendo?
15 comentários:
Estive para falar neste assunto aqui hoje mas era um off-topic demasiado off tendo em conta os temas dos outros posts.
Pondo isto na pesquisa do Google “ Trottinettes électriques : trois questions autour de leur dangerosité et de leur impact environnemental” chega-se a um artigo de ontem do “Le Monde” que talvez não se esperasse encontrar por lá, um jornal sempre tão “politicamente correcto” quando é para puxar por qualquer forma supostamente “sustentável” do que quer que seja e que esteja a dar “dividendos” na altura.
O problema maior do referendo é que, como se constata, as redes sociais estão a apelar ao voto dos que normalmente defendem o uso indiscriminado delas, que são os mesmos que também normalmente se empenharão mais em votar.
Portanto é com alguma expectativa que, pela parte que me toca aguardo os resultados do que acontecerá em Paris.
Como por mais de uma vez tenho por aqui referido, moro numa zona misto de antiga e histórica e trotinetes, bicicletas, tuk-tuks e carripanas amarelas e verdes variadas invadem aqui a rua por baixo das minhas janelas de manhã e só a largam à noitinha.
Aqui em casa, último andar ligeiramente recuado, janelas de vidro duplo, pouco me chateiam.
O problema é quando saímos à rua, nestes locais as ruas são habitualmente estreitas.
No caso das trotinetes os passeios são pistas autenticas, com as ditas a fazer slaloms entre os transeuntes que, como em todos estes tipos de zonas, se dividem entre os idosos residentes locais que resistem como podem às investidas e os turistas que divagam por aí o dia inteiro saltitando para lhes fugir.
Chegados à passagem de peões, os condutores de trotinetes que vinham em contravenção no passeio, passam a sentir-se com prioridade para atravessar a rua como se fossem peões e igualmente em contravenção.
Basta chegar à janela uns cinco minutos para assistir a várias situações complicadas, até evito fazê-lo para não me irritar com o que vejo.
Por outro lado, sendo as ruas estreitas, são obviamente todas de sentido único, mas só para os carros, pois para as trotinetes não há dessas manias patetas e antiquadas de cumprir o Código da Estrada (a que estão sujeitas).
Isso leva a que se tenha sempre que olhar para os dois lados ao atravessar, a única vez que me esqueci apanhei um cagaço dos diabos, pois passou-me uma a roçar a manga do casaco vinda em sentido proibido, levar com uma coisa daquelas bem lançada é capaz de não ser particularmente saudável.
Ainda ontem, enquanto aguardava que o portão do estacionamento privado onde deixo o carro abrisse, com o pisca-pisca posto e o transito atrás de mim parado, uma trotineta tentou passar entre o meu carro e o carro estacionado junto ao passeio mesmo na altura em que ía arrancar para entrar, felizmente estava atento e travei logo (e o que é estúpido é que do outro lado do carro havia cerca de um metro livre, mas ultrapassar-me pelo lado mais amplo era pelos vistos pior do que se arriscar a ficar entalado, lixar-me o carro e criar uma complicação aos dois).
Receio bem no entanto que a sua óbvia sugestão, se seguida por Carlos Moedas, não acabe bem para quem está farto deste caos pois, como digo, as redes sociais encarregar-se-ão de trazer o voto de uma multitude que nunca usou uma trotinete mas que acha “cool” defender aquilo que lhe meteram na cabeça como um progresso e, para muita gente, para usar indiscriminadamente, aos dois (e às vezes três empoleirados9 e sem aquela coisa incomodativa e que faz suar a que chamam capacetes.
Se fosse só Lisboa…todas as cidades cuja alegada modernice, muito ambientalista e ecológica chamada trotinete assumiu o protagonismo, as cidades ficaram bem mais perigosas e caóticas. A maioria dos seus utilizadores parecem surgidos de um qualquer filme de terror, desde o aspeto ao trato expresso na agressividade com que as projetam (depois de utilizadas) contra os automóveis estacionados, para cima das pessoas(assisti eu) e, fantasticamente, nada acontece nem um pedido de desculpas porque neste país tudo se pode, tudo é válido menos ser correto, cumpridor, educado/civilizado.
Eu nas zonas onde ando, em Lisboa central (freguesia de Arroios), não vejo nada que possa ser descrito como um caos. Há estacionamento desordenado, os peões têm que tomar um bocado de cuidado ao pôr os pés na ciclovia, e é tudo.
De resto, há mais bicicletas do que trotinetas, e boa parte dos condutores das bicicletas são nepaleses que andam nas entregas e conduzem com bastante cuidado (querem ganhar a vida deles, não meter-se em sarilhos).
Mas sem dúvida que na zona turística da cidade o panorama será distinto.
O Manuel Campos tem certamente razão, mas no tipo de ruas onde ele vive não são somente as trotinetes, são os carros que constituem um imenso perigo.
Eu nas poucas vezes que ponho os pés (como peão) nessa Lisboa de ruas estreitas fico cheio de medo, devido a os passeios serem muito estreitos e os carros circularem mesmo encostados aos peões e a velocidade quase sempre excessiva.
As trotinetes são um problema adicional, mas mesmo sem elas a situação é muito perigosa (para os peões).
Unknown
Como vivo aqui há 47 (quarenta e sete anos) imagina-se que já passei por todas.
Por outro lado, como também já contei, ando 4 horas a pé por Lisboa todos os dias há quase 10 anos, por toda a Lisboa, a das avenidas largas e a das ruas estreitas.
Nunca me dei conta que os carros andem hoje em dia por aqui assim tão depressa pela simples razão que há muitos carros e portanto anda tudo no pára-arranca e com medo de se amolgar (já não há bate-chapas, é tudo peças novas de origem).
Nas ruas menos movimentadas talvez andem mas nessas também há menos gente nos passeios, tomamos nós os cuidados de sempre quando sabemos que há um risco, há que estar atento do mesmo modo que se está na Av. Republica ou na Av. Roma.
Claro que passam perto das pessoas e as pessoas perto deles porque não têm outro sítio para passarem, nem uns nem outros, e que nem toda a gente com os meus 76 anos ainda dá uma corridinha se fôr caso disso, mérito das 4 horas diárias a pé e de umas pseudo-futeboladas com os netos.
Mas também me parece que com a idade todos ficamos mais assustadiços e menos ágeis.
As horas mortas para os carros terem caminho aberto para acelerar também são horas mortas para os peões que, sendo menos, se poderem defender melhor de qualquer risco (que muitos não se defendem e descem do passeio, de costas para o transito e sem olhar é outro facto que constato diariamente, também há 47 anos).
De qualquer modo uma coisa não impede a outra e hoje falamos de trotinetes aqui.
Eu como condutor não tenho problemas, sou cuidadoso qb, com 56 anos de carta só bati a sério uma vez há 55 anos atrás, recém encartado armado em Fangio.
Com bastante mais de um milhão de quilómetros feito tenho no curriculo apenas 2 (duas) contravenções ligeiras em toda a vida (uma no IP3, outra à entrada de Évora), mas não sou um santo, de vez em quando lá prevaricarei por descuido ou distracção, como todos nós.
O meu problema é que todos os dias que saio com o carro (e no último ano teve que ser mesmo, sem alternativa nenhuma, todos os dias) vou com todos os cuidados e apanho todos os sustos.
Portanto do que me queixo é das trotinetes nos passeios (e eu vivo aqui, não passo esporadicamente por cá), não tenho qualquer problema de mobilidade (antes pelo contrário) mas sei que não sou exemplo, este bairro está cheio de idosos e até menos idosos que mal se mexem e que levam com as trotinetes nas esquinas das ruas, eu já levei com uma, desviei-me contra a parede (será porque ainda jogo à bola?), o da trotinete desequilibrou-se e estatelou-se para o outro lado.
Não sei se já tomou o peso a uma trotinete daquelas, mas se lhe juntarmos o peso de uma pessoa em cima e uma velocidade de 30 Km/h é fácil imaginar o estado em que fica um cidadão que levar com a "força de inércia" do conjunto, para mais se já não fôr novo e tiver uns laivos de osteoporose, como é mais habitual nas idosas.
Na rua podem-me bater no carro ou eu bater neles, no 1º caso piram-se logo (aquilo nem matricula tem), no 2º caso fico agarrado às minhas responsabilidades, como é normal e nem podia ser de outra maneira.
O carro não me rala nada, tem danos próprios e a chapa é de uma liga nova que, se fôr só uma pequena mossa, até eu a endireito (não digo como, posso ser processado pela marca).
Mas rala-me (e muito) magoar alguém, mesmo que a culpa seja toda dele é algo com que se vive sempre, tive um percalço felizmente com muito pequenas consequências há muitíssimos anos, culpa minha zero reconhecida pela outra parte perante as autoridades chamadas ao local, mas ficamos sempre com aquela sensação parva de que só por um pouquinho de nada não tinha sido um drama.
(cont.)
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As trotinetes são um problema adicional?
Pois são, mas não se resolve um problema adicional constatando que há um problema de base muito complexo, é mesmo tratando do adicional que será, apesar de tudo, mais fácil resolver por ter outra dimensão relativa.
A questão é que é um problema neste momento sem regras, se um de nós levar uma pancadinha de um carro tem 99% de probabilidades das coisas correrem bem, seja a culpa nossa ou do motorista, se fôr de uma trotinete tem 99% de probabilidades das coisas correrem mal (e mesmo muito mal).
E estando a trotinete em cima do passeio, onde mais de metade das que eu aqui vejo andam, guiadas por menores de idade do liceu aqui da zona, ainda é mais complicado,
metem-se algumas "subtilezas" jurídicas ao barulho.
Eu só peço regras, seguros, responsabilidades a assumir, tal como tem quem usa outros meios de transporte.
Nada disto funciona hoje na prática.
Eu sei que não vai ser fácil porque não estou a ver os policias a correrem atrás dos prevaricadores, mas as empresas de aluguer creio que já perceberam onde estão e, ao que sei, estão numa de criar defesas no que toca ao uso "indiscriminado" das ditas.
Nota- Desculpe tanta conversa mas, como se sabe, eu sou prolixo e também, segundo imagino, serei pró-lixo para muita gente, it's the name of the game.
A propósito do que aqui falámos ontem, repesco do "Le Monde".
" Les trois opérateurs de trottinettes en libre-service réclamaient, de leur côté, l’organisation d’un vote électronique et la possibilité de faire des procurations, pour espérer une forte participation des jeunes Parisiens, plus nombreux à utiliser ce mode de déplacement que leurs aînés. Ils rappellent que seulement 33 % des 18-24 ans « ont déjà entendu parler de la votation », contre « 77 % des 50-64 ans et 90 % des 65 ans et plus », selon un sondage Harris Interactive.
Préoccupés par l’issue du scrutin, les opérateurs se sont largement mobilisés ces derniers jours, y compris avec des méthodes contestées, notamment en rendant les courses gratuites dimanche ou en payant des influenceurs sur les réseaux sociaux. Ils ont en parallèle distribué des tracts devant les universités parisiennes, et ont paradé vendredi lors de la traditionnelle traversée de Paris à rollers."
Como é normal quem vende um serviço só está evidentemente preocupado com o que querem os que o pagam, isso sempre foi assim, neste como noutros casos "a cidade é de todos" é uma daquelas frases feitas que tanto dá para uns como para outros porque cada um só a usa quando lhe convém.
Nada de novo, portanto.
O que é novo é que se invoque o "desinteresse" dos mais jovens para alterar o tipo de escrutínio e não só, como se isso tivesse por base algum plano maquiavélico dos mais idosos e não fôsse, pura e simplesmente, aquilo que todos os que lidamos com gente mais jovem constatamos, que têm de um modo geral "desinteresse" por estes e outros tipos de participação (há excepções, claro, mas menos do que eu gostaria, o futuro é deles e não os vejo muito ralados com isso, o defeito será nosso por termos sido uma geração empenhada em várias lutas).
Senhor embaixador, não parece que vá acontecer tão depressa, pois Moedas negociou recentemente alterações (limite de velocidade, locais de estacionamento obrigatórios, etc.) com os operadores desses empecilhos. A ver vamos.
Ainda vai mais um, sorry.
Em 9 de janeiro deste ano noticiava o “DN” que entre a CML e os operadores tinha sido estabelecido um acordo para que só circulassem um máximo de 7500 veículos na época baixa e de 8750 na época alta.
A velocidade máxima acordada passa a ser 20 kms/h, para o que as ditas terão que ser adaptadas, não é difícil.
Par além disso irão ser criados “Hotspots” que obrigam a que a viagem não acabe e portanto o custo não cesse se não forem deixadas nesses locais.
Uma excelente medida, nas tais ruas estreitas cheias de trotinetas abandonadas nos passeios por onde ando, passo metade do percurso a caminhar pela rua, apesar de tudo é melhor para o nosso ego ser atropelado na rua que no passeio.
O jornal “Público” noticiava a 2 de novembro passado que Lisboa tem três vezes mais trotinetas eléctricas do que Madrid e que a capital espanhola reduziu no mês passado de dez mil para seis mil o número de veículos autorizados e ainda que em Lisboa existiam cerca de 18 mil.
O mesmo “Público” dizia a 16 de novembro de 2022 que Paris tinha 15000 trotinetes.
(Se os números não estiverem certos queixem-se aos citados jornais).
Ora Paris-cidade tem quase 2.2 milhões de pessoas e a sua área metropolitana 11.9 milhões, Madrid-cidade tem 3.3 milhões e a sua área metropolitana 6.8 milhões, Lisboa-cidade tem 0.54 milhões de pessoas e a sua área metropolitana 2.8 milhões.
Como o assunto que nos traz aqui se concentra nas cidades propriamente ditas,
os números relativos são fáceis de calcular, por mais gente que entre vinda das áreas metropolitanas não há muito que errar.
quem?
Manuel Campos eu compreendo tudo o que você escreve, porém há que ver que essa parte de Lisboa com ruas estreitas e passeios atravancados é relativamente restrita, na maior parte das ruas que frequento (a pé) há trotinetas estacionadas, mas nunca a circular, sobre os passeios, e mesmo assim há bastante espaço para os peões passarem. Os casos em que já estive em risco de ser atropelado ocorreram sempre em ciclovias, não no passeio.
Unknown
Agradeço a sua atenção.
Tem razão quando diz que essa parte de Lisboa é bastante restrita.
Aqui esta zona está cheia de gente de manhã à noite a passar, o que leva a uma "densidade populacional" por metro quadrado de passeio bastante pesada.
Tenho a impressão que a situação melhorou ultimamente mas ainda aqui há uns 2 meses cheguei a contar 12 bicicletas ao longo de uns 30 metros de um passeio com um metro de largura, paradas perpendicularmente às paredes dos prédios, inclusivamente 4 delas amontoadas umas em cima das outras.
O que me faz uma confusão tremenda é que um invisual que desde sempre costumava dar aqui uma volta diária ao quarteirão, sempre no mesmo passeio, deixou de saír de casa, se por vezes podia encontrar um obstáculo de um carro abusivamente estacionado e alguém ajudaria (eu muitas vezes o fiz), agora encontrava "n" obstáculos mais dificeis de detectar com a bengala, obstáculos que ficavam ali até serem recolhidos á noite pelas carrinhas existentes para o efeito.
Ainda agora fui ali abaixo pôr umas coisas no ecoponto que fica ali adiante e, tendo que atravessar a rua, contei onze tuk-tuks em fila, seguidos de vários carros em marcha lenta, como é natural, lá houve um que teve pena de mim cheio de sacos (e sem passadeira a jeito) e abrandou.
Isto é como tudo, os sítios parecem sempre encantadores quando não se vive lá, daí os entusiasmos com que os viajantes falam dos países para onde viajaram.
Gostamos muito de viver aqui, conhecemos toda a gente agora há 3 gerações, para nós isto ainda é em parte a "aldeia" que foi, mas que "fugir" sempre que podemos aí para o interior do país onde tenho uma casa, numa vila com metade da população aqui da freguesia, se tornou um alívio grande, lá isso tornou.
Eu sei que está fora do âmbito do post e dos comentários precedentes. Mas faz-me espécie que se reduza o problema dos peões à questão da circulação sem regras de bicicletas e das trotinetes. E o estado miserável dos passeios, com as pedras soltas ou fora do sítio, formado buracos por vexes bem grandes complicando o caminhar dos peões, que às vezes nem os conseguem evitar, também devido à circulação das trotinetes e bicicletas? O problema é crónico, bem sei, não existem quase calceteiros profissionalizados, mas esta Câmara e esta Junta da minha área (Arroios), nada fizeram, que eu visse. Um dia atiram-se ao problema com mais uma empreitada com trabalhadores sem experiência, pregam mais uns cartazes como agora andam a fazer porque estão simplesmente a cortar ramos das árvores (ah, isto não é política de cartaz, pois não!!!) e os media louvam mais uma vez o Moedas...O que me espanta, é o silêncio dos idosos que são as principais vítimas deste desprezo pelos cidadãos. Caramba, a Presidente da anterior Junta de Arroios não era grande coisa, como já sabíamos. Mas pelo menos sempre mandava uns homens tapara os buracos dos passeios da sua área. Desta senhora vi até agora nesse domínio. Já para não falar do estado do alcatrão dos pisos para os veículos...
Como presidentes da CML não gosto de Moedas como não gostei de Medina.
Um "bicho" daquele tamanho pode ter um presidente "político de carreira" mas devia ter um vice-presidente "gestor de carreira".
Mas há um conjunto importante de trabalhos de manutenção na cidade que foram passados para as Juntas de Freguesia no âmbito da "Reforma Administrativa de Lisboa".
Em Março de 2014 foram assinados os autos de efectivação dessas transferências de competências entre a Câmara Municipal de Lisboa e as 24 Juntas de Freguesia da cidade.
Portanto à CML o que é da CML e às JF o que é das JF.
E como nem eles próprios sabem muito bem o que é de cada um, que isso é fácil de perceber quando se vive há muitos anos no mesmo sítio e os "autarcas" andaram na escola com os nossos filhos, torna-se difícil saber o "quem é quem" para criticar.
Prefiro assim enviar-lhes "recados".
O comentador António manifesta legítimo espanto pelo "silêncio dos idosos".
Mas alguém quer saber da opinião dos idosos a não ser na véspera de eleições (e já nunca no dia seguinte)?
Os parisienses lá votaram mas como votaram poucos as empresas de aluguer consideram que a votação não é representativa de nada.
Sempre achei curiosas estas teorias: alguém impediu os outros todos de votarem?
Estranhas noções de democracia, vai-se repetindo até dar o resultado que nos convém.
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