Afinal, a vendedora de flores, com nome e cara, que deu cravos aos soldados que andavam pela Baixa lisboeta, acendendo G3s de vermelho, o que veio a fazer a felicidade gráfica da imprensa internacional, era um belo mito urbano.
No Porto, na "Praça", também surgiram cravos nas armas dos "prontos" ensonados, que ali andavam sem nada para fazer. Ao fundo da imagem, no Passeio das Cardosas, lá está ainda o Banco de Angola, para o qual esse dia acabaria por ser o primeiro do resto da sua encurtada vida.
O que pode suscitar uma fotografia do 25 de Abril no Porto!
1 comentário:
Um belo mito urbano, mas um mito urbano que conheço desde sempre.
As pessoas gostam de mitos urbanos, eu também gosto e este é bonito.
Mas também é verdade que eu "não ouvi falar no 25 de Abril".
Aliàs até ando fugido, chega a esta altura e só encontro gente que teve uma participação decisiva no movimento, ainda hoje encontrei um rapaz bastante conhecido por aí que estava em Paris na altura e, depois de o ouvir cinco minutos a contar o que conta sempre, concluí mais uma vez que se não fôsse ele ainda estávamos em ditadura.
Aqui há muitos anos encontrei-o por acaso ali pela Baixa quando tinha acabado de passar o cortejo funerário do Eusébio a caminho da CML, eu ía com outro que bem o topa.
Diz o "revolucionário" em ar de gozo que tinha descido a Avenida da Liberdade pelo meio de duas alas de pessoas e não sabia se era em honra dele, responde-lhe o outro "Ainda não".
Vendedora de flores é o mito, empregada num self-service do "Franjinhas" da Rua Braancamp é uma provável realidade de seu nome Celeste Caeiro.
Tem uma página na Wikipedia sobre o seu papel naquele dia, é só googlar.
Há muitíssima informação por aí, sempre houve.
É um mito urbano feliz.
Ora se ela levasse cigarros, que era o que o soldado lhe tinha pedido?
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