Quando Tarja Hallonen, que conheci como uma excelente ministra dos Negócios Estrangeiros da Finlândia, foi a primeira mulher a ascender à chefia do Estado naquele país, não se falou tanto dela como agora se fala de Sanna Marin.
3 comentários:
manuel campos
disse...
Também não percebo. Há tantas razões para falar de uma como da outra. Não são é as mesmas.
Nesta era de capitalismo estético, como lhe chamaram Lipovetsky e Serroy, a forma prevalece amiúde sobre a substância e a iconografia para consumo de massas suplanta qualquer debate sério, crítico e profundo, para o qual nem sequer vai havendo espaço. A questão não é nova e talvez Kenedy seja um dos primeiros exemplos de projecção global desta nova era de uma política-espectáculo, em que o penteado e a gravata vão ter, sabe-se de antemão, bem mais importância do que o confronto de ideias as quais e para os infelizes que as verbalizam, serão depois desarticuladas, sílaba por sílaba, pelos inefáveis e isentos comentadores, os tais de quem já aqui falámos. Entretanto e assim meio à sorrelfa, vão por aí pululando duas notitas de roda-pé. Segundo uma delas, a jovem (e bela) ex-primeira ministra pode bem vir a acomodar-se em Bruxelas (manifestação concreta de que talvez Roma faça mesmo certos pagamentos, ao contrário do mito clássico); a segunda nota de roda-pé, remete-nos para as avenidas por onde a extrema-direita vai fazendo o seu preocupante caminho, bem como para os mordomos que lhes escancaram as portas.
Atualmente é raro uma pessoa na casa dos 30 ascender à chefia do governo em qualquer país do mundo. Por isso, Sanna Marin é, muito justamente, notícia. Como já aqui fiz notar, aquilo que dantes se praticava como discriminação contra as mulheres, atualmente pratica-se como discriminação contra os jovens. Por exemplo, atualmente a trabalho igual corresponde salário diferente, porque aquilo que interessa para determinar o salário é a idade do trabalhador.
3 comentários:
Também não percebo.
Há tantas razões para falar de uma como da outra.
Não são é as mesmas.
Nesta era de capitalismo estético, como lhe chamaram Lipovetsky e Serroy, a forma prevalece amiúde sobre a substância e a iconografia para consumo de massas suplanta qualquer debate sério, crítico e profundo, para o qual nem sequer vai havendo espaço. A questão não é nova e talvez Kenedy seja um dos primeiros exemplos de projecção global desta nova era de uma política-espectáculo, em que o penteado e a gravata vão ter, sabe-se de antemão, bem mais importância do que o confronto de ideias as quais e para os infelizes que as verbalizam, serão depois desarticuladas, sílaba por sílaba, pelos inefáveis e isentos comentadores, os tais de quem já aqui falámos. Entretanto e assim meio à sorrelfa, vão por aí pululando duas notitas de roda-pé. Segundo uma delas, a jovem (e bela) ex-primeira ministra pode bem vir a acomodar-se em Bruxelas (manifestação concreta de que talvez Roma faça mesmo certos pagamentos, ao contrário do mito clássico); a segunda nota de roda-pé, remete-nos para as avenidas por onde a extrema-direita vai fazendo o seu preocupante caminho, bem como para os mordomos que lhes escancaram as portas.
Atualmente é raro uma pessoa na casa dos 30 ascender à chefia do governo em qualquer país do mundo. Por isso, Sanna Marin é, muito justamente, notícia.
Como já aqui fiz notar, aquilo que dantes se praticava como discriminação contra as mulheres, atualmente pratica-se como discriminação contra os jovens. Por exemplo, atualmente a trabalho igual corresponde salário diferente, porque aquilo que interessa para determinar o salário é a idade do trabalhador.
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