terça-feira, abril 18, 2023

Coffee break

 


7 comentários:

Flor disse...

Muito bom :) :)

manuel campos disse...


Terá sido só o café?
Ou ter resolvido aquela dúvida sobre o universo e a estupidez humana?

Flor disse...

Manuel Campos, ou será "que viu lobo"? :)

manuel campos disse...


Flor

É uma boa hipótese, a sua.
Sendo um cientista é possível. é um meio onde eles abundam, por vezes
"comem-se" uns aos outros...

manuel campos disse...


A industria pesada já não sendo o que era, falar do que ela era há 40 anos já é difícil para oficiais do mesmo oficio, quanto mais para quem não o é.
Por essas alturas andava eu em transição entre director de produção e director de desenvolvimento de uma empresa industrial de alguma dimensão (1200 pessoas).

Já na produção passava bons momentos com as visitas de investigadores e estudiosos variados que só conheciam as fabricas dos livros (e mal).
Nunca esqueci uma situação surrealista em que, explicando eu o funcionamento de determinada área fabril de uma unidade de grande dimensão a um grupo, falei na existência de um certo equipamento para logo um dos presentes me perguntar se aquilo actuava ao “nível da molécula”, foi uma risota geral quando lhe respondi que actuava ao “nível da tonelada”, fiquei tão constrangido com o ar do senhor que passei o resto da visita a acompanhá-lo só a ele, deixando o resto do grupo com o meu nº 2 da altura.

Ora pela altura em que passei da “produção” para o “desenvolvimento” já era vulgar os institutos científicos conseguirem chegar facilmente às verbas comunitárias desde o momento em que tivessem parcerias com a industria.
Por isso a “fila” de interessados era grande e, apesar do meu pouco entusiasmo, lá me vi envolvido em algumas dessas parcerias “do lado da industria”.
Não foi uma vida fácil, era evidente que as concepções do que estava de facto em causa, que era resolver problemas reais, padeciam daquilo que eu previa, a saber, eles só viam a teoria e eu só via a prática e nenhum de nós estava totalmente certo nem errado.

Foi nessa altura que conheci alguns cientistas e que percebi que a vida num instituto não era necessariamente mais calma nem pacifica que numa fábrica.
No meio empresarial era mais evidente quem devia ser promovido e quem nem por isso, não havia grande espaço para “a antiguidade é um posto” e as injustiças que esse principio acarreta, do meu estrito ponto de vista.
Ainda há bocado e a propósito de espirros (!) contava a minha mulher que o meu 1º chefe acabou a vida profissional a trabalhar comigo como o ultimo chefe dele, uma situação vulgar, sempre bons amigos.

manuel campos disse...


Off topic por off topic, aqui não é grave.

À atenção de quem não dormiu por causa disto: já tenho o chapéu Panama.
Os genuínos Panama por acaso são feitos no Equador, tem a ver com a melhor matéria-prima para o efeito, o nome tem origem em historias do tempo da construção do canal do dito.

Tendo que ir 2 dias por semana para os lados da igreja de Sebastião da Pedreira e, para mais, que ir de carro porque não vou só, o melhor sitio para deixar o carro é no estacionamento do grande armazém que fica por ali, depois do que há a fazer dá para passar pelo supermercado, um ou outro piso à procura daquelas coisas que estão sempre a acabar em casa na pior altura e, finalmente, almoçar depressa e razoavelmente bem na designada “Taberna”, onde já somos “da casa” ao fim de tanto tempo e tanta insistência.

Isto do Panama não foi fácil, não havia meio termo, ou demasiado baratos ou demasiado caros para o que pretendia alguém que anda a comprar panamas (e a dar cabo deles) há anos.
Já numa de amanhã ir espreitar a outro sítios (aquelas lojas do Rossio não, porque tive por lá alguns desgostos), passo por uma marca bem conhecida de roupa e está ali um belíssimo Panama solitário, sofisticadíssimo por dentro como eu nunca vi outro assim (nem sei explicar), a um preço mais que aceitável mesmo que não fosse tão sofisticado.
Pus logo o dito na cabeça antes que mo tirassem, não seria a 1ª vez, só depois o fui pagar (ainda tive um bónus com aquela coisa dos vales de combustível).

Conheço muita gente que se recusa a meter o carro naquele estacionamento.
Percebe-se bem, aquelas rampas são irritantes e parece que nunca mais acabam, então quando se vem a subir do piso -1 para a rua só achamos que a subida não era tão grande na semana passada.
Mas mesmo com um carro grande é só ganhar-lhes o jeito, aquilo está bem feito e ao entrar nas subidas é manter o volante sempre na mesma posição até ao piso seguinte e não ligar muito aos pi-pi-pi dos sensores.
É chato quando apanhamos pára-arranca na subida, aí o carro automático é estupendo mas o carro manual que, se fôr abaixo é só carregar na embraiagem para voltar a trabalhar, como é o caso do meu, nem chega por assim dizer a ir realmente abaixo.

manuel campos disse...


A propósito de "coffee break" dedico este comentário a "Flor".

Minha mulher andava ali de volta dos cafés lá na sua página quando comecei a ouvir ao longe o vídeo do “Coffee in Paris” que lá está no dia 17 de Abril de 2023.
Ora tudo o que meta música é comigo e aquela canção inicial nunca a tinha ouvido em francês, o que era estranhamente suspeito,só me podia deixar (mais) mal visto junto dos meus colegas melómanos compulsivos que confiam em mim quando se trata de musica francesa original ou em francês.
Portanto fui á procura, estas “pesquisas” nunca se perdem porque me permitem encontrar mais uma quantidade de outras coisas que, de outro modo, nunca lá chegaria, ainda que 4 em cada 5 pouco interessem, logo se vê o que sobra e se serve para “épater” algum “bourgeois” destas lides.

Esta versão francesa chama-se “Un jour de différence” e é cantada por uma senhora de seu nome Susie Arioli, uma cantora de jazz canadiana de que nunca ouvi falar (se calhar nem ela de mim).
A canção original “Cuando vuelva a tu lado” é de 1934, é da autoria de Maria Grever, uma autora mexicana e, ainda nesse ano, saíu a versão em inglês com o título "What a Diff'rence a Day Makes".
Em 1959 foi cantada por Dinah Washington, que a tornou famosa, tendo vencido o “Grammy Award” desse ano e chegado ao “Grammy Hall of Fame” em 1998.
A partir daí toda a gente desatou a cantar e a tocar aquilo, uns muito bem e outros muito mal, é sempre assim.

O outro lado do vento

Na passada semana, publiquei na "Visão", a convite da revista, um artigo com o título em epígrafe.  Agora que já saiu um novo núme...