sábado, abril 29, 2023

Ex-jornalistas

Há jornalistas que, num passado não muito distante, parecia exalarem objetividade e rigor, olhavam com equanimidade para as várias posições e, como ficava então bem evidente, esforçavam-se por não tomar posição por qualquer dos lados. Hoje, é o que se vê. 

Batista-Bastos chamava-lhes "pessoas injustamente acusadas de serem jornalistas".

7 comentários:

Unknown disse...

Não sei de quem está a falar. Do MST não é de certeza, que exala objectividade e rigor. De resto, acho que os jornalistas não tinham sido até agora confrontados com uma tal degradação das instituições. É muito difícil a "equanimidade" num contexto destes.

afcm disse...

É difícil manter a serenidade e objectividade em ambientes tão estranhos...
Maçaricos e criançolas a "governarem-nos".

Anónimo disse...

Isso era no tempo em que jornalistas não eram comentadores, mas sim jornalistas. Desde que lhes permitiram acumular jornalismo com comentário, confundiram-se de tal forma que passaram a comentadores a tempo inteiro. É pena!

manuel campos disse...


Pois também não sei a quem se refere, se calhar a quase toda a gente.
Tal como "afcm" também me faz muita confusão aquilo a que assisto.
Por isso todos os que já provaram na vida o que valem "não estão nem aí" em aceitar lugares de responsabilidade no meio deste grupo de "adolescentes inconsequentes" que era suposto conduzirem-nos a um futuro radioso.

Não me espanta.
Há meia dúzia de anos, alguém que muito respeito e a quem todos devemos muito, convidou-me para integrar um determinado grupo de trabalho só constituído por gente que nunca trabalhou no privado, onde o dinheiro não cai "do céu", a maior parte deles jovens cuja "especialidade" eram os "Power Point", eu era suposto aportar a respeitabilidade das cãs.
Depois de aguentar heroicamente até à entrega do documento final jurei que nunca mais e cada vez me arrependo menos da decisão.
Vantagens de não me importar nada de ser mais um anónimo como quase todos somos, a vida já me trouxe tudo de bom e tudo de mau que pode trazer.

manuel campos disse...


Em tempo.
Eram na sua quase totalidade "gente das universidades" (um ou outro de uma privada), daí eu ter dito que nunca tinham trabalhado no "privado" no sentido estrito em que eu o entendo, ou seja, o das pessoas que se preocupam se vai haver dinheiro para lhes pagar o salário todos os meses no dia certo.
No entanto sempre foram muito delicados comigo, como se deve ser com os idosos que falam de coisas esquisitas que nunca aparecem na teoria, coisas lá da imaginação já vagamente senil deles, só pode.

Sérgio Nunes disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Carlos Antunes disse...

J.M. Nobre-Correia - PUBLICO, 25 de Abril de 2023
Uma intolerável canhonada
Dia após dia após dia, as televisões praticam uma informação que pouco tem a ver com um desejável jornalismo de qualidade e de cidadania…
(…)
Com o decorrer do tempo, as derrapagens no tratamento da informação passam a ser o-pão-nosso-de-cada-dia. Em termos de seleção e hierarquização dos acontecimentos de atualidade, a prioridade é dada a assuntos sensacionais que têm sobretudo três origens: os “faits divers”, o futebol e a partidarice. E com esta terceira origem, são as declarações de uns e de outros (e maioritariamente sempre dos mesmos), as tricas entre eles e os exageros de linguagem que são privilegiados, reduzindo a vida política a uma detestável fulanização desprovida de consistência e de escrúpulos.
(…)

Entrevista à revista "Must"

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