Desde há vários anos que, praticamente, deixei de fazer as deslocações ao Norte pela perigosa e tensa A1. Viajo, em descanso e sem pressões, pela combinação da A8/A17. Para quem não saiba, informo que a quilometragem é exatamente a mesma. E, ali perto de Óbidos, quando vejo o desvio para Peniche e estou cerca da hora de jantar, lembro-me de ir ao "Tribeca".
O que é o "Tribeca"? O "Tribeca" é um excelente restaurante situado em Serra d'El-Rei, a menos de meia dúzia de quilómetros da A8. Os guias Michelin utilizam a classificação de "Vaut le détour" para identificar locais que, podendo estar fora dos eixos principais, justificam o desvio para serem visitados. O "Tribeca" merece amplamente uma saída da auto-estrada.
Por que é que se chama assim? Quem conhece Nova Iorque saberá que Tribeca é uma zona no sul de Manhattan cheia de restaurantes e belas lojas. Tribeca significa "triangle below Canal Street".
O "Tribeca" de Serra d'El-Rei é uma espécie de brasserie, com uma agradável decoração, uma carta magnífica e um serviço a condizer. Há horas, jantei lá muito bem, com quantos me acompanhavam a terem a mesma opinião.
Há anos que sou cliente do "Tribeca" e, de todas as vezes que por lá fui, saí sempre satisfeito e nunca me arrependi do "détour". Confesso que não tenho na minha agenda muitos restaurantes dos quais possa dizer o mesmo.
Saiba aqui mais sobre o "Tribeca": https://www.tribeca-restaurante.com/index.html
8 comentários:
Há 30 anos todo o transito era feito pelo meio da vila onde eu passo uns bons tempos, os restaurantes ali do sítio estavam sempre a abarrotar, como não tínhamos horas para almoçar íamos mais tarde, não adianta marcar quando não se tem pressa, se prefere um ambiente mais calmo e um serviço mais personalizado.
Entretanto fizeram uma autoestrada a passar ali ao lado.
Claro que os donos desses restaurantes ficaram muito preocupados (veio-se a confirmar que tinham razões para isso) e assim que entrávamos começavam logo os desabafos.
Como tento ser simpático sempre que posso, ainda que às vezes não consiga, lá ía dizendo que não se preocupassem, aqueles restaurantes tinham uma clientela fiel e um bom nome na praça e outras baboseiras bem intencionadas.
Em resumo: valiam o “détour”.
O problema é que minha mulher tem um estilo digamos que mais “frontal” e começava logo a dizer que isso era muito duvidoso, que não há muita gente que vá a 120 que se dê ao trabalho de saír da estrada e fazer o tal “détour”.
Bem a tentava convencer a não dizer aquelas coisas aos desgraçados que só viam a vida a andar para trás mas nada feito, dizia-me que falsas esperanças naquele caso não adiantavam nada a ninguém.
Claro que tinha e teve razão.
Os restaurantes passaram a ter sempre lugares a qualquer hora, foram mudando para mãos cada vez menos interessantes na cozinha, acabámos nós a mudar de restaurantes, vamos ao concelho ao lado que aí há alguns bem bons, ir e vir são 40 kms, na tal autoestrada é um instantinho.
a quilometragem é exatamente a mesma
Depende de de onde se vem e para onde se vai. Se se referir a Lisboa-Porto isso pode ser verdade, se se partir de alhures no Sul ou se se fôr para alhures no Norte pode já não ser verdade.
Muito bem, muito bem, a divulgar aqui a zona Oeste.
A A8 das Caldas para cima é simpática, para baixo tem alguns pontos que têm que se lhe diga.
Manuel Campos,
Conheço um caso que foi ao contrário, há muitos anos, quando a N8 deixou de passar no centro do Turcifal, o conhecido Restaurante O Lampião (hoje, O Lanterna), na altura, incrementou a clientela.
deixei de fazer as deslocações ao Norte pela perigosa e tensa A1. Viajo, em descanso e sem pressões, pela combinação da A8/A17.
A A17 é de facto um descanso. Mas a A8 não é. Tem muitas curvas e subidas e descidas perigosas, e um tráfego muito variável.
Vou experimentar. O Embaixador devia publicar um guia de restaurantes, intervalado com histórias suas. Eu comprava.
A soma das portagens sai mais cara
tri-be-ca. serviço público.
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