segunda-feira, abril 17, 2023

Amigos, amigos...

A diplomacia portuguesa, na questão ucraniana, tem uma posição definida, da ONU à NATO, passando pela União Europeia. Não serão os argumentos do Brasil que a vão mudar. E posso imaginar que, em Brasília, se pense de forma simétrica. Amigos, amigos, Ucrânia à parte!

8 comentários:

manuel campos disse...


Perfeito.
Nem podia ser de outra maneira.

Unknown disse...

Espero é que o governo ou o PS, se for caso disso, afirme, sem complexos nem tibiezas, a posição de Portugal. E isso é tanto mais necessário quanto é certo que os parceiros de há pouco tempo, o PCP e o BE, têm manifestado posição próxima da do Brasil; e o Chega, apesar de "racista, xenófobo e homofóbico", se tem manifestado a favor da Ucrânia.

Patrick disse...

Não deixa de ser irônico que foi graças ao fundamentalismo ideológico imposto pelos EUA que o Brasil se tornou dependente da Rússia, ao forçar a Petrobrás a desmantelar seu parque industrial na área de fertilizantes.

Francisco disse...

Surripiei da internet uma informação que dá conta das seguintes declarações do Papa Francisco (em entrevista ao canal de televisão suíço em língua italiana RSI): "(...) guerra na Ucrânia está a ser alimentada pelos interesses de vários impérios, e não apenas pelos interesses do império russo. O Sumo Pontífice deixou ainda claro que está pronto para falar com o presidente russo e pedir-lhe paz a qualquer momento e que considera que já começou a terceira guerra mundial.

Francisco defendeu que está em curso uma terceira guerra mundial, dado o envolvimento das grandes potências no conflito em território ucraniano. "O campo de batalha é a Ucrânia. Ali, lutam todos. Isto faz pensar na indústria das armas. Faz-se guerra, vendem-se armas, experimentam-se novas", disse o Papa, declarando-se frontalmente contra "guerras santas" porque "não são o espírito de Deus".

Posto isto e como alguém perguntava assertivamente: deverá fazer-se uma manifestação contra a participação do Papa na tão celebrada (e dispendiosa) Jornada Mundial da Juventude?

Pergunta pertinente...

caramelo disse...

Curioso. O Brasil tem interesses; Portugal tem "uma "posição definida" pela ONU, NATO e União Europeia... Já viu? Não é bem, bem, uma simetria. É por isso que o Brasil é uma potência mundial e se está a afirmar cada vez mais, e Portugal não. Obviamente, com o facto de ser mal visto, no twiter e outras redes sociais e um outro outro teatro na nossa AR, pode bem o Brasil e Lula. No fim do dia, o Brasil, que, aliás, não está em guerra com ninguém, não manda armas para lado nenhum, e que não tem razões nenhumas para tratar a Ucrânia de forma diferente do Sudão ou do Yemen, ficará a ganhar. Aliás, os US e a União Europeia, para além da retórica, não se podem dar ao luxo de alinear um gigante como o Brasil.

Luís Lavoura disse...

Claro. E felizmente as relações entre Portugal e o Brasil têm muitíssimo mais que debater para além da Ucrânia.

Anónimo disse...

Tive a ocasião de ouvir hoje, se não erro na Antena 1, o comentário do António Martins da Cruz (AMC) sobre as (deploráveis) declarações dessa cinzentíssima figura que é Joseph Borel, o putativo MNE da UE, no que respeita às posições de determinados Partidos Políticos (portugueses) relativamente ao que o PR do Brasil, Lula da Silva, disse, relativamente à questão ucraniana. E, devo dizer, concordo, inteiramente, com o que AMC referiu. Em resumo, tais declarações, como António Martins da Cruz disse - e bem - só ficam mal a quem as proferiu e, sobretudo, são apenas da sua (Borel), inteira e pessoal, responsabilidade. Supostamente...(isto a pensar no que essa "curiosa" figura, a Ursula van der Layen, pensa sobre o assunto).
P.Rufino

Mal por Mal disse...

"Em português de sotaque paulista, o causo é o seguinte:

Ucrânia? Rússia? eles são branco s'intendi, mim nem tou cá!"

Isto foi no dia seguinte, porque em pequim a conversa era outra.

O meu dia 24 de abril

Saí de manhã de casa, em Santo António dos Cavaleiros, onde vivia, desde que casara, quatro meses antes.  No meu carro, entrei na Escola Prá...