Conheci o senhor em causa há muitos anos. Muito antes da célebre história do "pântano". Até gostei, andámos ali os dois, em Santa Margarida e tal, foi engraçado. Ele não ficou lá muito satisfeito de eu ir ao lado dele, havia câmeras de televisão, já na altura, e como ele tinha um puto fardado a roubar-lhe protagonismo, enfim, estava com um sorriso amarelo e eu, obviamente, com o meu sorriso escarninho discreto de sempre. Hoje em dia, sinceramente, tenho pena da fraca figura que este homem, que até me merece respeito, tem feito, enquanto serventuário das "United Nations". Bom dia e bom domingo, Senhor Embaixador.
Fui vizinho dele ali na mesma rua até aos 12 anos (fim dos anos 50).
Havia ali um terreno grande e vazio onde nos juntávamos todos à volta de uma bola de caoutchouc (borracha impermeável), bolas que custavam uma fortuna relativa à época e a que poucos podiam aspirar. Daí talvez o "dono da bola", o que tinha "direito" de escolher os melhores jogadores para a equipa dele ou os amigos que não eram assim tão bons jogadores, o que levava a que ele pegasse na bola e se fôsse embora quando as coisas lhe corriam mal, daí ser de bom senso deixar a equipa dele ganhar. Como a bola ía esvaziando era preciso enchê-la de preferência numa bomba de gasolina, nem sempre com a boa vontade do funcionário em relação aos "meninos ricos" que se podiam dar àquele luxo.
Não me lembro de que alguma vez Guterres tenha jogado à bola connosco (somos mais ou menos da mesma idade). Fez-lhe falta também ter feito isso.
PS- Acabei por me dar muito esporádicamente com ele na universidade, subir ou descer a avenida que levava à tal rua quando por acaso coincidiamos.
Guterres sempre foi um bom jogador de xadrez (político). Teve uma sólida preparação, desde logo, nos finais dos nos 70 terá sido cooptado pelo programa IVLP (International Visitor Leadership Program) que lhe conferiu um passaporte mui valioso, apto a encetar altos voos.
Quanto ao desenvolvimento do jogo, parece-me que lhe faltou golpe de asa na liderança da guerra que assola a Europa e enriquece o protetor europeu.
Ou não faltou golpe de asa nenhum, apenas fez o que era esperado que fizesse. De qualquer modo, saiu dum pântano e está prestes a abandonar outro.
Não será um fim feliz.
Se eu estiver errado, talvez Guterres ainda ganhe o Nobel da Paz.
5 comentários:
A Opus Dei, temperada a água benta, tem amparado a criatura
Conheci o senhor em causa há muitos anos. Muito antes da célebre história do "pântano". Até gostei, andámos ali os dois, em Santa Margarida e tal, foi engraçado. Ele não ficou lá muito satisfeito de eu ir ao lado dele, havia câmeras de televisão, já na altura, e como ele tinha um puto fardado a roubar-lhe protagonismo, enfim, estava com um sorriso amarelo e eu, obviamente, com o meu sorriso escarninho discreto de sempre. Hoje em dia, sinceramente, tenho pena da fraca figura que este homem, que até me merece respeito, tem feito, enquanto serventuário das "United Nations". Bom dia e bom domingo, Senhor Embaixador.
Fui vizinho dele ali na mesma rua até aos 12 anos (fim dos anos 50).
Havia ali um terreno grande e vazio onde nos juntávamos todos à volta de uma bola de caoutchouc (borracha impermeável), bolas que custavam uma fortuna relativa à época e a que poucos podiam aspirar.
Daí talvez o "dono da bola", o que tinha "direito" de escolher os melhores jogadores para a equipa dele ou os amigos que não eram assim tão bons jogadores, o que levava a que ele pegasse na bola e se fôsse embora quando as coisas lhe corriam mal, daí ser de bom senso deixar a equipa dele ganhar.
Como a bola ía esvaziando era preciso enchê-la de preferência numa bomba de gasolina, nem sempre com a boa vontade do funcionário em relação aos "meninos ricos" que se podiam dar àquele luxo.
Não me lembro de que alguma vez Guterres tenha jogado à bola connosco (somos mais ou menos da mesma idade).
Fez-lhe falta também ter feito isso.
PS- Acabei por me dar muito esporádicamente com ele na universidade, subir ou descer a avenida que levava à tal rua quando por acaso coincidiamos.
As Nações Unidas limitaram sempre os seus Secretários Gerais.
Daí nunca vermos um Secretário Geral Russo, Americano, Francês, Inglês ou Chinês, a «tomar conta daquilo».
Não se querem submeter.
Guterres sempre foi um bom jogador de xadrez (político). Teve uma sólida preparação, desde logo, nos finais dos nos 70 terá sido cooptado pelo programa IVLP (International Visitor Leadership Program) que lhe conferiu um passaporte mui valioso, apto a encetar altos voos.
Quanto ao desenvolvimento do jogo, parece-me que lhe faltou golpe de asa na liderança da guerra que assola a Europa e enriquece o protetor europeu.
Ou não faltou golpe de asa nenhum, apenas fez o que era esperado que fizesse. De qualquer modo, saiu dum pântano e está prestes a abandonar outro.
Não será um fim feliz.
Se eu estiver errado, talvez Guterres ainda ganhe o Nobel da Paz.
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