terça-feira, maio 19, 2020

Ai, Brasil!


Parece que o mundo ainda não se apercebeu da tragédia que está a atravessar o Brasil, com esta pandemia. Mais de 1.100 mortos, só hoje! Os números crescem exponencialmente, todos os dias.

12 comentários:

Anónimo disse...

Talvez, mas a verdade é que Portugal ainda segue à frente do Brasil, destacado. Se Portugal tivesse a população do Brasil, teria agora 26.187 mortes, mais do que os 17.971 óbitos brasileiros. É certo que o Brasil registou nas últimas 24 horas 1.179 mortes, para aí 3,5 mais mortes do que em Portugal (proprocionalmente) e a tendência parece crescente. Mas aqui em Portugal vejo muito gente a " desconfinar" alegremente pelo que ainda é cedo para atirar foguetes.

Take Direto disse...

Verdadeiramente trágico. E o presidente eleito só faz com que as coisas piorem. A irresponsabilidade dos que o elegeram fica bem vincada a cada dia que passa.

Anónimo disse...

«os mortos crescem exponencialmente todos os dias »

Usa "exponencialmente" como figura de estilo, espero. Gravidade da situação à parte, não tenho noticia de que a mortalidade esteja a seguir uma progressão exponencial. Há alturas em que é preciso ser criterioso com as palavras.

Cump.

MRocha

Thom disse...

Anónimo das 00:30,

Desde quando a evolução da pandemia pode ser extrapolada de acordo com a população do país?
Veja-se o que aconteceu em Itália, onde a situação foi gravíssima mas relativamente circunscrita a uma região.

Anónimo disse...

As percentagens devem ser feitas tendo em conta o número de habitantes . E sendo assim Portugal não fica atrás do Brasil . Não vale a pena tapar os olhos com a peneira...

Anónimo disse...

Segundo o Anónimo das 00,30, o que é porreiro é a malta andar à balda, como o fascista Bolsonáro promove,inspirado, no padrinho maluco à frente da ainda maior potência mundial. Conclusão. Então, temos que trocar o Costa pelo Bolsonaro. Valha-me Santo Ambrósio.

Lúcio Ferro disse...

O comentador das 00.30 deve ser um lírico, se acha que os óbitos no Brasil são contados de forma rigorosa. Assim, por alto, já devem ser uns 30 mil, para mais que não menos, mas enfim...

Anónimo disse...

Uma achega ao 1º anónimo; não queira comparar o nosso SNS ao sistema brasileiro! Muitos mortos das favelas nem sequer são contabilizados!E as valas comuns, nem lugar há nos cemitérios! Isto que está a acontecer não é nada, espere-lhe pela volta! O que se passa no Ministério da Saúde bolsonarista é revelador do desconchavo e a oposição aos governadores reveladora de uma mente insana!

Luís Lavoura disse...

É preciso fazer algumas contas. O Brasil tem 209,5 milhões de habitantes, com uma esperança média de vida de 75,46 anos. Dividindo, conclui-se que morrem no Brasil em média 7600 pessoas por dia.

Portanto, se ontem morreram 1300 pessoas com COVID, isso foi um acréscimo de 17% em relação à média. Isso é muito, sem dúvida, mas não é nada de mais - é mais ou menos o mesmo, creio eu, que uma temporada severa de gripe.

(Não estou a dizer que a COVID é gripe, muito menos que é uma gripezinha. Estou a dizer que o número de mortos que ela está a causar no Brasil é mais ou menos o mesmo que uma temporada de gripe forte causaria. Ou seja, que não é nada de inusual.)

Anónimo disse...

Giro, giro, é ver as estatísticas que a Google atualiza a cada vinte minutos. Em termos de contaminados, temos os EUA, depois, a Rússia e, em terceiro, o Brasil. Vá-se lá saber porque razão, o "camarada" Putin passa por entre os pingos da chuva. Menos população que o Brasil, melhores condições de vida, mais tecnologia e recursos mas... mais contaminados. E o presidente da câmara de Moscovo (deve ser fascista), a dizer que os números de mortos são uma treta (porque são muito mais).

Mas! Se nos EUA e Brasil há problemas, a culpa é dos presidentes. Se na Rússia os há, a culpa é... Bom, na Rússia não se fala.

Continuamos a olhar para os números e que vemos? Que países do primeiríssimo mundo (e com muito menos população) têm mais mortos do que o Brasil (Espanha, Itália, França, Reino Unido...). Em todos o que acontece é "azar" (menos no RU, porque, aí, a culpa é do Boris - mesmo que a ideia inglesa não fosse muito diferente da sueca).

Mas, se uma análise aos números, tendo em conta a população dos países e os recursos ao seu dispor, não dá jeito, então, recorre-se ao diz que disse. O diz que disse que nos faz pensar numa tragédia no Brasil mas que nos faz ignorar o que se passa na Rússia. Porquê? Porque, para além da batalha contra o vírus, há aqui uma batalha política feita de facciosismo que exige que qualquer país dominado por "populistas de direita" tenha de ter pior desempenho do que democracias "simpáticas". É uma doença...

Já agora, para os comovidos com as valas comuns... É lógico que quando há muito mais mortes do que aquelas paras as quais os serviços públicos estão preparados, e há necessidade de nos vermos livres dos corpos o quanto antes e há muita gente pobre e "anónima" a morrer, as valas comuns são usadas. Também o foram em Nova Iorque e não consta que Nova Iorque seja uma cidade o terceiro mundo onde tudo falta por causa do presidente.

Haja tino e, sobretudo, haja a decência de esperar pelo fim da "festa" para fazer contas, em vez de estar a usar a desgraça alheia para birras políticas.

João Cabral disse...

«Covid-19: na última semana a Suécia foi o país com mais mortes per capita da Europa
Números surgem quando há novas críticas ao modo como são tratados doentes nos lares de idosos. O modelo sueco não parece também trazer grandes vantagens económicas.»
https://www.publico.pt/2020/05/20/mundo/noticia/covid19-suecia-ultrapassa-reino-unido-pais-mortes-capita-europa-1917424

Renato Rodrigues Pousada disse...

Os dados da mortalidade do Covid-19 na Itália que são muito controlados sugerem que esta esteja menos representada do que é efetivamente sobretudo nas zonas onde a distribuição do contágio foi muito alta. Não se sabe se esses mortos são todos devidos ao Covid-19 ou se é devido em parte ao facto que os hospitais nas cidades de Bergamo, Brescia, Cremona e Milão para citar quatro dos centros mais atingidos (nestas províncias tem-se entre 250 e 550% mais mortos em relação à média dos últimos cinco anos e somente uns 40% desses totais é atribuído ao Covid-19) eram muito sobrecarregados e outras tipologias de problemas mortais não puderam ser tratados. Ao mesmo tempo a mortalidade em Roma e província desceu 9% em respeito à média dos cinco anos antecedentes e por isso o que se pensa é que os números reais são bem piores na Lombardia. Ora isso até que tenham acabado de fazer o controlo serológico (tipo o que fizeram em Espanha e parece também na Suécia) não se vai poder afirmar com certeza qual é a mortalidade real causada deste vírus mas sugerem que esta esteja entre o 1 e 1,5% dos contagiados.
Porque iniciei a falar da Itália se o tema é o Brasil (mas poderia adicionar outro grande país como a Rússia)? Porque na minha opinião os dados da mortalidade no Brasil são muito mas mesmo muito subestimados. O mesmo que já se diz para os EUA... E a história vai deixar escrito que o presidente do Brasil no tempo da pandemia mais grave que tocou a humanidade nos últimos cinquenta anos foi diretamente responsável do caos humano que ali continua a criar-se.
No que respeita à minha terra madre não sei se Portugal agiu bem ou mal (descobriremos somente vivendo) mas aqui em Itália dizem que considerando o estado do sistema sanitário português (e de qual púlpito!) foi um milagre ter somente 1330 mortos como indicado no site da John Hopkins University para o dia 25/05/2020, só comparável a países muito mais ricos como a Alemanha e a Suíça e muito melhor do que países ricos como a Holanda e a Suécia que quiseram fazer um lockdown mais ligeiro mas tiveram danos sanitários e económicos como outros países que o fizeram ... demonstrando se ainda fosse necessário a interconexão da economia europeia e mundial.
Por isso não há maneira de meter a coisa doutro modo: o Brasil está numa situação de desastre completo...

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