Há quem ache pouco prudente centrar um debate parlamentar num tema tão nojento como o que foi introduzido por um dos deputados da direita radical. Interrogo-me sobre se, afinal, não pode ser bem pedagógico ver a casa da democracia reagir, com voz dura, àquelas isoladas baixezas.
3 comentários:
Isoladas baixezas, felizmente
Qual é o tema nojento? Os ciganos? É natural que não incomode quem vive longe deles. Basta de hipocrisia!
Não é a minha sensibilidade. Movimento-me em meios, nomeadamente operários, onde encontro muito quem se regozija por "finalmente" ouvir no Parlamento aquilo que lhe vai na alma. E qt ao deputado em questão, é óbvio que a ele não lhe interessa a razoabilidade do que propõe, mas apenas a capacidade de marcar a agenda, coisa que, convenhamos, tem conseguido e com inegável sucesso, ou não teria ultrapassado o PCP nas sondagens. Na prática estamos perante uma das grandes fragilidades das democracias: a ingenuidade de imaginar uma sociedade como um areópago de racionalidades. Como é óbvio, também não sei como isso se resolve. Mas tenho a suspeita que a "voz forte" só serve para arregimentar novas milícias para os projectos venturinos. E ficarei muito feliz se estiver enganado.
MRocha
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