Um dia, um almoço em São Bento de um antigo primeiro-ministro português foi interrompido: uma chamada telefónica do seu contraparte italiano, Sílvio Berlusconi. O político português regressou minutos depois, com um grande sorriso, revelando o motivo da breve conversa. Berlusconi tinha acabado de vê-lo na televisão e queria dizer-lhe que a gravata que ele utilizara era inadequada, oferecendo conselhos na matéria.
segunda-feira, junho 12, 2023
Berlusconi
Um dia, um almoço em São Bento de um antigo primeiro-ministro português foi interrompido: uma chamada telefónica do seu contraparte italiano, Sílvio Berlusconi. O político português regressou minutos depois, com um grande sorriso, revelando o motivo da breve conversa. Berlusconi tinha acabado de vê-lo na televisão e queria dizer-lhe que a gravata que ele utilizara era inadequada, oferecendo conselhos na matéria.
domingo, junho 11, 2023
Bola
Esperanças
O cartaz
sábado, junho 10, 2023
"Hoje jogo eu"
Há muitos, mesmo muitos, anos, costumava ler "A Bola", com regularidade e interesse. Hoje sou, em absoluto, incapaz de abrir qualquer jornal desportivo, nem sequer para fazer horas num café: não me desperta o menor interesse. E já tentei, confesso.
sexta-feira, junho 09, 2023
Pronto! Acabou a (minha) Feira!
Afinal, nem a vinte livros chegou! Para o ano há mais!
Como já não sei o que é feito do meu velho exemplar do "Retrato dum amigo enquanto falo", de Eduarda Dionísio, comprei outro, para recordar. A discreta autora, uma figura muito interessante, morreu há dias.
Eu, Pangloss
A Inglaterra comemora o nascimento do soberano, na França é a revolucionária queda da Bastilha, na Espanha é o dia da Hispanidad (que por cá se lembrasse da "portugalidade" ia logo corrido a "facho"), na Rússia e na China mantiveram a data da consagração como repúblicas socialistas, os EUA têm a declaração da independência, na Itália é o dia jubiloso em que a monarquia foi por água abaixo. Nós, temos um funeral!
Para nos redimirmos do modo como a ditadura tratou os portugueses que tiveram de ir, por aí fora, tratar da sua vida, depois de Abril juntou-se à designação o nome do morto e "... e das Comunidades Portuguesas", como se estas não fizessem parte de Portugal.
Nestes dias de divertida auto-flagelação nacional, de "bota-abaixismo" militante e endémico, eu decreto, por este blogue: por algum tempo, nos comentários que deixarei publicar, só aceitarei pensamentos (sinceramente) positivos e otimistas. Podem continuar a chamar "choldra" e "piolheira" ao país, como fazia um rei qualquer. Usem os vossos blogues, as vossas páginas de Facebook, o Manuel Acácio e as caixas de comentários do "Correio da Manhã". Aqui, não!
Por isso, atenção: reformados tristonhos, de onde geralmente sai a legião escrevinhadora da acrimónia e das vesículas estragadas, abstenham-se de escritas fora do mundo dos sorrisos e da boa-disposição. Não vou ao ponto do exagero do chefe do Estado (é assim que se escreve e não chefe "de" Estado, aprendam), que acha que somos os melhores do mundo. Mas, pronto, andamos lá perto!
Ah! E viva Portugal, claro!
Guiné
O espelho
Já agora!
O mono
O olhar de fora
Injustiça
Rabo de Peixe
quinta-feira, junho 08, 2023
Kakhovka
O "Le Monde" com data de amanhã traz um impressionante retrato do desastre ecológico resultante da destruição da barragem de Kakhovka. A ser verdade o que ali se escreve, estamos perante ums catástrofe da maior gravidade.
Preso por ter cão...
Barbaridade
Outros tempos
Sei lá bem porquê, ao surgir-me, num acaso da net, esta capa do DN, deu-me para ir à procura de uma música. E senti-me bem! Ouça aqui.
Patamar
Do algodão
Guerra de trincheiras
Comichões
Notícias do caos
quarta-feira, junho 07, 2023
E o papa?
Falando da Ucrânia
terça-feira, junho 06, 2023
Ficha na Pide
Há mais de uma década, numa passagem pela Torre do Tombo, inquiri sobre se que, nos arquivos da PIDE/DGS, haveria alguma informação a meu respeito. Foi-me dito que sim, tendo mesmo obtido o número de referência sob o qual esses dados estavam registados.
O porto que Lisboa é
segunda-feira, junho 05, 2023
Nomenclatura
É com a passagem do tempo num consultório médico que percebemos, finalmente, por que razão somos designados por "pacientes" e o lugar onde aguardamos que nos chamem se designa por "sala de espera".
"Piauí"
O primeiro texto deste número começa assim:
domingo, junho 04, 2023
O segredo de Ansón
Rafael Ansón é, desde há muitos anos, uma figura muito conhecida da vida pública espanhola. Hoje com 87 anos, mantem-se como o "papa" da Gastronomia espanhola, que lhe deve um extraordinário trabalho de promoção.
Juros
"A Cozinha do Manel"
Na noite da passada sexta-feira, no Grémio Literário, ao restaurante "A Cozinha do Manel", situado na rua do Heroísmo, no Porto, foi atribuído pela Academia Portuguesa de Gastronomia o prémio Maria de Lurdes Modesto, que anualmente homenageia um restaurante que se destaque na área da cozinha tradicional portuguesa.
sábado, junho 03, 2023
O cambão
sexta-feira, junho 02, 2023
Saber viver com a diferença
"Procuro..."
"Amarra ó Tejo"
Chama-se "Amarra ó Tejo" e tem, muito provavelmente, a melhor vista sobre Lisboa que qualquer restaurante pode ter - o Miradouro de Almada. Fica na zona antiga da cidade, no Jardim do Castelo, com acesso junto à igreja de Santiago, ao lado do coreto. Para lá chegar, atenção!, é necessário deixar-se conduzir pelo GPS e, depois, ter a sorte de encontrar um lugar para estacionar, em alguma das ruelas próximas. Mas, pela vista e pela comida, vale bem o esforço: a lista é muito bem construída e com mão de quem sabe da poda, com um conjunto de entradas apelativo e diversificado (infelizmente, desta vez, não nos deu para ir por aí), com os peixes e coisas correlativas (foi a nossa escolha, de que nos não arrependemos) a dominarem sobre as opções em matéria de carnes, com uma lista sobremesas bem recheada (as que foram provadas estavam excelentes) e uma carta de vinhos não muito longa, espelhando várias representações regionais, marcada por uma cada vez rara honestidade nos preços. O serviço foi competente, cortês e discreto. O preço esteve perfeitamente na média que se justificava, atenta a qualidade daquilo a que tivemos direito. Se a tudo isto somarmos o fim de tarde soberbo que nos calhou em rifa, já estaria feita a festa. No meu caso, juntei-lhe um belo grupo de amigos cuja conversa se prolongou até às horas de fecho da casa. A "outra banda" vale a pena, acreditem!
quinta-feira, junho 01, 2023
quarta-feira, maio 31, 2023
"Crónicas de Lisboa"
terça-feira, maio 30, 2023
O patife
O autor serviu no Exército que estava em Goa, foi preso durante seis meses pelas forças indianas e, como muitos outros militares portugueses, foi menos bem tratado pelo regime, depois do seu regresso a Portugal. A sua magnífica carreira militar posterior terá compensado o tempo traumático em Goa, que, com grande rigor, deixou por escrito.
Na apresentação que fiz, procurei contextualizar a invasão indiana de Goa nesse "annus horribilis" que 1961 foi para a ditadura portuguesa, quer no plano interno, quer no quadro internacional.
Destaquei, em particular, o cinismo do ditador, o qual, não obstante ter a plena consciência de que os meios militares ao dispor das Forças Armadas portuguesas que estavam em Goa eram, em absoluto, insuficientes para deter um qualquer ataque, não hesitou em enviar ao governador instruções que incluiam esta sinistra frase: "Não prevejo possibilidades de tréguas nem prisioneiros portugueses, como não haverá navios rendidos, pois sinto que apenas pode haver soldados e marinheiros vitoriosos ou mortos".
Na resposta, o governador e comandante-chefe destacou "a desproporção das forças em presença, a fragilidade do dispositivo de defesa e a exiguidade dos meios em pessoal e material postos á nossa disposição".
Francisco Cabral Couto destacou, na ocasião, alguns aspetos do seu texto e, hesitando na escolha do vocábulo, com a contenção própria do militar de honra que sempre foi, concluiu a sua curta intervenção dizendo: "Salazar foi um patife!" E foi mesmo.
segunda-feira, maio 29, 2023
O impedimento
Hoje, estive na Universidade Fernando Pessoa, no Porto, a apresentar uma comunicação num congresso sobre Ciência Política e Relações Internacionais. E recordei a primeira vez que lá não fui. Eu explico.
domingo, maio 28, 2023
"O que os portugueses querem..."
Palavra
O partido das maiorias
No 28 de Maio
Há um mito, na política portuguesa contemporânea, de que uma determinada pessoa foi convidada por engano para um cargo ministerial, por ter um nome idêntico ao de alguém que era o verdadeiro destinatário do convite. Já está mais do que provado que essa historieta não tem pés para andar, mas, no entanto, tenho-a visto repetida como se fosse verdadeira. Talvez por ter graça...
A propósito da data de hoje, 28 de Maio, dia do funesto golpe militar, em 1926, conta-se que o general Gomes da Costa, depois de se ter desembaraçado dos seus colegas de conspiração, e pouco tempo antes de, ele próprio, ser posto com dono, recebeu os seus novos ministros. Ao cumprimentar aquele que ia ser o primeiro ministro da Saúde da ditadura militar, ter-lhe-á dito: "Tinha ideia de si como uma pessoa mais velha". O novo governante terá respondido: "Deve estar a confundir-me com o meu pai". E lá foi ele tratar da Saúde aos portugueses...
Os velhos turcos
Com a cabeça na lua
sábado, maio 27, 2023
Multilateralismo
Na passada quarta-feira, na Universidade Autónoma de Lisboa, dei uma aula sobre Multilateralismo. Foi mais de uma hora e meia, com um grupo de alunos interessados e interventivos. Se a professora Sónia Sénica não tivesse colocado um ponto final ao debate, aquilo tinha-se prolongado sabe-se lá até quando!
sexta-feira, maio 26, 2023
De Polichinelo
Vou contar um segredo de Polichinelo, que muito jornalista e político sabe, mas que a generalidade do público desconhece. Tem a ver com cerimónias, comícios ou discursos públicos, quando cobertos, em direto, pelas televisões.
Haver, há!
Ferro Rodrigues no "Público"
quinta-feira, maio 25, 2023
quarta-feira, maio 24, 2023
Outra coisa
A pessoa que, lá ao fundo, falava, dizia coisas sobre Natália Correia. Estranhei, mas só um bocadinho. Por entre as cabeças, tentei descortinar o inconfundível cabelo da Catarina Carvalho, que me convidara para a sessão. Sem êxito. De um dos autores do livro cujo lançamento ali me levava, o José Ferreira Fernandes, nem rasto. Quase não parecia ali haver nenhum homem! Era um mar de mulheres! Atentei então melhor no que era dito pela senhora que usava da palavra: falava sobre os motivos da sua decisão de escrever uma biografia sobre Natália Correia!
Ó diabo! Agarrei no iPad, escrevi no tio Google "Ferreira Fernandes" e "Brasileira", na última semana, e lá estava, claro como a água: o lançamento do livro era na Brasileira, às seis e meia da tarde, na quarta-feira... dia 31 de maio, daqui a uma semana!
Acabei a cerveja e o "éclair", pedi a conta à empregada e desculpa à senhora do lado, e saí de fininho. Não é que me não interesse uma biografia da Natália Correia! Antes pelo contrário! Mas, hoje, eu ia ali por outra coisa. E uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa.
ps - a Catarina e o Zé que me desculpem se, lá para o fim do mês, não estiver na Brasileira. Já estive!
Depois, queixem-se!
terça-feira, maio 23, 2023
Reverar?
segunda-feira, maio 22, 2023
Os 25 anos da Expo
Ora eu, na realidade, só fui à Expo, como visitante, um único dia. Estas 10 vezes que vêm hoje referidas nas notícias representaram o acolhimento que me coube fazer a 10 ministros ou dignitários de outros tantos países, no respetivo dia nacional, com a cena dos hinos e do hastear das bandeiras, passagem ao filme de apresentação (que já sabia de cor) no Pavilhão de Portugal, com a Simoneta da Luz Afonso a ter de repetir a sua explicação, subida ao primeiro andar, um Porto ou um Madeira branco (eu pedia sempre um Douro tinto), ida para a mesa, débito de um discurso inventado sobre o país em causa e sobre a conhecida "excelência" das nossas relações bilaterais, seguido do ritual almoço "ex officio". Depois, ala que se faz tarde para o trabalho, porque ninguém o fazia por mim.
Foi uma belíssima realização, saída da genialidade de António Mega Ferreira e Vasco Graça Moura, com o apoio de Cavaco Silva e o empenhamento de António Guterres. O país gostou, os estrangeiros também, os erros de Sevilha foram evitados e lá está hoje o Parque das Nações, nome saído de um conselho de ministros, já no final da Expo, a que, por acaso, estive presente e no qual tive a ousadia de propor, com o resultado que se viu, o nome de "Parque do Oriente", por algumas razões que então adiantei, quando mais não fosse, para homenagear o estimável Clube Oriental de Lisboa...
Ainda Cavaco
domingo, maio 21, 2023
Estaline
"Quem quer regueifas?"
Sou de um tempo em que, à beira da estrada antiga entre o Porto e Vila Real, havia umas senhoras a vender regueifas. Aquele pão também era p...