domingo, junho 11, 2023

O cartaz

Não, não vou reproduzir aqui os cartazes dos professores na Régua. Fico à espera do que, sobre eles - sem "mas" nem "porém" nem "no entanto" -, alguns visitantes deste espaço tenham a dizer.

19 comentários:

Flor disse...

São nojentos! Outros pedem respeito mas são eles próprios que estão a faltar ao respeito.

Rui C.Marques disse...

Vergonha !

Anónimo disse...

Passem uma semana numa escola e verão que o cartaz representa o nível de número considerável de professores.

balio disse...

Vergonhosos. Aliás, como vergonhoso é realizar uma manifestação sindical no Dia de Portugal.

Manuel Pacheco disse...

A quem estão confiadas as nossas crianças.
A uma classe de arruaceiros - digo classe - porque não vejo entre os professores quem condene atitudes racistas como as que viram ontem no Peso da Régua.
O 10 de Junho, Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, é para salientar os feitos de Luís de Camões e outros poetas sobre a língua portuguesa e não para a conspurcar como se viu ontem. E chamam a isto professores!
No meu tempo de escola primária vi professora/es a chorar por alguns seus alunos não assemelharem o seu ensinamento. Queriam o máximo de nós: respeito e aprendizagem. Hoje é o contrário. São os professores que demonstram que o ensino é uma escola de malcriadagem.
Tenho pena e lamento pelas nossas crianças.

afcm disse...

Quaisquer que sejam as razões e as muitas ( e exarcebadas )emoções dos Autores dos cartazes, não há causas de exclusão da ilicitude e da indecência no acto.
A decência está cara, no nosso país.Poucos assumem naturalmente e sem denodo o preço.
É triste e assustador.

(penso que o Decreto foi revogado ?)

Anónimo disse...

Fernando Neves
As greves selvagens de professores que destruíram o que podia ter sido o primeiro ano lectivo normal da geração de crianças traumatizadas, segundo os peritos, pela pandemia, é, esse sim, o mais grave caso da nossa vida política, não quem falou a quem é a que horas. Revela ainda a total falta de valores, de princípios, de civismo, de sentido de responsabilidade, de quem ensina as nossas crianças. Isso a nossa comunicação anti-social não denuncia. Não rende

Francisco de Sousa Rodrigues disse...

Que miséria!
Estas corporações que mandam no país há se houvesse coragem política há muito que estavam no devido lugar, o de perceberem que com algumas razões que tenham, têm benefícios que a maior parte dos seus concidadãos não têm, nomeadamente em termos de segurança laboral.
E, sim, há um número mais que desejável dos que em pouco ou nada contribuem para fazer o cumprimento dos valores da Escola Pública.

manuel campos disse...


Não percebi a simbologia associada ao cartaz.
No tempo de Passos Coelho houve algumas situações equiparáveis mas bastante mais subtis na sua expressão, até porque acho que da subtileza se esqueceu de vez o significado.

Mas não percebi também porque não quero perceber, há situações tão más que o írmos mais longe não nos adianta nada, quando começamos a descer, achamos que já não há mais para descer e descobrimos que ainda há mais duas sub-caves e um acesso a uma antiga galeria romana, é melhor ficarmos por aí.
E é melhor ficarmos por aí porque, no fim, voltarmos para cima vai ser muito penoso, voltar onde estávamos é sempre difícil, quando conseguimos voltar.

Com netos na universidade e mais além (como diria o Buzz Lightyear) já não tenho que me preocupar “directamente”.
Mas acontece que a maior parte das pessoas da minha idade tem netos bem mais novos que os meus e, se não ouço mais histórias, é porque com menos ou mais sacrifícios deles e dos filhos, os foram mudando rapidamente para os colégios privados.
Quem tem filhos e netos quer o melhor para eles e bem se está borrifando para as ideias peregrinas dos que, não os tendo (de facto ou de jure), se deixam embalar pelos “amanhãs que cantam” sem se darem nem por um instante conta da desafinação que por lá vai inevitavelmente imperar.

Gosto de livros de crónicas, como ontem aqui disse, tenho aqui vários (em francês) saídos no início nos anos 90, já nem faço ideia onde os comprei, tenho ideia que foi na livraria do “Institut Français du Portugal”, quando ainda estava na Av. Luis Bívar.
Por um puro acaso tinha estado a semana passada a reler algumas publicadas no “Le Monde” e escritas no fim dos anos 80.
Houve uma que reli pois a ideia pareceu-me interessante.
Dizia o autor que havia uma alteração significativa na abordagem que agora (na altura) era feita pelos professores do ensino público (e que acabou por se estender a muitas outras áreas, como sabemos todos hoje).

Passou-se assim, em termos genéricos e para simplificar, do slogan sindical do tipo “Ganhamos mal, queremos ganhar mais porque o merecemos” para o “Ganhamos mal, queremos ganhar mais para proporcionar um melhor ensino aos estudantes porque eles o merecem”, pondo assim a população em geral como garante da justeza das suas lutas e a grande beneficiária das mesmas.
As consequências disso, aliás muito bem pensado, foi durante uns bons anos um apoio aos professores bem evidente (e merecido por esses tempos), apoio esse que depois se estendeu a várias outras áreas pois a ideia, sendo boa, a todos servia (incluindo à dita população em geral).

(Continua, a caixa não encolhe mas eu estico)

manuel campos disse...


(Continuação do capítulo anterior)

Só que entretanto o mundo, não dando voltas mais rápidas, apanhou muita gente cada vez mais entontecida porque a velocidade a que as notícias, as opiniões, as fake news e os comentários de qualquer um (grande Umberto Eco!) desataram a espalhar-se por aí ultrapassa em muito a velocidade a que a mente humana mais informada as consegue absorver, quanto mais a menos informada.
E o que parecia controlável deixou de o ser, com a agravante no caso específico da Educação (e também da Saúde), que os tempos de COVID à solta foram uma machadada tremenda na linha (não brilhante mas constante apesar de tudo) que vinha de trás e que, com a falta de senso geral (já nem me atrevo a escrever “bom senso") que entretanto se instalou, acaba a ser aproveitada da pior maneira por gente que diz representar os professores mas que não sei se os professores se sentem por eles representados, o ar dos tempos é “não fazer ondas” quando os outros berram mais alto.

A geração que por lá anda hoje em escolas e liceus é uma "geração perdida", na pior altura da vida da Europa dos últimos 80 anos que se podia ter.
E o “elevador social” ainda ficou mais lento para os mais desfavorecidos, precisamente aqueles que se invoca estar a defender.
Tudo isto tem um ar "místico", com toda a conversa dos sacrifícios de hoje serem pelo que de bom o futuro lhes trará, ainda que alunos e famílias não estejam bem a ver como.

Como adicional devo dizer que, no caso da Saúde, os profissionais sabem que estão a lutar por vidas “hoje” e desdobram-se, quantas vezes com grande sacrifício da vida pessoal, não abdicando das suas lutas.
Estou a falar do SNS em particular, é assunto que conheço muito bem, bem demais e como poucos, na minha condição de acompanhante permanente, que aqui já tenho referido, andei os últimos 10 anos por lá.

Carlos Antunes disse...

A Fenprof do Prof. Mário Nogueira que há mais de 30 anos não exerce a função de docência para a qual foi formado à custa da escola pública paga pelos impostos dos portugueses, veio hoje, demarcar-se dos cartazes.
O problema é que as imagens não mentem. Os cartazes com as caricaturas eram empunhados por professores com t-shirts num local em que a Fenprof era a única representação sindical em protesto. A Fenprof vir agora demarcar-se daquelas imagens, considerando que os professores que as exibiam não pertenciam à organização sindical e falando que “para se exigir respeito é necessário saber respeitar”, é o cúmulo máximo da hipocrisia.
PS: O PR-Marcelo, em vez de condenar o desrespeito da Fenprof para com o 1.º Ministro, em plenas comemorações do dia de Portugal, ainda teve o desplante de se lhe dirigir e dar um abraço ao manifestante Mário Nogueira respondendo-lhe com um enigmático “vamos ver”!
Se calhar, “o ramo morto que atinge a árvore toda” e que é preciso cortar, mora no jardim de Belém!

Anónimo disse...

Acho que o Sr. Pacheco “assimilou” mal o que lhe foi ensinado na instrução primária….

jj.amarante disse...

Um cartaz com uma caricatura de um ser humano com lápis espetados nos olhos devia ser objecto de inquérito sobre discurso de ódio. Os organizadores e os participantes daquela manifestação de professores não merecem respeito.

aguerreiro disse...

estavam a ver-se ao espelho! Para o caso não está mal de todo, é o retrato da Maioria quem lhes dera ser leitão ou leitoa

Unknown disse...

Os cartazes são execráveis. No entanto, o " no entanto " e o "porém" são importantes. O clima insalubre que se vive dá azo a esta falta de respeito. E sorrisos cínicos quando a casa está a arder. Alguém imagina este tipo de cartazes com Cavaco Silva?

adelaide saraiva disse...

Sou professora e sinto uma profunda tristeza por aqueles cartazes serem punhado por quem se diz professor.

manuel campos disse...


O Anónimo das 16.05 é o tipo de pessoa que terá assimilado algumas coisas na instrução primária (não se sabe se muitas ou poucas, com tão pouca escrita) mas que manifestamente não assimilou uma maneira de estar na vida menos ridícula.

J Carvalho disse...

Aquilo não são bem professores. É uma espécie de gente egoísta, desonesta, uma vez que usa o poder que tem para defender interesses próprios, sem cuidar dos alunos e ainda por cima mentindo, uma vez que dizem defender a escola pública quando o que os move é quererem chegar todos ao topo da carreira ou seja o dinheiro, a pensão de aposentação. É esta gente que tem sido levada ao colo pela comunicação social. Porquê? Porque, admito, muitos da comunicação social têm fortes ligações familiares com professores, logo estão a defender os seus.

João XXI disse...

Estes professores estão a transformar a Escola Pública numa Escola Sócial.
A classe média do Porto e de Lisboa, de Braga, Coimbra e de Leiria tem os filhos a estudar no privado.
No Porto e em Lisboa há mais escolas privadas do que públicas.
Os sindicatos dos professores estão a destruir a Escola Pública.

O futuro