quarta-feira, maio 24, 2023

Depois, queixem-se!

O justicialismo paranóico, imagem de marca de muita da comunicação social portuguesa - que alegremente junta, no mesmo caldeirão, rumores, suspeitas, meias-verdades e raramente factos provados -, é pasto fácil para um populismo que pode vir a destruir o regime democrático.

4 comentários:

Maria João disse...

Não é depois, Senhor Embaixador. Queixamo-nos já agora. E não é do justicialismo paranóico. Perdoará a expressão desabrida mas ... que topete!

Carlos disse...

A TVI encheu os noticiários com uma “reportagem” sobre um trabalho de “investigação” acerca do processo Tuti-Frutí com profusa utilização de escutas e dados sobre contas bancárias de várias pessoas. O ponto de partida é uma alegada denúncia anónima e as peças abundam na referência a alegados escândalos autárquicos envolvendo personalidades dos dois maiores partidos PS e PSD. NOS 2 primeiros episódios os visa dos são personalidades do PSD que nas escutam alegam a complacência de Fernando Medina e Duarte Cordeiro em relação na formação das listas eleitorais para as juntas de freguesia.

Ora esta investigação está em curso há 8 anos com uma série de diligências realizadas em 2018 - isto é há quase 6 anos. Alguém me explique como é que o ministério público não conseguiu deduzir acusação mas faculta acesso aos resultados das 11 mil páginas da investigação para criar uma narrativa que é colocada deste modo na praça pública?

E não há responsáveis? Estamos perante inimputaveis?

manuel campos disse...


Leio por aí em título e letras grandes que a França proibiu alguns voos internos por causa das alterações climáticas, isto sempre que haja uma alternativa ferroviária e os percursos demorem menos de duas horas e meia de comboio.
Depois fui ler a notícia, que é um passo que já reparei que nem toda a gente dá, ficar pelas “gordas” é considerado informação suficiente para mais pessoas do que se imagina (a que se junta 10 minutos depois já nem se lembrarem muito bem do que leram dado que leram muitos títulos sobre muitos assuntos).

Como há muitas excepções a medida levou a que terminassem três ligações que já tinham terminado todas em 2020 por causa do Covid, o que não impediu o ministro competente de dizer que espera que outros países sigam com medidas semelhantes.
No entanto, para não terem que ser retomadas as ligações um dia, há que construír uma linha de alta velocidade que, por enquanto, está ainda na fase de planeamento (e a companhia aérea já disse que sim desde que a compensem, claro).
Portanto não é uma medida drástica nem corajosa, há antecedentes que a ajudaram a tomar e está dependente de projectos ainda no papel.

É um caso como tantos outros.
O que vale é que os ministros passam, os problemas ficam e já ninguém se queixa, a indiferença e a resignação tomaram conta deste nosso mundo.
E é isso que está a destruir os regimes democráticos.
Sempre foi isso que destruíu os regimes democráticos.

Anónimo disse...

" O ponto de partida é uma alegada denúncia anónima"
As denúncias anónimas impressionam-me profundamente. Parece que basta telefonar...
E, pelo que leio, já há várias instituições de Ensino Superior com Comissõs destinadas a receberem denúncias anónimas dos mais variados tipos de assédio. As que ainda não têm são criticadas.
Impressionou-me também, e muito, o caso do Professor Pliassov e, sobretudo, o silêncio da Universidade.
Zeca

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