terça-feira, dezembro 20, 2022

Portar

Muitos aceitam a imigração, “desde que eles se portem bem”. O grande teste à xenofobia é sempre este: estamos dispostos a aceitar os estrangeiros, mesmo que se “portem mal”? Tal como aceitamos os portugueses que se ”portam mal”?

8 comentários:

José disse...

O teste seria este:

estaria disposto a aturar em sua casa comportamentos de vizinhos que não aturaria a filhos?

João Cabral disse...

Senhor embaixador, no limite, o que propõe são portas abertas, independentemente de quem entra. E depois logo se vê. É assim? Suponho que não escancare a porta de sua casa a quem queira entrar.

manuel campos disse...


Aceitamos, quem?
Todos nós, muitos de nós, alguns de nós, poucos de nós?
Eu não aceito os portugueses que se portam mal do mesmo preciso e exacto modo como não aceito os estrangeiros que se portam mal.
Levar esta questão para a xenofobia em termos genéricos é reduzir a questão a sermos uns bonzinhos e outros mauzões.

Anónimo disse...

Aceitar não é igual a permitir, legitimar e apoiar o incorreto e o prejudicial aos demais só porque não são portugueses. Haja bom senso!

Luís Lavoura disse...

Depende de há quanto tempo os estrangeiros cá estão.

De uma pessoa que só cá vem passar um ano, esperamos um comportamento impecável. É uma visita, um hóspede, e tem que se comportar como tal. Não está na casa dele.

De uma pessoa que já cá vive há dez anos, diremos que Portugal já é o país dele, e que tem o direito de se portar tão mal como alguns portugueses.

Francisco de Sousa Rodrigues disse...

Talvez se deva formular mais na linha de se achamos que um comportamento desadequado por parte de um imigrante é agravado face ao mesmo comportamento por parte de um português. Obvio que não!

Tenho pouca vocação de para me arvorar em guarda noturno para me preocupar com a quantidade de pessoas que emigrem para o nosso país, pelo contrário o facto de Portugal ser escolhido só atesta os bons padrões de qualidade de vida que proporciona.

Sérgio Nunes disse...

Há quem respeita e há quem não respeita.
Tolerância para todas as diferenças.
Menos tolerância para quem não respeita.
Os nossos filhos não devem ter a mesma "liberdade" na casa dos outros, como naturalmente têm na nossa.

Francisco de Sousa Rodrigues disse...

Oops, passados estes dias é que li bem o que escreveu, repeti a linha de pensamento, corretíssima (imho), do Sr. Embaixador.

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