sexta-feira, dezembro 30, 2022

Lápis azul

Vivemos, há quase meio século, em democracia. Portugal é tido, pelo mundo, como um país respeitador da liberdade de expressão. Não obstante isso, em 2022, continuamos a ler, nas redes sociais, pessoas a reclamar que se cale a voz de quem não pensa como elas. Viva a Comissão de Censura?

5 comentários:

José disse...

Isto está mesmo mal se é preciso ir buscar as redes sociais para alimentar o discurso apocalítico do "nós contra a barbárie".

As redes sociais são as mesmas que elegem como fascista qualquer pessoa que discorde da ideologia woke. Que apelam ao cancelamento de quem enfrente os "influenciadores" políticos, que propagandeiam a ignorância, a vaidade, a estupidez e todo o tipo de teorias loucas e que promovem a estrelas quaisquer imbecis que gritem mais alto do que os outros.

As "redes sociais" não contam. O que quer que se escreva nelas não conta. E, se contasse, mais facilmente seríamos remetidos para uma qualquer "sessão de esclarecimento" do PREC do que para a Comissão de Censura.

João Cabral disse...

Não é só em Portugal, senhor embaixador, o politicamente correcto e o policiamento da linguagem andam aí por todo o Ocidente. Muito graças à extrema-esquerda (não se esqueça disso quando a aligeirar em publicações).

manuel campos disse...


Um “off-topic”, com as minhas desculpas.
Quando temos o hábito de nunca nos deitarmos antes das 4 da manhã e ainda o hábito não menos saudável de darmos uma ou duas voltas pelos nossos “locais de culto” (jornais de todo o mundo e os poucos blogues que ainda contam) ali pelas 2 ou 3 horas a.m., deparamo-nos por vezes com textos totalmente inesperados, ser surpreendido a partir de certa altura da vida é saudável, sinal de que “les petites cellules grises” ainda funcionam.
Muitas vezes apetece-nos responder, transmitir o nosso pensamento, explicar porque concordamos ou discordamos do espírito que enforma o texto, apesar de sabermos que aquilo não nos é dirigido só a nós, é para todos os que o lêem.
Preparamos então um pequeno texto numa folha Word, vai-se limando as arestas reais ou só existentes no cuidado que queremos pôr no que dizemos, não andamos cá para criar inimizades mesmo que anónimas, são as amizades que fazem a nossa felicidade.
E no momento de fazer copiar/colar o sistema responde “Oopps”, perdeu-se o momento de remate de tanto cuidado que se teve.
E continuamos a ouvir a “Oratória de Natal” de J.S. Bach até ír para a cama, como todas as obras dele uma eterna panaceia para mim, chegado ao fim já tudo o resto é secundário.
Um excelente 2023 para si e para todos os que por aqui me aturaram estes meses.


maitemachado59 disse...

Manuel Campos

Eu nao "o aturo: e um dos contribuintes que eu mais aprecio.

Excelente 2023 para si e sua familia

maitemachado59

manuel campos disse...


maitemachado59

De facto este meu comentário de hoje é o desabafo de quem leu algures um texto que não esperava ler, considerei que nada daquilo que estava a ler fazia sentido, que o autor daquele texto não podia ser o mesmo que leio com prazer há anos, confiante na coerência dos seus escritos, no rigor das suas análises, no seu humor umas vezes mais subtil e outras mais corrosivo mas sempre franco .
Foi aí que me pus a escrever, como acima contei, mas não consegui publicar o meu comentário, o artigo original já não estava lá, desapareceu naquele intervalo, suponho que o próprio autor -com todo o bom senso que lhe reconheço- se tenha dado conta de que algo ali não batia certo, que aquela não seria uma boa ideia a transmitir, creia que foi um alívio para mim, quantas vezes considero que não devia ter escrito isto ou aquilo daquela maneira mas não tenho maneira de voltar atrás senão explicando tudo outra vez, cheira sempre a desculpa esfarrapada.
Por razões várias tinha decidido afastar-me uns tempos da escrita, a escrita ocupa-nos e distrai-nos muito, mas um não sei quê de desencanto vai-se apoderando de nós a pouco e pouco, umas vezes por motivos óbvios e outras vezes pelas mais estranhas e incompreensíveis razões.
O cuidado que teve em escrever, bem expresso na sua mensagem, fez-me pensar que vale a pena não parar ainda que decerto vá abrandar.

Muito obrigado pelas suas palavras e retribuo os votos de Bom Ano para si e para os seus

Agostinho Jardim Gonçalves

Recordo-o muitas vezes a sorrir. Conheci-o no final dos anos 80, quando era a alma da Oikos, a organização não-governamental que tinha uma e...