segunda-feira, dezembro 12, 2022

E o resto?

Faria muito bem à legitimidade do Parlamento Europeu se procurasse estar atento à ação de alguns deputados que ali funcionam como regulares “porta-vozes” e “influencers” em favor de certos regimes estrangeiros, mesmo que a paga, neste caso, possa não ser material mas apenas em “satisfação” pela cumplicidade política.

6 comentários:

Luís Lavoura disse...

certos regimes estrangeiros

Deve haver muitos eurodeputados que funcionam como porta-vozes e influencers em favor de regimes estrangeiros. O problema é que se pretende singularizar os regimes estrangeiros para os quais é legítimo fazer isso, e aqueles para os quais não é. Pelos vistos, o Catar está na lista daqueles para os quais é ilegítimo trabalhar. Trabalhar para outros, entretanto, será perfeitamente legítimo.

João Cabral disse...

Senhor embaixador, isso não poria em causa a liberdade de opinião? Creio que sim.

Francisco Seixas da Costa disse...

Joâo Cabral. Estranho vê-lo permissivo à propaganda russa

Luís Lavoura disse...

Questiono, se tivesse sido descoberto que a Eva Kailí, em vez de trabalhar para o Catar, trabalhava para Timor-Leste, para a Tailândia, para a Argentina, ou para a Índia, ter-se-ia feito tanto barulho? Seria considerado crime?

Provavelmente seria considerado perfeitamente tolerável que ela trabalhasse a favor de tais países.

Coitado do Catar, digo eu.

João Cabral disse...

Senhor embaixador, decerto conhece aquela máxima, atribuída a Voltaire, de defender até a morte o direito de alguém dizer o que pensa, mesmo que não se concorde. E quanto à propaganda russa, já aqui afirmei que não concordava com as proibições de canais de TV, imprensa e média em geral.

Anónimo disse...

Não é admissível que o parlamento europeu se tenha minado desta forma. Têm que existir filtros no acesso a determinados cargos porque a consequência mais dramática e óbvia de tudo isto é o desacreditar nas instituições na democracia. O que também sucede em Poirtugal.

Agostinho Jardim Gonçalves

Recordo-o muitas vezes a sorrir. Conheci-o no final dos anos 80, quando era a alma da Oikos, a organização não-governamental que tinha uma e...