- Não quero conhecê-la. É russa, da terra do Putin.
A conversa foi à hora do almoço, com uma amiga, em face da proposta de lhe ser apresentada uma senhora de nacionalidade russa.
- Imagina que, no tempo do Salazar, por seres portuguesa, não te queriam conhecer. Gostavas?
9 comentários:
Aí está a verdadeira xenofobia exposta, não a viu, senhor embaixador?
São comparações destas que, à custa de tanto dizer "Meu Deus", ainda me vão tornar crente...
Putin é bem pior, não tem comparação.
E o que é que tem a russa a ver com isso, Unknown?
Pode ter a ver, Sr. Embaixador. Há russos que apoiam a guerra.
Caro Unknown. “And so what?” Cada um pensa o que quiser. Eu também tive e tenho amigos salazaristas.
Meu Pai teve vários "convites" para ír à Rua António Maria Cardoso explicar porque é que íam lá a nossa casa algumas pessoas, pessoas essas que nem sequer tinham estado presas nem sido acusadas de nada, simples suspeitos (com uma excepção, valha a verdade).
E o meu Pai, que tinha estes "entretenimentos" por cá, teve muitas vezes que se fazer passar por brasileiro em locais públicos de Paris ou Londres, onde ía com frequência em serviço nos anos 50 e 60, para evitar ser corrido ao pontapé como fascista só por ser português.
Democratas de antes do 25 Abril vejo cada vez menos.
Mais mundo e menos ideia feitas, precisa-se.
Sr. Embaixador, conseguiria ser amigo de um salazarista mas não de uma putinista, apoiante desta guerra horrenda, o que não quer dizer que seja o caso. De todo o modo, não aprovo a rejeição apriorística, ainda que possa perceber aquela repulsa instintiva.
Uma vantagem do futebol é que, nele, estas regras não valem. Há em Portugal clubes com jogadores russos, ucranianos, iranianos, etc, e ninguém pensa mal disso.
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