Se os proprietários deste café do Porto tivessem visto as tacadas de um bilharista que eu cá sei, na segunda metade dos anos 60, nas mesas do primeiro andar, não teriam fechado a casa. Ou talvez o fizessem, porque o bilharista, a bem d’zer, nunca foi grande coisa… A sério: não tenho saudades, só tenho pena.
sábado, dezembro 17, 2022
Esplendor no verde
Se os proprietários deste café do Porto tivessem visto as tacadas de um bilharista que eu cá sei, na segunda metade dos anos 60, nas mesas do primeiro andar, não teriam fechado a casa. Ou talvez o fizessem, porque o bilharista, a bem d’zer, nunca foi grande coisa… A sério: não tenho saudades, só tenho pena.
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Senado
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8 comentários:
Deve ser por isso que o meu "Café Londres", na Praça de Londres, fechou em 1975 (foi substituído por um "Café de Paris" de muito curta duração).
Nunca tinha pensado nas minhas fortes responsabilidades no caso.
Chegou a ter também uma pista de carrinhos, actividade "desportiva" que teve um período de glória.
Ali mesmo ao pé, na Avenida de Roma e a chegar à Av. João XXI era o histórico "Bólide", onde também houve pistas de carrinhos.
O "Bólide" era um sítio fora do comum para a época, mais conhecido como o "bowling", espaço onde esteve o Cinema Londres até há uns anos e agora é "loja dos chineses", esta última fortemente contestada quando por ali se soube que se vinha instalar naquele espaço "mítico".
Aconselho os que querem saber mais sobre um e outro ou são apenas nostálgicos a pesquisarem no blogue "Restos de Colecção", um blogue notável, com os meus agradecimentos ao seu autor Sr.José Leite, incansável divulgador de um passado que nunca se pode esquecer porque é muito nosso (o blogue tem algumas valências raras de encontrar e muito úteis).
Tenho uma mesa de "snooker" aí numa casa algures no país, mesa que "herdei" de um dos filhos, quando a família começou a aumentar e o espaço ocupado pela mesa a faltar.
E não é por a ter sempre ali que melhorei num "pano verde", já nem a mim ganho!
Como nota final, nunca tive paciência para as pessoas que "se choram" sobre o fim dos cinemas, levavam logo com um "e quando é que foi a última vez que fôste a um cinema?".
Idem para o fim de algumas livrarias, a começar pela "Portugal" na Rua do Carmo que se via logo estar condenada.
No rés-do-chão havia os livros para o grande público leitor e os empregados, nem para mim que lá ía 2 veses por semana, eram particularmente simpáticos.
O grande negócio era estava no imenso 1º andar, onde se encontravam e encomendavam os livros de estudo e as edições de documentação técnica, científica e estatística para universidades e grandes organismos públicos ou privados.
Era óbvio que à medida que à medida que as "Amazon" deste mundo íam crescendo aquele "nicho" íria diminuíndo.
Mas gente a "chorar" o seu fecho e que já não se lembrava há quantos anos não gastava lá um centimo não faltou.
De quando é a fotografia? Que eu saiba, não se estaciona carros em cima do passeio no Porto desta forma, já há muitos anos.
Luis Lavoura. Ontem à noite…
Antes que me batam.
Vezes não é com "s", o "grande negócio" era ou estava (riscar o que não interessa), "à medida" duplicado é francamente exagerado.
É no que dá não ter revisto o texto, como é hábito (desculpas).
Manuel Campos gosto muito do blog "Restos de coleção" e do blog "Lisboa de Antigamente", não sei se conhece.
Flor
Muito obrigado pelo seu cuidado.
Também conheço o "Lisboa de Antigamente" e também gosto muito dele.
Sou de Lisboa há 3 gerações, algo que era invulgar quando nasci no final dos anos 40, gosto muito da minha "terra".
Quando já reformado deixei de me armar em consultor "pro-bono", passei a andar todos os dias a pé 4 a 5 horas pela cidade, mais ou menos sem programa, almoçando onde calhasse, olhando o que me cercava e que durante anos não tinha visto ao volante, procurando mais informação chegando a casa.
Os confinamentos foram o fim desse hábito e, quando os confinamentos acabaram, surgiu uma situação complicada que me tem impedido de o retomar, impossível prever quando o poderei voltar a fazer.
Tenho uma das mais belas vistas sobre a "minha" Lisboa que poderia alguma vez sonhar ter, nesse particular sou um sortudo.
Uma muito boa noite para si.
Adiciono algo ao que contei no meu comentário anterior e ainda a propósito daquele que "Flor" amávelmente me dirigiu.
Há mais de 15 anos nasceu mais um daqueles “sítios” na net, que por essa altura estavam na moda, os dos antigos alunos de escolas e liceus, onde se podia reencontrar colegas e que abarcavam todas as gerações que por lá tinham passado, de avós a netos iam por ali convivendo com os dos seus tempos, raramente entre eles, é um clássico intergeracional.
Não sou saudosista de nada (zero) nem tinha mantido contacto com quase ninguém desses tempos, mas aderi: estava então a entrar naquela idade parva (ali pelos 60 anos e aviso que já não passa) em que se acha que as pessoas da nossa idade estão com um ar muito mais envelhecido que nós.
De facto e como sempre uns pareciam estar e outros nem por isso, acabei por almoçar ou jantar com muitos deles e é nesses cara a cara que me baseio, pois nesta espécie de redes sociais, como em todas as outras (não estou em nenhuma), as pessoas põem fotos de há pelo menos 10 anos em que, já na altura, estavam bastante favorecidas.
Isto tudo para dizer que houve por ali um momento em que cada um de nós foi convidado a escrever sobre a zona onde vivía e eu (que não gosto nada de escrever) lá estendi os meus habituais “lençóis”.
Uma das minhas grandes fontes de informação para tal foi o “Lisboa de Antigamente” que, tal como acontece com as cerejas, me foi levando a pesquisas atrás de pesquisas quando navegamos na net, ao fim de uma hora já nem nos lembramos muito bem por onde é que começámos.
Lembro-me bem de a certa altura começar por um elevador, algures na cidade, que nunca chegou a funcionar e acabar no projecto de uma ponte pedestre entre o Torel e Alcantara, isto tudo nos princípios do século XX.
Errata (e das valentes).
Entre o Torel e São Pedro de Alcantara, claro!
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